Afinal, para que serve Carreia de Campos?
1º- Como político, tem-se revelado o desastre que já se receava depois da sua primeira passagem pelo Governo. O Professor não tem sabido gerir nem os gestos (como fazia João Paulo II) nem a palavra (como faz Bento XVI). Com a Igreja aprende-se sempre!
Criticar o sistema anterior e depois mantê-lo nas suas linhas fundamentais é um erro político, criticar os gestores SA e depois reconduzi-los é outro erro, dizer o que tem vindo a dizer sobre as mais diversas situações (a entrevista ao JN que aqui já foi reproduzida é o exemplo de um grande descuido político. O Professor esquece-se que está a falar para elites esclarecidas! As abéculas não o lêem sequer), quando podia estar calado, têm sido tiros políticos constantes nos próprios pés. O Professor devia ter cuidado sobretudo com os exemplos que escolhe para ilustrar as suas afirmações. É nos exemplos, em regra, que mete as maiores argoladas. A última foi a do cartel dos combustíveis! Haja Deus! Consegue ser pior que o Prof. Freitas do Amaral. Será tique de Académicos?
2º- Como Professor de Administração Hospitalar, não soube até agora honrar a Escola Nacional de Saúde Pública, ao não valorizar a carreira de Administração Hospitalar nem os Administradores Hospitalares. Manter o sistema de gestão hospitalar de LFP, substituir apenas uns quantos gestores por Administradores Hospitalares, não ter dado ainda qualquer indicação sobre o futuro da carreira de Administração Hospitalar, são exemplos do que até agora fez (ou não fez) e não devia ter feito (ou devia ter feito). Os Administradores Hospitalares são formados por si, com a expectativa de virem a exercer no Ministério da Saúde, as funções dirigentes para que são preparados (ou lhes dizem que estão a ser preparados: estaremos perante uma grande fraude ou perante uma situação de publicidade enganosa por parte da ENSP?), são um capital humano e técnico de relevo que está a ser criminosamente malbaratado em funções em muitos casos acintosamente humilhantes. O Professor não vê isso, não sabe disso? E são cerca de 500 Administradores, que custaram caro ao país formar, que ultrapassam, em dobro, o nº de Directores-Gerais existentes na Administração Pública. Todo este manancial de massa cinzenta não chega para pôr os serviços de saúde a funcionar? Para quê ir buscar gente fora do sistema, gente sem preparação, em muitos casos? Até agora está por provar qualquer mais valia desta gente. Com a agravante de estar a ser paga a peso de ouro. Como Aquilino Ribeiro apetecia dizer, que cáfila!
Há que retomar o princípio do «interesse público, legalidade e mérito» (título de uma obra de direito administrativo célebre, que o Prof. conhece) na Administração Hospitalar e na carreira de Administração Hospitalar. Que não é incompatível com as regras de gestão empresarial, bem pelo contrário.
3º- Como economista (da saúde, político), as medidas que tem tomado ou está a pensar tomar nada abonam a seu favor enquanto especialista. Cortar na despesa cegamente, como nos HH SPA, isso não é de economista, mas de dono de casa, manter todas as mordomias dos gestores SA é cegueira económica, manter tantos gestores na Administração de topo dos Hospitais, é brincar com os nossos impostos, pensar que a venda livre de medicamentos vai resultar em poupança para o Estado, é ingenuidade económica, como já se está ver nas movimentações que a ANF está a desenvolver. A teimosia e o autoritarismo balofo, em economia política, dão sempre no que dão, em tiros pela culatra. Não se mata um leão com atiradeiras.
4º- Como homem, está a perder muitos amigos e a não ganhar nenhum. Além disso está a perder credibilidade, aceleradamente.
Contudo, ainda está muito a tempo de arrepiar caminho!
«Considera o que se diz e não te preocupes de saber quem o disse» (Kempis, Tomás de, Imitação de Cristo, Capítulo 5, nº1).
