Local de Culto
O ministro da Saúde, António Correia de Campos, depois dos exames médicos de rotina (19.07.05), voltou hoje ao Hospital de Santa Maria (22.07.05) para presidir à cerimónia de inauguração da segunda sala de exames da Unidade de Cardiologia de Intervenção do Serviço de Cardiologia deste hospital (link)
Na conferência de imprensa que se seguiu, o ministro da Saúde aproveitou para lançar mais uma das suas ideias. Desta vez, Correia de Campos está a ponderar a transformação dos hospitais universitários de Lisboa, Porto e Coimbra em entidades públicas empresariais (EPE). A decisão (a ser tomada) ocorrerá até ao final do corrente ano.
Desta vez, não conseguimos apurar se Correia de Campos, após a referida cerimónia, rumou para mais um almoço no Solar dos Presuntos, que, ao que tudo indica, parece ser um dos locais de inspiração do ministro, onde as decisões sobre as reformas da Saúde são devidamente amadurecidas.
Desta vez, não conseguimos apurar se Correia de Campos, após a referida cerimónia, rumou para mais um almoço no Solar dos Presuntos, que, ao que tudo indica, parece ser um dos locais de inspiração do ministro, onde as decisões sobre as reformas da Saúde são devidamente amadurecidas.
9 Comments:
Volta e meia também vou buscar satisfação a umacomidinha mais apurada.
Agora a inspiração depende mais de quando nos deixam. Mesmo para executar as tarefas mais simples.
Aguardam-se com alguma preocupação e grande expectativa as medidas anunciadas para 0 mês de Agosto.
Pelos vistos este ano o mês de gosto vai ser de muito trabalho para o Ministério da Saúde.
A iniciativa parece ter partido do Conselho de Administração do Hospital.
Adalberto Campos Fernandes adiantou que está a ser feito um trabalho técnico de "avaliação rigorosa" das condições materiais e financeiras do hospital para que até ao final do ano o Santa Maria possa apresentar ao Governo um proposta sólida que suporte a candidatura a empresa pública empresarial. "Trata-se de um trabalho feito com rigor e aprofundamento técnico para que a proposta a surgir seja inquestionável e que não representa nenhum risco financeiro para o Estado
Vamos ver se o XVII Governo Constitucional dura até ao final do ano.
Não está fácil.
Talvez dure.
A turba de empresários que sempre viveu à pala do Estado espera sequiosa pelos investimentos do TGV e aeroporto da OTA.
Um dos principais problemas do Hospital de Santa Maria são as instalações.
O HSM encontra-se muito degradado sendo mais económico investir na construção de um novo edifício do que recuperar as degradadas instalações onde funciona.
No Programa de reforma do anterior ministro, Luís Filipe Pereira, os únicos hospitais que não passavam a SA eram os Universitários e os Psiquiátricos.
Por razões óbvias. Como o seu projecto era de privatização dos HH, não era prioritária esta transformação.
E LFP fazia questão em deixar estes hospitais no SPA, para servirem de mau exemplo da gestão e de comparação com a maravilha dos SA.
A falta de visão estratégica cega muitos políticos e gestores.
Quem conhece o nível de degradação das instalações do HSM e o seu lay out sabe que não estão apropriadas para uma gestão de rigor e garantia de segurança, controlo de infecções nosocomiais eas modernas práticas clínicas.
Experimentem visitar aquele hospital e circular em vários pisos e por vários elevadores e vejam o que é o cruzamento de circulações de sujos e limpos.
Em 50 anos verificou-se um desenvolvimento das tecnologias médicas de diagnóstico, tratamento e reabilitação que aconselham abandonar o actual edifício.
A construção de 3 novos edifícios:
1 bloco de internamento de 600 camas; 1 centro de diagnóstico e tratamentos ( MCDT) e 1 central logística
Estabelecida uma dinâmica de gestão independente destas 3 empresas integradas através de contratos de prestação de serviços serviriam os objectivos de performance de gestão e de garantia de qualidade e eficiência da prestaçãoes de cuidados hospitalares.
A empresa de MCDT e da logística ficariam capacitadas para fornecimentos de serviços a outras entidades.
Este é um desafio que vale aceitar em nome da uma visão estratégica que tem andado fora da A.P.
