Unidades de Saúde Familiar
- Gestão Hospitalar (GH) - O que são as Unidades de saúde familiar ?
- CC – São uma forma de organização dos cuidados familiares com um médico de família, uma equipa pequena, uma enfermeira – queremos criar uma especialidade de enfermeiros de família – com as pessoas que apoiam esta equipa no Centro de Saúde, que possam ter um contacto maior com as famílias no seu próprio domicólio.
Estamos a pensar, nos sítios onde ainda há Centros de Saúde a construir, evitar as grandes catedrais de 2,5 milhões de euros e fazer cinco Centros de Saúde mais pequenos, de 500 mil euros cada, mais espalhados, com equipas médicas mais pequenas. E um deles maior para conter aqueles serviços que são comuns como a saúde pública, a saúde escolar, programas preventivos e os meios de diagnóstico. Trazer aquela tecnologia a que toda a gente recorre, como as análises, a radiologia.
- GH – Em forma de Outsourcing ?
- CC – Pode ser, nada a opor ao “outsourcing”, pode ser “in house”. Tem é que ser com sistemas de incentivos que não multipliquem desnecessariamente os actos. Será preferível pagar esses meios de diagnóstico por doente em vez de por acto.
- GH – Seria nestes Centros mais pequenos que o PS estaria disposto a entregar a gestão a cooperativas de médicos ?
- CC – Isso está na Lei de Bases do SNS e no Estatuto do SNS e deve cumprir-se. Nunca foi praticado. Mas isso parte muito da iniciativa das pessoas. E deve haver algum incentivo, porque os regimes remuneratórios experimentais que partiram da iniciativa das pessoas cresceram muito depressa. Isso nós também queremos fazer, não mantendo os médicos como funcionário assalariados e depois descartando-os, mas de forma a que tenham uma dedicação mais integral aos doentes da sua lista.
- GH – Um regime de incentivos por produtividade ?
- CC – Existe a possibilidade de desenvolvermos uma retribuição proporcional ao número de pacientes inscritos nas listas. E pagar certos actos à peça como o planeamento familiar, a introdução de dispositivos intrauterinos, o aconselhamento familiar a adolescentes, as consultas domiciliárias a idosos gravemente incapacitados.
Gestão Hospitalar - Fev 05, Entrevista de Correia de Campos
- CC – São uma forma de organização dos cuidados familiares com um médico de família, uma equipa pequena, uma enfermeira – queremos criar uma especialidade de enfermeiros de família – com as pessoas que apoiam esta equipa no Centro de Saúde, que possam ter um contacto maior com as famílias no seu próprio domicólio.
Estamos a pensar, nos sítios onde ainda há Centros de Saúde a construir, evitar as grandes catedrais de 2,5 milhões de euros e fazer cinco Centros de Saúde mais pequenos, de 500 mil euros cada, mais espalhados, com equipas médicas mais pequenas. E um deles maior para conter aqueles serviços que são comuns como a saúde pública, a saúde escolar, programas preventivos e os meios de diagnóstico. Trazer aquela tecnologia a que toda a gente recorre, como as análises, a radiologia.
- GH – Em forma de Outsourcing ?
- CC – Pode ser, nada a opor ao “outsourcing”, pode ser “in house”. Tem é que ser com sistemas de incentivos que não multipliquem desnecessariamente os actos. Será preferível pagar esses meios de diagnóstico por doente em vez de por acto.
- GH – Seria nestes Centros mais pequenos que o PS estaria disposto a entregar a gestão a cooperativas de médicos ?
- CC – Isso está na Lei de Bases do SNS e no Estatuto do SNS e deve cumprir-se. Nunca foi praticado. Mas isso parte muito da iniciativa das pessoas. E deve haver algum incentivo, porque os regimes remuneratórios experimentais que partiram da iniciativa das pessoas cresceram muito depressa. Isso nós também queremos fazer, não mantendo os médicos como funcionário assalariados e depois descartando-os, mas de forma a que tenham uma dedicação mais integral aos doentes da sua lista.
- GH – Um regime de incentivos por produtividade ?
- CC – Existe a possibilidade de desenvolvermos uma retribuição proporcional ao número de pacientes inscritos nas listas. E pagar certos actos à peça como o planeamento familiar, a introdução de dispositivos intrauterinos, o aconselhamento familiar a adolescentes, as consultas domiciliárias a idosos gravemente incapacitados.
Gestão Hospitalar - Fev 05, Entrevista de Correia de Campos
1 Comments:
O hospitalo centrismo não "deixa" introduzir grandes melhorias nos cuidados de saúde primários.
De qualquer maneira há aquimuitas e boas ideias para por em prática.
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