Vivamos, Lésbia minha, e amemo-nos
Vivamos, Lésbia minha, e amemo-nos,
E os murmúrios dos velhos mais ressabiados
Consideremo-los todos como um simples tostão.
Os dias podem morrer e nascer,
E os murmúrios dos velhos mais ressabiados
Consideremo-los todos como um simples tostão.
Os dias podem morrer e nascer,
Mas se esta nossa breve luz morrer
Nós dormiremos uma só noite sem fim.
Dá-me mil beijos, e mais cem;
Dá-me outros mil, e ainda cem;
Depois, mais uns mil, e mais uns cem.
E quando, enfim, os tivermos dado aos milhares,
Para esquecer tudo, baralhemos as contas,
De modo a que ninguém com mal possa invejar-nos
Um número de beijos tão grande
Catulo
Os poemas da minha vida -DFdA
Nós dormiremos uma só noite sem fim.
Dá-me mil beijos, e mais cem;
Dá-me outros mil, e ainda cem;
Depois, mais uns mil, e mais uns cem.
E quando, enfim, os tivermos dado aos milhares,
Para esquecer tudo, baralhemos as contas,
De modo a que ninguém com mal possa invejar-nos
Um número de beijos tão grande
Catulo
Os poemas da minha vida -DFdA
Tradução de Gena, Filippo Montera e Diogo Freitas do Amaral
Edição JPúblico.
Edição JPúblico.
Etiquetas: poetas e versos
1 Comments:
Por acaso tive um Professor de Latim antes do 25 de Abril, homem de esquerda, que nos fez estudar este poema (entre muitos outros que se poderiam reputar à altura muito subversivos nomeadamente um texto sobre o modo como Júlio César subiu na vida- na horizontal, na cama com alguns generais influentes, método que ainda hoje parece continuar a ter adeptos. Muito me admiro com esta escolha, apenas pelo carácter de algum modo subversivo que tem e nada mais. Não há dúvida porém que é um belo poema.
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