segunda-feira, junho 13

Avaliação dos CA


Os profissionais de Administração Hospitalar (AH) têm de assumir as suas responsabilidades pelo descontrolo orçamental que se vive no SNS.
Não basta uma formação específica, é preciso ser administrador hospitalar com letras maiúsculas e não administrador faz de conta e/ou guarda livros (os preferidos dos médicos)
O verdadeiro profissional de AH é um agente de mudança e provedor das pessoas/doentes.
Os diferentes formatos jurídicos experimentados já provaram à saciedade que não resolvem, por si só, o problema da gestão dos hospitais.
A avaliação do exercício dos AH integrados nos Conselhos de Administração (CA) e dos resultados alcançados pelos CA dos Serviços do SNS, não é feita de forma sistemática.

Assim, faltando a apreciação do mérito dos gestores e dos CA, fundamental para o aperfeiçoamento da gestão, não é exequível a melhoria da organização dos Serviços de Saúde.

Talvez seja importante criar uma Comissão de Avaliação encarregada de listar os pontos fracos e pontos fortes das tomadas de decisão dos CA e efectuar a análise do controlo orçamental/trimestral dos Serviços de Saúde.

O "saudesa" poderia ser o veículo eficaz para passar certas informações e decisões que envergonham a gestão pública e hospitalar, e prejudicam gravemente os contribuintes e a economia nacional.

A falta de transparência está a impedir a avaliação dos CA

Pergunto, como acabar com ela?
A nossa colaboração na divulgação de informações pode desempenhar um papel muito importante.
Anónimo - Comentário SaudeSA

8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Estamos plenamente de acordo!
E...porque não seguir a seguinte metodologia?
1º-Definição de critérios para a nomeação dos membros dos CA,s das unidades de saúde e para escolha dos elementos para as chefias intermédias;
2º-Definição de objectivos para as unidades de saúde e sua reprodução ao nível das chefias intermédias;
3º-Avaliação.

Cumprimentos.

3:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Do Programa do XVII Governo Contitucional constava que alguns cargos públicos iriam ser ocupados através de concurso...
Tal assunto foi discutido em Comissão especifica na Assembleia da Republica!
Pergunta-se:Que é feito desse ponto do Programa do Governo?

4:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O AH só será um verdadeiro «agente de mudança e provedor das pessoas/doentes» (acrescento eu, parafraseando o Prof Coriolano, e o principal, senão o único verdadeiro «guardião do Orçamento») no dia em que o AH de carreira integrar os CAs (a manter-se a actual composição e esquema dos mesmos, da qual como sabem, discordo) por direito e com legitimidade própria. Enquanto dever o seu lugar a critérios de confiança política ou à confiança pessoal de um qualquer Presidente do CA, por mais competente que seja, nunca ele poderá actuar com independencia,fiel apenas aos seus valores e aos valores éticos e profissionais porque se deve reger um AH. Esta situação já se verificou aquando da Lei de Gestão Arnaut, em que o AH mais graduado do quadro de um hospital integrava, como membro nato, por direito próprio, o C. Gerência (conforme na altura foi expressamente reconhecido em depacho ministerial pelo melhor mInistro da Saúde que este país já teve pós 25 e Abril-Maldonado Gonelha, que não era Prof. nem consta que soubesse de Finanças mas consta que sabia muito de gestão. Por isso, apoiou-se/apoiou o Dr. Manta e os AH). Num tal modelo, aí sim, a avaliação pelos pares é importante, como é importante, senão ímprescindível, definir-se uma Carta de Ética Profissional ou um Código de Conduta Profissional bem como um conjunto de critérios de avaliaçao da actuação destes AH. Caso em que, estando a conduta dos AH a ser quadruplamente avaliada (pelo Ministro com base em critérios próprios, por uma uma Comissão de Avaliação no âmbito da carreira com base em critérios objectivos de avaliação, pela opinião púbica, através do Código de Conduta e, individualmente, pela sua própria consciência) estaríamos perante um modelo responsável e responsabilisante de exercício da AH que nada tem de comum com o actual modelo em que ninguém avalia ninguém, os corruptos são premiados e os competentes podem ser afastados e que promove a tomada de poder pelos arrivitas, pior ainda pelos arrivistas dos partidos ou cúmulo dos cúmulos pelos arrivistas do partido vencido das últimas eleições que irrespponsavelmente continua a mandar nos hospitais.

5:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

De facto a forma de integração dos AH nos CA não ajuda, nem permite a sua autenticidade profissional ( não é para isso que os escolhem!)e então a Administração Pública vai derrapando e sobram miseralvemente
consequências para todos.

É de facto verdade que a direcção da APAH tem dificuldade em responder a desafios e de afirmar um grupo profissional que tem de assumir o seu papel de defesa de um modelo de prestação de cuidados onde parafraseando o Prof. Coroliano Ferreira o Doente deve ser o critério, a medida e ponto de referência.
Pergunto se a gestão em automóveis topo de gama se enquadra neste modelo? Penso que não porque é mais uma barreira a separar os gestores dos doentes!

No actual modelo de gestão pública considero que há sete pecados mortais , que afastam qualquer gestor/ dirigentes dos CA " Tachos"

1-gerir com competência e transparência
2-fixar objectivos e apresentar resultados
3-respeitar o dinheiro dos contribuintes
4-ter visão estratégica ( helicopter view )
5-não gerir a sua permanência no lugar
6-denunciar má prática de outros dirigentes
7-ser pró-activo e ter espírito de missão

Parabéns por est blog. Vamos em frente.

7:51 da tarde  
Blogger xavier said...

Enquanto o colega do 1.º comentário propõe que trabalhemos os critérios de escolha dos AH para os CA´s, o VivóPorto vai mais longe e contesta o actual modelo de gestão.
O VivóPorto defende que os AH mais antigo dos HH devem pertencer por inerência aos CA´s, reunindo um núcleo de competências próprias a par das competências próprias dos CA´s (órgão colegial de gestão).
Em relação a este ponto gostava de fazer de advogado do diabo pondo as seguintes objecções.
- o AH mais antigo do quadro de determinado hospital nem sempre reune as melhores condições para liderar a gestão do hospital (idade, desmotivação, falta de actualização).
Por outro lado, a independência atribuída por lei ao AH gestor do hospital é susceptível de levantar dificuldades relativamente ao enquadramento da tutela.
São conhecidas algumas querelas do passado que nem sempre resultaram a favor das instituições hospitalares.
Uma terceira questão prende-se com o actual modelo jurídico (EPE) dos hospitais. Até que ponto este novo regime de exploração dos hospitais conflitua com os lugares "cativos" dos AH (elemento nato) na gestão dos HH EPE´s?
Um abraço
Xavier

10:41 da tarde  
Blogger xavier said...

Nesta (curta) semana vou tentar dinamizar a resposta da APAH.
Sexta feira farei um ponto de situação.

10:46 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Uma questão que eu gostava de lançar:
num sistema de gestão empresarial, numa sociedade eminentemente mercantilista, fará sentido o apelo dos AH ao seu sentido ético, à sua especial forma de estar na Administração Hospitalar.
Fará sempre sentido em termos de grupo profissional. Mas terá vantagens para quem dirige a Saúde, mais preocupada em obter resultados imediatos: mais produção/menos despesa.

9:15 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Considero que a questão colocada no comentário anterior (a da adequação dos AH à gestão empresarial das unidades de saúde)só surge na sequência de não ter sido prestada a devida atenção aos seguintes pormenores:
1.A gestão empresarial de unidades de saúde não deve nunca visar a relação directa da produção com os custos económicos.O que ela deve visar é a EFICIÊNCIA,isto é,a produção do melhor bem estar (possivel)ao mais baixo custo,não só económico(possivel);
2.Uma visão economicista da gestão de unidades de saúde não diminui os respectivos custos, antes os aumenta (pois o nível da procura,dada a insuficiência do tratamento,aumenta ...);
3.A gestão empresarial das unidades de saúde deve visar a concretização do principio de Jonh Rawls segundo o qual «A cada um o que lhe é devido», isto é, o principal pressuposto da gestão empresarial das unidades de saúde é a corecta avaliação das necessidades.
4.Nesta perspectiva, considero que a questão em rteferência não tem razão de ser.

Cumprimentos.

1:17 da tarde  

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