segunda-feira, maio 9

Os primeiros urubus


Algumas das brilhantes figuras dos governos de coligação PSD/CDS estão de volta.
A prová-lo aí temos o antigo secretário de Estado da Saúde de Luís Filipe Pereira, Carlos Martins, a garantir que a construção de novos hospitais PPP estavam fundamentadas em diversos estudos (link)
Carlos Martins, velha raposa do aparelho do PSD, figura carismática do XV Governo, deslocalizado para o Algarve no XVI, senhor de um portentoso currículo académico e profissional, exímio agenciador de jobs para a rapaziada do PSD, deu-se ainda ao trabalho de considerar que o XVII governo anda aos zigue-zagues e a exigir a tomada de uma decisão clara sobre os hospitais PPP.

Efectivamente, umas vezes zigue. Outras zague. Talvez mais zigues. Mas também muitos zagues. A má governação motivou o aparecimento dos primeiros urubus, prenúncio de desgraça.
As parcerias dos hospitais têm funcionado para Correia de Campos como um campo de minas. A cada passo incauto do professor sucedem-se estrondosas deflagrações, observadas lá de cima pelo pairar dos urubus prontos a descer sobre a presa.

7 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O CC está a precisar de disparar uns cartuchos de grão fino para espantar a urubusada como fazia o velho Ortigão.
A técnica não lhe tem saído afinada, muito pelo contrário.
Esperemos que os próximos passos lhe corram mais de feição.
Aguardemos o que o Correia de Campos vai fazer nas próximas nomeações para os Hospitais EPE.

9:23 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Começa a ser claro que:
1º LFP sabia o que queria e para onde ia, nós é que não sabíamos, embora o advinhassemos: a priva~tização dos Hospitais. Com uma estratégia clara: que todos os custos inerentes à privatização fossem assumidos por todos nós. A saber: os custos das formalidades necessárias à transformação dos hospitais em SA, os custos da implementação dos instrumentos jurídicos necessários (POC, auditorias, sistema de avaliação de desempenho, adaptação às novas regras privadas da Gestão de Recursos Humanos e de Compras, e outras que estavam previstas). Digamos que o terreno já estava avançado para «no ponto de rebuçado» os HH serem entregues à aventura do mercado, da concorrência, da eficiência a todo o custo, em suma, do lucro. Dizia à anos o Prof. Vital Moreira: «o que dá lucro privatiza-se, o que dá prejuízo, socializa-se». Parece ter sido esta a etartégia: socialização dos custos e qando as condições estivessem criadas, com os HH prontos a dar lucro, entregá-los ao sector privado.
2ºPara a implementação no terreno reuniu os seus generais e os seus solados.
2º Correia de Campos viu bem o senido da estratégia. Denunciou-a. Sem pôr em causa a gestão empresarial que, todos, vinham reivindicando desde a legislação hospitalar de 1968. Correcto. Os HH EPE permitem esse desiderato.
2º Mas qual é a estratégia de CC? Prof. Sakellarides, faça o favor de a solicitar, por nós, ao Prof. CC. Sim, porque o Senhor foi daqueles que sempre alertou que se o Ministro anterior poderia saber para onde ia, nada nos era dito exlícitamente.
Requer-se agora que CC tmbém não nos deixe na ignorância.
3º Haverá uma estratégia? Senão a há, é bom defini-la de pressa e dá-la a conhecer. A confusão começa a reinar, e na confusão sobra para o mexilhão e aproveitam os oportunistas. Como se está a ver, com os reconduzidos. Como é que é possivel, que essa gente não tenha posto os lugares à disposição, se foarm nomeados por confiança políica com base num projecto que foi derrotado nas eleições? Como é que é possível pensar-se que esa gente é neutra no que se refere à política a seguir?
4º Prof CC defna bem o que quer relativamente às PPP e aos HH EPE, comece desde já a preparar todos os instrumentos jurídicos necessários à transformação dos HH SA em EPE, porque isso é moroso e complexo; comece já a dar formação aos «prováveis» futuros gestores para que estes estejam mínimamente preparados para a nova realidade jurídica e organizacional que irão ser os HH EPE; diga claramente qual será o rumo a seguir, não deixe avançar a desorientação que já começa a instalar-se, com a desmotivação de todos quantos, estou certo, estão do seu lado, querem o seu êxito e não o contrário.
5º O seu campo está minado, continuará ser minado. Quanto mais confusão, mais eles reinarão.
6º Não se esqueça ainda, que, entre a sua gente,além de todos os militantes socilaistas, está seguramente a maioria dos Administradores Hospitalares (mesmo de outros partidos,que são sérios e têm orgulho profissional)que esperam ver reconhecido o seu papel na futura gestão dos hospitais,com definição clara das suas responsablidades e das suas funções, para que não fiquem ao sabor das «boas vonrtades» dos doutos «gestores» que temos tido.
6º Não se esqueça ainda das finanças do país e dos hospitais. Há que poupar, a todos os níveis. No modelo de gestão que adoptar pode vir a poupar tanto ou mais do que com a medida da venda livre de medicamentos, sem «estardalhaços».