2º- Como Professor de Administração Hospitalar, não soube até agora honrar a Escola Nacional de Saúde Pública, ao não valorizar a carreira de Administração Hospitalar nem os Administradores Hospitalares. Manter o sistema de gestão hospitalar de LFP, substituir apenas uns quantos gestores por Administradores Hospitalares, não ter dado ainda qualquer indicação sobre o futuro da carreira de Administração Hospitalar, são exemplos do que até agora fez (ou não fez) e não devia ter feito (ou devia ter feito). Os Administradores Hospitalares são formados por si, com a expectativa de virem a exercer no Ministério da Saúde, as funções dirigentes para que são preparados (ou lhes dizem que estão a ser preparados: estaremos perante uma grande fraude ou perante uma situação de publicidade enganosa por parte da ENSP?), são um capital humano e técnico de relevo que está a ser criminosamente malbaratado em funções em muitos casos acintosamente humilhantes. O Professor não vê isso, não sabe disso? E são cerca de 500 Administradores, que custaram caro ao país formar, que ultrapassam, em dobro, o nº de Directores-Gerais existentes na Administração Pública. Todo este manancial de massa cinzenta não chega para pôr os serviços de saúde a funcionar? Para quê ir buscar gente fora do sistema, gente sem preparação, em muitos casos? Até agora está por provar qualquer mais valia desta gente. Com a agravante de estar a ser paga a peso de ouro. Como Aquilino Ribeiro apetecia dizer, que cáfila!
Há que retomar o princípio do «interesse público, legalidade e mérito» (título de uma obra de direito administrativo célebre, que o Prof. conhece) na Administração Hospitalar e na carreira de Administração Hospitalar. Que não é incompatível com as regras de gestão empresarial, bem pelo contrário.
3º- Como economista (da saúde, político), as medidas que tem tomado ou está a pensar tomar nada abonam a seu favor enquanto especialista. Cortar na despesa cegamente, como nos HH SPA, isso não é de economista, mas de dono de casa, manter todas as mordomias dos gestores SA é cegueira económica, manter tantos gestores na Administração de topo dos Hospitais, é brincar com os nossos impostos, pensar que a venda livre de medicamentos vai resultar em poupança para o Estado, é ingenuidade económica, como já se está ver nas movimentações que a ANF está a desenvolver. A teimosia e o autoritarismo balofo, em economia política, dão sempre no que dão, em tiros pela culatra. Não se mata um leão com atiradeiras.
4º- Como homem, está a perder muitos amigos e a não ganhar nenhum. Além disso está a perder credibilidade, aceleradamente.
Contudo, ainda está muito a tempo de arrepiar caminho!
«Considera o que se diz e não te preocupes de saber quem o disse» (Kempis, Tomás de, Imitação de Cristo, Capítulo 5, nº1).
Vivóporto
41 Comments:
Penso que a arrogância que lhe é inerente não o fará arrepiar caminho.
Mas não será só arrogância, são os sapos que é obrigado a engolir, porque o Largo do Rato não está a dormir, nem ele decide só, veja-se o caso do ministro do MAI.
Aguardemos os resultados, seria interessante ver a factura e o aumento de natalidade só das mulheres que cá vêm parir.
Veja-se os casos de indivíduos com sida que cá se vêm tratar dos palops.
Vejo que afinal o Vosso "querido" CC, afinal está a fazer mais do que pensávamos! Está a deixar "os boys" aflitos! Vá de retro! Como diria o premonitório Eng. Guterres: "no more jobs for the boys". Ou dito de outra forma: "o corpo está enchameado de parasitas, JÁ NÃO TEM CURA".
Ora o Sr. Vivóporto, está aflito. Está aflito porque representa 500 "MAMÕES" (não aquela fruta tropical, parecida com a papaia ....mas, aqueles burros que gostam de mamar, gostam muitíssimo de mamar....até que a teta seque). MAS A TETA ESTÁ SECA.
Acabou! Não há mais. O Sr. Blair e a Sra. Merkel vão terminar com a V. "FIESTA". Não sei se do alto da V. Cátedra de brilhantes "Administradores do Reino" já repararam que a UE não negociou "fundos comunitários", a partir de 2006....ou seja, em 2007: KAPUT!
E, agora entra o Senhor Professor Doutor Correia de Campos, digníssimo Ministro da Saúde da (agonizante) III República!
