Défice da Saúde
Manobras de Camuflagem
1. - Segundo o Semanário Expresso de 15.01.05, o Ministério da Saúde voltou a recorrer à Banca, no final de 2004, para pagar uma dívida de 600 milhões de euros ao Ministério das Finanças (o empréstimo foi o dobro do registado no ano 2003).
No orçamento de 2005, está previsto um crédito de 800 milhões de euros: 600 já foram utilizados para pagar o empréstimo referente à dívida de 2004, sobrando 200 milhões que se supóe ser a previsão do MS em relação aos gastos com medicamentos.
O Tribunal de Contas já analisou este procedimento no parecer da Conta Geral do Estado de 2004, considerando-o um mero expediente dilatório que só formalmente regulariza as dívidas.
No orçamento de 2005, está previsto um crédito de 800 milhões de euros: 600 já foram utilizados para pagar o empréstimo referente à dívida de 2004, sobrando 200 milhões que se supóe ser a previsão do MS em relação aos gastos com medicamentos.
O Tribunal de Contas já analisou este procedimento no parecer da Conta Geral do Estado de 2004, considerando-o um mero expediente dilatório que só formalmente regulariza as dívidas.
2.-Contabilidade criativa, camuflagem do défice, expedientes dilatórios, dados aldrabados, favorecimento dos Mellos, falta de transparência. Este o grande legado do ministro da Saúde cessante, Luís Filipe Pereira, que será recordado não como o grande reformador que levou a cabo a privatização da saúde (como um dia, ao concluir o 2.º par, terá sonhado) mas como o grande prestidigitador dos dados de informação da saúde.
4 Comments:
Aguardemos pelas anunciadas auditórias para confirmar o que já se sabe: as contas da saúde continuaram em derrapagem. Falta apurar com rigor a dimensão da derrapagem.
A decisão do Sampaio tramou o ministro da Saúde. Terá sido, a meu ver, o mais prejudicado. Eu explico. è que deixando o negócio das parcerias meio engasgado é capaz de não ter oferta de emprego dos Mellos.
Não será assim, porque o negócio que os Mellos queriam era o Hospital de Loures que passará a ser a maior unidade da região de Lisboa e Vale do Tejo. E esse está no papo. LFP teve o engenho e arte, elaborando cadernos de encargos, nomeando comissões de análise das propostas à maneira, de levar a água ao moinho dos Mellos.
O Luís Filipe Pereira, já pertence ao passado. Agora temos que nos preocupar em arrumar a casa. Que tal procurarmos no nosso local de trabalho envolvermo-nos mais na luta pela melhoria do Serviço Nacional de Saúde. Porque nem tudo estava bem.
Acham o LFP ser capaz de perceber alguma alguma coisa de golfe?
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