quinta-feira, julho 21

Situação Agrava-se

Hoje a saída de Campos e Cunha domina os títulos dos Jornais. Alguns sugerem que o PS e o primeiro ministro terão ganho algo com a saída do ministro das Finanças: "Socialistas recuperam controlo do Ministério das Finanças", "Sócrates recupera o controlo das Finanças."
O que os socialistas e o primeiro ministro ganharam foi mais uma dor de cabeça. Antes de mais, há que recuperar a credibilidade externa de Portugal.
"Campos e Cunha deixa o Governo precisamente no dia em que Bruxelas selou com Portugal um contrato de confiança em relação ao processo de consolidação das contas públicas. Cabe agora ao novo ministro das Finanças garantir o cumprimento das metas inscritas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) sem recurso a receitas extraordinárias. (DE)"
Para continuar a merecer a confiança da Comissão Europeia o novo ministro das finanças vai ter que assegurar o cumprimento rigoroso de várias medidas: a) - monitorização do Orçamento Rectificativo de 2005; b)- correcção estrutural de pelo menos 0,3% do PIB em relação ao orçamento de 2006; c)- actualização do PEC até ao final de Janeiro 2006, com a inclusão de medidas de correcção adicionais (o agravamento da situação económica, faz prever o pior); d)- criação de uma entidade independente responsável pela acvaliação das contas públicas.
(link).
No final de Janeiro de 2006 já dará para ver se o primeiro ministro, José Sócrates, recuperou o controlo das Finanças ou o perdeu para sempre.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Sobre as competências de Teixeira dos Santos o tempo o dirá...

O que não é nada bom sinal, quer para os investidores externos quer para os agentes económicos internos, é ver um ministro das finanças substituído após um curtíssimo mandato.

O MF é tão só o mais importante ministério do governo. A sua acção e deliberações condiciona a acção dos restantes ministérios.

Em 6 meses Portugal já teve 4 ministros das finanças - Manuela Ferreira Leite,Bagão Félix, Campos e Cunha e agora Teixeira dos Santos...

O que pensarão os parceiros do ECOFIN ? Lá vem mais um novo...

Esta demisssão de Campos e Cunha não abona mesmo nada em favor da necessária estabilidade política e económica.

Mais uma vez vão ser os mesmos a pagar a factura, uma vez que não existem nem almoços nem demissões grátis...

2:34 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

IGUAL A MUDANÇA DE NOIVA EM PLENO CASAMENTO

4:19 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A mudança de Ministrodas Finança significa um grande precauço para o primeiro ministro.
O lado positivo foi a mudança rápida e a escolha de um bom técnico.

Geralmente estes casos não acontecem isolados.
Vamos estar atentos à próxima vítima.
Aceitam-se apostas ...

5:37 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gostava que alguém me explicasse qual é a carreira académica, nos EUA, do novo MF, Teixeira dos Santos. Eu não sei...mas ao que li, o que ele fez foi o doutoramento numa universidade americana. E fê-lo cavalgando a onda do pós-25 de Abril onde tudo foram facilidades. Não quero dizer, com isto, que não tem mérito. Agora não façam dele o super-sumo dos economistas do país.
Foi secretário de Estado de Sousa Franco? Pois foi e é bom lembramo-nos do que foi esse período com Sousa Franco (paz à sua alma) no governo. Eu sou do tempo (como diz a nossa conhecida avozinha) em que um Ministro das Finanças do meu país considerava que o número de telemóveis por habitante era um indicador de crescimento/desenvolvimento económico e de bem-estar social?! E como o país tinha muitos telemóveis, isso era sinal de riqueza! E, também a equipa desse ministro contribuiu para o enorme aumento das despesas públicas dos governos do Eng. Guterres, cujo elevado preço hoje estamos a pagar.
Como presidente da CMVM os resultados da acção do novo MF(naturalmente associada a outras circunstâncias) estão reflectidos na evolução da nossa Bolsa de Valores, onde há comportamentos muito obscuros não se conhecendo posições assumidas da CMVM que tenham tido verdeiro impacto no combate a tais "jogadas" bolsistas.
Mas Teixeira dos Santos tem um grande trunfo: é assumidamente socialista...o que não acontecia com Campos e Cunha. Lembremo-nos, os que não são cegos, do que aconteceu aos "independentes" (membros do governo) no tempo de Guterres. Foram, como sabemos, todos corridos (incluindo Sousa Franco). E Sócrates estava lá!

2:00 da manhã  

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