O que é que Vocês querem que o "homem" faça? Ele não tem dinheiro! Ele está envolto pela maior TEIA de corporações do país: médicos, enfermeiros, laboratórios, ANF, APAH, funcionários públicos....não há "homem" que aguente....tanta porrada, de tanta gente! Só o da Farmácia de Cascais (que ele subestimou, mas....se enganou) está a preparar-lhe um "festim"...mas, e tal como o outro "Campos"....há sempre um lugar à nossa espera na Universidade Nova!
O aprendiz de feiticeiro no discurso de posse não sabia com quem se metia, lembram-se da lei da propriedade das farmácias?
Mas não conhecem a estória das estatuetas em ouro, já funcionava o centrão, como o mensalão.
Quanto à restante "posta" do Sr. Vivóporto, que deve ser alguém muito importante, mesmo à beira de receber o "dragão de ouro", gostaria de lhe dar alguns "conselhos de amigo":
1. "O Professor esquece-se que está a falar para elites esclarecidas! As abéculas não o lêem sequer"
Caro Sr. Vivóporto, vejo que se tem em grande conta. De GRANDE, muito GRANDE. O que fez até hoje, para além do CURSITO na ENSP? E os seus 500 Colegas, o que fizeram, para além de ajudar na Explosão do malfadado SNS? Provavelmente, nem todos caberão no saco.....
Mas, e tal como Maria Antonieta, esposa de Luís XVI, dizia à população revoltada na Revolução Francesa: "Se eles não têm pão, comam brioche!".
Vejo que estão mesmo à beira do precipício....pergunto-lhe à quanto tempo não anda de Metro? Ou há quanto tempo não visita a "urgência" de um Hospital?
2. "substituir apenas uns quantos gestores por Administradores Hospitalares"
Vejo que o Sr. Administrador Hospitalar Vivóporto, para além do dito "cursito" deve ter administrado o seu "Condomínio" e uma "peladinhas" lá na Faculdade! Sabe o que é "qualidade de serviço ao cliente"? Já sei que não, tal como o seu Colega Sr. Xavier, não sabe! Mas, sei que aprenderam muito sobre "Financiamento" com o Vosso agora "Amaldiçoado" ÍCONE!
É daqueles que ainda trata o degraçado do CONTRIBUINTE (que lhe paga o saláriozinho e as mordomias), como UTENTE. Mas, ele não é utente, é CLIENTE! Ele é CONTRIBUINTE, paga portanto o serviço, tal como nós, simples "abéculas", como lhe chama o SR. Vivaporto, pagamos um serviço quando fazemos uma viagem de avião!!!!SOMOS CLIENTES.
3. "são um capital humano e técnico de relevo que está a ser criminosamente malbaratado em funções em muitos casos acintosamente humilhantes"
Coitadinho do Sr. Vivóporto, que aguardava ter chegado à caverna do Ali Bábá, para ali encontrar todo o "Pecúlio" da Sociedade Portuguesa!!! Trabalhe, Caro Sr. Vivóporto. Faz-lhe bem. Sei que não quer, mas pelo que transmite, está a fazer-lhe bem.....e não vai ficar por aí! Repito: NÃO HÁ DINHEIRO! ACABOU.
3. "o princípio do «interesse público, legalidade e mérito»"
Isso, queremos nós portugueses, que pagamos o V. SALÁRIO, adicionado dos tais "pópós" e outras mordomias!
Não se cuidem, não, mandem a malta ganhar 200 euros, como ganham 1.000.000 de portugueses que auferem a Pensão Mínima, que lhe deu o Estado Social do 25 - A, e vão ver que a "luzinha" da EXPLOSÂO não tardará a aumentar. É que há PORTUGUESES (devem ser as tais "abéculas"), que ganham 200 Euros.....por mês, não por hora!!!!
4. "Como homem, está a perder muitos amigos e a não ganhar nenhum"
É esta a VISÃO que os Senhores Vivóporto(s), criados por Abril, têm do que é "Servir Público":
- ARRANJAR AMIGOS. Eu diria, arranjar AMIGALHAÇOS!
Um Ministro, um Gestor, ou alguém que "gere ou administra" algo, NÃO PODE ESTAR NA FUNÇÃO, PARA ARRANJAR AMIGOS!!!!