10:29 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Correia de Campos não precisou de estudos para decidir quase tudo sobre as parcerias.

10:37 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Alguém sabe em que dia foi publicado no "Público" a notícia sobre a auditoria aos hospitais SA efectuada pela Inspecção Geral de Saúde ou de Finanças, onde foram detectadas muitas irregularidas com vencimentos e "fringe benefits" dos gestores SA ?

Agradecia que me informassem caso saibam da data de publicação.

Penso que foi no Público ou talvez DN, no mês de Março 2005, mas não tenho a certeza...

Antecipadamente grato pela info.

Cumprimentos ao Blog Saúde SA

10:42 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Reenvio o meu comentário anterior, corrigido (assim espero) das lamentáveis gralhas, de que peço desculpas

Vivóporto said...
Começa a ser claro que:
1º LFP sabia o que queria e para onde ia, nós é que não sabíamos, embora o adivinhássemos: a privatização dos Hospitais. Com uma estratégia clara: que todos os custos inerentes à privatização fossem assumidos por todos nós. A saber: os custos das formalidades necessárias à transformação dos hospitais em SA, os custos da implementação dos instrumentos jurídicos necessários (POC, auditorias, sistema de avaliação de desempenho, adaptação às novas regras privadas da Gestão de Recursos Humanos e de Compras, e outras que estavam previstas). Digamos que o terreno já estava avançado para «no ponto de rebuçado» os HH serem entregues à aventura do mercado, da concorrência, da eficiência a todo o custo, em suma, do lucro. Dizia à anos o Prof. Vital Moreira: «o que dá lucro privatiza-se, o que dá prejuízo, socializa-se». Parece ter sido esta a estratégia: socialização dos custos e quando as condições estivessem criadas, com os HH prontos a dar lucro, entregá-los ao sector privado.
2ºPara a implementação no terreno reuniu os seus generais e os seus solados.
3º Correia de Campos viu bem o sentido da estratégia. Denunciou-a. Sem pôr em causa a gestão empresarial que, todos, vinham reivindicando desde a legislação hospitalar de 1968. Correcto. Os HH EPE permitem esse desiderato.
4º Mas qual é a estratégia de CC? Prof. Sakellarides, faça o favor de a solicitar, por nós, ao Prof. CC. Sim, porque o Senhor foi daqueles que sempre alertou que se o Ministro anterior poderia saber para onde ia, nada nos era dito explicitamente.
Requer-se agora que CC também não nos deixe na ignorância.
5º Haverá uma estratégia? Senão a há, é bom defini-la de pressa e dá-la a conhecer. A confusão começa a reinar, e na confusão sobra para o mexilhão e aproveitam os oportunistas. Como se está a ver, com os reconduzidos. Como é que é possível, que essa gente não tenha posto os lugares à disposição, se foram nomeados por confiança política com base num projecto que foi derrotado nas eleições? Como é que é possível pensar-se que essa gente é neutra no que se refere à política a seguir?
6º Prof CC defina bem o que quer relativamente às PPP e aos HH EPE, comece desde já a preparar todos os instrumentos jurídicos necessários à transformação dos HH SA em EPE, porque isso é moroso e complexo; comece já a dar formação aos «prováveis» futuros gestores para que estes estejam minimamente preparados para a nova realidade jurídica e organizacional que irão ser os HH EPE; diga claramente qual será o rumo a seguir, não deixe avançar a desorientação que já começa a instalar-se, com a desmotivação de todos quantos, estou certo, estão do seu lado, querem o seu êxito e não o contrário.
7º O seu campo está minado, continuará ser minado. Quanto mais confusão, mais eles reinarão.
8º Não se esqueça ainda, que, entre a sua gente, além de todos os militantes socialistas, está seguramente a maioria dos Administradores Hospitalares (mesmo de outros partidos, que são sérios e têm orgulho profissional) que esperam ver reconhecido o seu papel na futura gestão dos hospitais, com definição clara das suas responsabilidades e das suas funções, para que não fiquem ao sabor das «boas vontades» dos doutos «gestores» que temos tido.
9º Não se esqueça ainda das finanças do país e dos hospitais. Há que poupar, a todos os níveis. No modelo de gestão que adoptar pode vir a poupar tanto ou mais do que com a medida da venda livre de medicamentos, sem «estardalhaços».

