ERS, vai sair da Incubadora?
Unidade de AVC - CHCova da Beira
1. - Todos acompanhámos o lamentável processo de criação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Depois de um ano de impasse, demonstrativo do pouco interesse do ministro em levar este projecto por diante, assistimos à inauguração das instalações da ERS, com a presença de Luís Filipe Pereira, sem pessoal, sistema informático e telefones. Quanto ao seu responsável, Dr. Rui Nunes, depois de inúmeras entrevistas e declarações de princípio, antes de fazer qualquer coisa que se visse, acabou por manifestar a sua concordância com a privatização da Saúde.
2. - O jornal Público insere hoje, 16.01.05, um excelente artigo de Cândido Ferreira sobre a Regulação da Saúde.
"Regular a saúde dum país é muito mais complicado que regular oligopólios como a electricidade, o gás ou as telecomunicações. Basta pensar na especificidade do financiamento deste bem e na garantia do seu acesso a todos os cidadãos, na complexidade das técnicas envolvidas e na vasta gama de valências, na vertiginosa evolução da medicina e nas suas exigências éticas, nas questões de qualidade e na natureza maioritariamente pública dos prestadores, na força da burocracia e na dos outros interesses corporativos que enquistam o sistema, para facilmente se extraírem duras conclusões: temos pela frente uma tarefa gigantesca, que requer amplos poderes, orçamento importante e larga delegação política e de competências, que deverá ser servida por uma pesada máquina, técnica e administrativa. A exercer cabalmente as suas funções, uma qualquer ERS parecerá um pequeno ministério. O seu presidente deverá ser, após o ministro, a segunda figura na hierarquia da saúde.
Veremos o que o próximo governo nos ditará. Será que a nossa ERS se vai livrar da incubadora em que ainda se encontra e dos bofetões dos irmãos mais velhos, uma miríade de importantíssimas comissões e de grupos de trabalho que pululam pelo Ministério da Saúde? Ou será que também ela irá ser co-incinerada na fornalha da incompetência, de inércia e de irresponsabilidade que a burocracia reinante, e os interesses espúrios, tão habilmente alimentam em torno dos centros de decisão? "(link)
Veremos o que o próximo governo nos ditará. Será que a nossa ERS se vai livrar da incubadora em que ainda se encontra e dos bofetões dos irmãos mais velhos, uma miríade de importantíssimas comissões e de grupos de trabalho que pululam pelo Ministério da Saúde? Ou será que também ela irá ser co-incinerada na fornalha da incompetência, de inércia e de irresponsabilidade que a burocracia reinante, e os interesses espúrios, tão habilmente alimentam em torno dos centros de decisão? "(link)
1 Comments:
A recriação da ERS é fundamental. Será certamente uma das grandes preocu+pações do próximo ministro. O DR. Rui Nunes, apesar de excelente técnico e boa pessoa, já demonstrou não ter condições para liderar um projecto desta envergadura.
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