Vocês ainda não se viram ao ESPELHO? Provavelmente, assustar-se-ão!
Prolixo ou pró lixo? Responda Collor de Melo!
«Queira ele ou não, existe uma diferença essencial entre o interesse público e os interesses privados. Não defendemos coisas equivalentes» (Vital Moreira, Público, de 16 de Agosto)
E existe uma diferença maior, quando se pretende defender o CONTRIBUINTE e não as "Corporações".
O Contribiunte que paga o SNS, tem que esperar 4, 5, 6 horas, para ser atendido, mas depois tem que esperar 4, 5, 6 e mais horas, para fazer um meio de diagnóstico, e depois esperar que venha um qualquer (perdão, sei que se ofendem,....mas não quero ofender essa castazinha...."os médicos"....nem pensar!) Médico, e que venha bem disposto, pois eles coitados sofrem muito para atender os ...doentes, que ATÉ SÃO QUEM LHES PAGA O SALÁRIO: Sim! São CLIENTES, Senhores Doutores!
De outra maneira, como explicam, que nem o V. IDOLATRADO, e agora DEMONIZADO CC, consiga acabar com as malfadas urgências de 24 horas!! Então, Senhores Administradores, digam-me lá, conseguem trabalhar mais do que 15 horas (disse quinze horas,,,,)? Não. Eu também consigo trabalhar até 14, 15 horas, não mais, pois fico exausto e já não tenho capacidade para discernir ao fim de 14 horas de trabalho seguidas. Então, mas os Senhores Administradores (da ENSP e os outros também), não ACABAM COM A VERGONHA DOS BANCOS DE URGÊNCIA DE 24 HORAS, OU DE 48 HORAS, porquê??????? São Administradores, ALTAMENTE QUALIFICADOS, e não terminam com "tal vergonha", porquê?
Abordei, apenas UM ÚNICO PROBLEMA, do V. Querido SNS!
Mas, poderia falar dos Senhores Doutores que entram às 11 horas, da manhã e saiem às 12h45m, para almoçar....
Ou, dos Senhores Doutores, que PROMISCUAMENTE, atendem no Público e no Privado!
Só uma dicazinha: HÁ MILHARES DE MÉDICOS DISPONÍVEIS NA UCRÂNIA, MOLDÁVIA E OUTROS, prontos para trabalhar. E são bem qualificados.
Afinal o CC está a trabalhar, e poupa em Administradores....afinal a redução de 2 aAdministrações significa uma poupança de 500 mil euros (afinal os Administradores HH ganham assim tanto????)
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=188785
Governo funde mais três hospitais em centro hospitalar
Os hospitais de Santa cruz, Egas Moniz e São Francisco Xavier vão ser concentrados num centro hospitalar em Janeiro, segundo apurou o Diário Económico junto do presidente do conselho de administração destes hospitais.
Segundo José Manuel Boquinhas, citado esta segunda-feira pelo jornal, esta fusão irá potenciar ganhos assistenciais, de eficiência, de aumento de produtividade e de criação de sinergias clínicas.
A nível da poupança, o antigo secretário de Estado da Saúde do governo de Guterres garante que a junção dos três conselhos de administração actuais com 15 mil administradores vai permitir poupar 500 mil euros anuais, uma vez que a partir de Janeiro estes serão reduzidos para oito membros.
---------------------------------
Estou a chorar com pena dos Administradores que saiem. Coitados e dos seus filhos, também, que deixarão de comprar jogos da Playstation todas as semanas, para passarem a comprar só um por mês!!!
Sr. Sarney...
Nota-se bem que lhe falta o tal cursito da ENSP que o sr. refere insistentemente...
O sr. não sabe o que diz...mistura alhos com bugalhos...tem um racicionio pouco claro...está a querer meter foice em ceara alheia sem o saber fazer.
E, digo-lhe mais, alguns dos AH a que o sr. acintosamente se refere têm,em termos de formação academica,bem mais que uma licenciatura e que uma pós graduação na ENSP...
Não faça juízos precipitados, sr. Sarney...não minimize pessoas e profissionais sem os conhecer...