As modernas concepções de edifícios hospitalares saudáveis, provam que as demoras médias são reduzidas em instalações de internamento apropriadas e integradas em rede com hospitais de retaguarda não deixam margem para grandes dúvidas, em relação às suas vantagens em termos da análise de custo/ benefício.
Alguns ainda não perceberam que o investimento global num edifício hospitalar é igual ao orçamento de exploração do ano do take off, o que nos leva a concluir que as mais-valias de reengenharia de processos que podem ser implemantados e a redução dos custos de exames e tratamentos, e de logística, podem ajudar a melhorar a performance global em cerca de 50% e permitem a recuperação de o investimento num prazo de 5 a 6 anos.
Portugal, Hoje o Medo de Existir de José Gil ajuda a perceber esta nossa crónica falta de visão e gestão estratégica e o medo de incrição e implementação de projectos construtores do futuro
Assistimos ao protelar de decisões e assim não resolvemos, nem o presente nem o futuro.
Mas no entretanto terão de criadas 4 empresas: Internamento;MCDT;Universide e Logística com CA independentes.
Estas empresas ligadas em rede podem melhorar a performace global em anual em 15%ou seja a poupança de 50 milhões de euros ano , já a partir de 2006.
Desafio o SAÚDE SA a promover uma reunião com os interessados em apresentar um projecto de reengenharia do HSM assente nestas premissas ou outras.
Lá está, a sociedade não se muda por decretos.
Tanto dá ser SPA,SA ou EPE, senão não forem alterados os pressupostos operacionais e introduzida uma nova dinâmica estratégica e conceptual.
Se não formos pelo caminho estratégico, contrutor do futuro perdemos o desafio do SNS para todos e não cumpriremos o direito à saúde consignado na CRP.
A situação está preta.
O descontrolo das contas públicas em geral e, no SNS em particular, está em ritmo acelerado.
Há muitos grupos económicos à espreita e penso que nós AH ficamos mal nesta fotografia.
A excelência profissional de tantos colaborados do SNS e os direitos dos seus Clientes, justificam o nosso profissionalismo e espiríto de missão e visão estratégica.
Afinal o nosso conhecimento e experiência não pode deixar de se traduzir em mais-valias significativas para a gestão da saúde , em Portugal
Os SPA's servirem de mau exemplo de gestão...Então so SPA's não são bons e os SA's não são os maus?!Parece que, agora, os detractores dos SA's só vêem virtudes nos futuros EPE's! Porquê? Onde está a diferença? Será apenas porque com o C. Campos os AH's estão a ser os "donos" da gestão dos hospitais? Dizia-se mal dos SA's, entre outras coisas pelas remunerações dos gestores. O que esperam os gestores dos EPE's? Não vão ser considerados gestores públicos? Os novos gestores vão ficar satisfeitos com remunerações de Director Geral, Subdirector geral e Directores de Serviço? A minha opinião é que sim (?). Todos vão abdicar de remunerações de gestor público! De resto foi o que já fizeram (como se sabe?!) os membros dos SA's nomeados e reconduzidos por Correia de Campos. Sim, porque em coerência com as críticas quer de muitos dos AH's (ressabiados) quer do próprio ministro (enquanto na oposição) os salários dos CA's eram condenáveis. Seria bom que fossem reveladas as remunerações actuais desses gestores SA's. Vejo alguns a deslocarem-se em brutos BMW e Volvos (de grande cilindrada) e gostava de saber se a gasolina é paga do bolso deles.
Como diz o poema: mudam-se os tempos...mudam-se as vontades. Infelizmente, digo eu, mais uma vez só mudaram as moscas!...
segunda sala de exames da Unidade de Cardiologia de Intervenção, que irá permitir um aumento do diagnóstico de problemas coronários de 1100 por ano para 2000.
A instalação da nova sala permitirá alargar, progressivamente, o horário de funcionamento da Unidade de Cardiologia de Intervenção para 88 horas semanais, o dobro do que acontece actualmente. Permitirá igualmente que se realizem, durante todo o ano, diagnósticos de problemas nas artérias coronárias e intervenções terapêuticas.
O Xavier, não sabe que não se consegue pensar de barriga vazia !
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