CC, defende o "opting- out"
- Gestão Hospitalar (GH) – Acha que o financiamento do SNS deve ser apenas através de impostos ?
- Correia de Campos (CC) – Já é pago pelo paciente a parte não comparticipada dos medicamentos e nos meios complementares de diagnóstico.
- GH – Concordaria com a criação de um seguro público obrigatório para a Saúde ?
- CC – Não traz nenhuma vantagem em relação ao sistema actual. O que pode trazer vantagens é a pessoa optar por um seguro de saúde externo ao SNS, recebendo do SNS uma espécie de financiamento anual sob a forma de dedução nos impostos. Vamos admitir que os portugueses recebem hoje 750 euros por cabeça, em média, em serviços prestados pelo SNS. Se houver portugueses com um seguro de saúde tão bom que passem a utilizar apenas o seguro, isso pode ser bom porque liberta o Estado da responsabilidade da cobertura de toda essa população. Isso só existe em relação a 250 mil pessoas que são beneficiários do SAMS, CTT e PT que têm um mecanismo de “opting-out”. Esse é um mecanismo muito imperfeito porque a dedução para esses subsistemas é muito pequena, cerca de 150 euros, fixo há cinco anos. E não tem sido implementado com rigor, porque não temos uma forma de incluir apenas no SNS aqueles que querem ser beneficiários.
- GH – Dar a possibilidade ao utente de dizer que tem um seguro e não quer contribuir para o SNS ?
- CC – Sim. Quero receber uma parte do que o SNS gastaria comigo se eu lá estivesse. Essas pessoas quando vierem ao SNS passam a pagar a totalidade dos serviços. Isso só se consegue com um sistema de informação capaz. Com um cartão do cidadão, como está no nosso programa, que serve para segurança social, para o registo de dador de sangue, saúde, carta de condução, identificação, cartão de eleitor. Aí estamos em condições de incluir nele se aquela pessoa optou por um subsistema ou um seguro privado.
- GH – Isso leva a um sistema de saúde a duas velocidades.
- CC – Não creio. Poderia haver esse risco se essas pessoas tivessem um atendimento preferencial quando recorrerem aos serviços públicos. Se as tabelas com que são assistidas nos subsistemas são as mesmas com que são remunerados os hospitais, os centros de saúde e os médicos, não há esse problema.
- Correia de Campos (CC) – Já é pago pelo paciente a parte não comparticipada dos medicamentos e nos meios complementares de diagnóstico.
- GH – Concordaria com a criação de um seguro público obrigatório para a Saúde ?
- CC – Não traz nenhuma vantagem em relação ao sistema actual. O que pode trazer vantagens é a pessoa optar por um seguro de saúde externo ao SNS, recebendo do SNS uma espécie de financiamento anual sob a forma de dedução nos impostos. Vamos admitir que os portugueses recebem hoje 750 euros por cabeça, em média, em serviços prestados pelo SNS. Se houver portugueses com um seguro de saúde tão bom que passem a utilizar apenas o seguro, isso pode ser bom porque liberta o Estado da responsabilidade da cobertura de toda essa população. Isso só existe em relação a 250 mil pessoas que são beneficiários do SAMS, CTT e PT que têm um mecanismo de “opting-out”. Esse é um mecanismo muito imperfeito porque a dedução para esses subsistemas é muito pequena, cerca de 150 euros, fixo há cinco anos. E não tem sido implementado com rigor, porque não temos uma forma de incluir apenas no SNS aqueles que querem ser beneficiários.
- GH – Dar a possibilidade ao utente de dizer que tem um seguro e não quer contribuir para o SNS ?
- CC – Sim. Quero receber uma parte do que o SNS gastaria comigo se eu lá estivesse. Essas pessoas quando vierem ao SNS passam a pagar a totalidade dos serviços. Isso só se consegue com um sistema de informação capaz. Com um cartão do cidadão, como está no nosso programa, que serve para segurança social, para o registo de dador de sangue, saúde, carta de condução, identificação, cartão de eleitor. Aí estamos em condições de incluir nele se aquela pessoa optou por um subsistema ou um seguro privado.
- GH – Isso leva a um sistema de saúde a duas velocidades.
- CC – Não creio. Poderia haver esse risco se essas pessoas tivessem um atendimento preferencial quando recorrerem aos serviços públicos. Se as tabelas com que são assistidas nos subsistemas são as mesmas com que são remunerados os hospitais, os centros de saúde e os médicos, não há esse problema.
5 Comments:
saudações. apesar dos meritos do artigo não vou comentar;pedia-lhe antes o favor de enviar um mailpara pmsfenxix@oniduo.pt-não sei se recorda-relativo aquele assunto que falamos há perto de duas semanas em que eu lhe pedi um esclarecimento - posteriormente a isso enviei varios mails e não chegaram ou voçe não os abriu -enfim não interessa-dai eu servir-me deste modo para tentar reatar a comunicação - obrigado - pedro silva
Temos tido problemas como mail da Netcabo. Agradecia que comunicasse para o seguinte email:
xavier51(arroba)hotmail.com
Estou de acordo com o Manuel Delgado. A implementação de um sistema de "opting out" faz com que os que podem pagar os seguros saiam do sistema ficando no SNS os mais carenciados e doentes.
Parcerias, "opting out", gestão privada. Agora é que é.
Os operadores privados esfregam as mãos de contentes. Era disto que eles precisavam.
Correia de Campoe é um homem demasiadamente marcado, conhecido, queimado. As suas ideias são amplamente conhecidas por todos. Todos conhecem a sua personalidade, a sua forma de agir. O que o irrita , o que o consola. Os inimigos, os amigos.
Por tudo isto, independentemente da sua competência e voluntarismo, pensamos que CC foi uma má escolha. E que não vai fazer esquecer Luís Filipe Pereira.
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