12:15 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Estou a gostar do unanimismo deste blog.
Parece o congresso do BE, e os do Pc Albanês, viva o camarada louçâ, somos o único partido democrático.
Então não há lóbi dos administradores?
Espero que melhore, porque para ouvir lamúrias vou a outros lados.
Os meus amigos confiam demasiado nos políticos, eles trabalham para quemlhes paga, e não somos nós! Querem muito mais, querem o posder para troca de influências, foi e vai continuar a ser. Uma coisa são os artigos e as conferências, outra são as medidas a tomar em conselho de ministros e os grupos que frequentam agora o Rato.

2:27 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Os pré conceitos...Os Administradores hospitalares não carecem de se constutir em qualquer LOBY.A emissão de opiniões, na maioria dos casos com intenções contrutivas deve ser entendida como LOBY?
O que os Administradores Hospitalares têm é o direito, que lhe é conferido por lei, de exercerem determinadas funções de gestão dentro do SNS (e fora dele)que lhe têm sido usurpadas por outros profissionais sem qualquer requisito de formação para o seu exercicio.O que os Administradores Hospitalares têm feito é,utilizando a formação que lhe foi dada na ENSP e na qual o estado portugues investiu recursos, manter o «low profile» perante situações de manifesto desrespeito pessoal e profissional.
OBS:Recordo que na maioria dos HHsa os Administradores Hospitalares, pelo facto de o serem,foram relegados para funções de ultimo plano incompativeis até com as funções que lhes estão legalmente atribuidas(muitas vezes sem uma palavra que justificasse a decisão)e substituidos por profissionais(algumas vezes auferindo salários superiores)cuja unica prorrogativa é a de terem uma determinada tonalidade politica.
O resultado está aí:o Sr. Ministro da Saude aponta para oitocentosa milhões de euros o passivo acumulado pelos HHsa em dois anos.
Como refere o JN (DE 12/5/2005, pág.13)...«A MAIORIA DOS GESTORES DOS HOSPITAIS SA FICARAM CALADOS»

Que fique claro:Os Administradores Hospitalares não se constituem em LOBY...apenas reivindicam o exercicio das funções para as quais obtiveram formação especifica.
Aos restantes pretendentes (que são muitos)sugiro que obtenham a referida formação especifica e, por consequencia...o direito a exercer funções de gestão no sistema de saude portugues.

Cordiais cumprimentos

4:31 da tarde  

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