Deixe de ser sarna...sr. Sarney...
Contribua positivamente para o blog...
Ultrapasse a sua dor de cor...tovelo...
Ao colega Vivóporto:
Uma palavra de reconhecimento de todos quantos colaboram neste blog há já muito tempo.
Reconhecimento pelos momentos de reflexão que nos tem proporcionado...pela qualidade e pertinencia das suas intervenções e pela inteligencia e verticalidade das suas opiniões.
Dos frequentadores assiduos deste blog: o nosso MUITO OBRIGADO!
Este Sarney só agora ouviu falar na diferença entre UTENTE e CLIENTE.
Coitado, parece que quer vir ensinar a missa ao padre...
Olhe que o utilizador do SNS é (e queremos que continue a ser)UTENTE e não CLIÊNTE.
E mais não lhe digo...se quiser explicações pague-as ...o sr. é que é cliente....ah...ah...ah...
"quiser explicações "
Explicações Vossas???? Para quê? Vocês não percebem nada de GESTÃO!!
E a prova de que não percebem NADA de Gestão é esta:
"Olhe que o utilizador do SNS é (e queremos que continue a ser)UTENTE e não CLIÊNTE."
O "Zé" das Caldas vai deixar de Vos pagar....falta saber apenas em que momento!
---------------------------------
"Não faça juízos precipitados"
Não. Nunca fiz. Referi que não metia os "tais 500" no mesmo saco!
"Contribua positivamente para o blog"
Vocês chamam ABÉCULAS, a quem Vos paga o salário, e eu é que sou NEGATIVO?
"Ultrapasse a sua dor de cor...tovelo... "
De quem? De Vocês? Não, graças a Deus, sempre trabalhei e vivo do que ganho, do trabalho....e não quero viver do "tacho", senão não fazia Cursos! Inscrevia-me no PS ou PSD, e arranjava logo....
"está a querer meter foice em ceara alheia sem o saber fazer."
Quanto a isto, estou a meter a foice na MINHA seara. Sabe porquê? Pago IMPOSTOS. EXIJO serviço, pois!
O SNS parece que é a Vossa Coutada! Só se forem Vocês a pagá-lo! Mas, não são....
EXCELENTE.
Como vêem, não meto tudo no "MESMO SACO":
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=188786
Hospital de Santarém promove cursos de Verão para jovens
O Hospital de Santarém vai promover a terceira acção no âmbito dos cursos de Verão destinados aos jovens entre os 12 e os 18 anos de idade residentes naquela área, adianta a edição desta segunda-feira do Correio da Manhã (CM).
De acordo com o jornal, com a duração de um dia, os cursos têm como objectivo facultar formação teórica e prática em suporte básico de vida, sob a orientação de enfermeiros especializados na área de emergência médica.
Ainda segundo o CM, a acção de formação inclui ainda a visita a duas unidades de Cuidados Intensivos, à Sala de Reanimação de Urgência e à viatura médica de emergência sediada no hospital.
Papo ...seco....
Este Sarney é um caso patológico...
Vamos lá tirar a coisa a limpo:
O Sr.Sarney que explique o que entende por CLIENTE do SNS...
Calma que a coisa está a ficar resolvida...
Primeiro vai a Unidade de Missão ...depois, os Gestores sa...
Um abraço ao Vivóporto!
O que é um Cliente do SNS?
São TODOS os contribuintes do Estado Português.
Porquê que quando vamos ao Macdonald's não gostamos de esperar?
Porquê que quando vamos ao banco, "bufamos"...quando esperamos?
Porquê que quando vamos à Conservatória do Registo Predial, voltamos a "bufar"...porque chegamos, e 90 minutos depois....está quase a chegar à nossa vez!
Só que, se vamos ao MacDonald's e somos mal atendidos, protestamos, reclamamos e EXIGIMOS SERVIÇO.
Quando vamos à dita Conservatória, somos muito maltratados, ...até reclamamos....mas a coisa continua na mesma.
A diferença é só esta: se a MacDonald's, a TAP, ou a Zara, se nos atende mal duas vezes, ....acabamos com essa "alternativa" e nunca mais lá voltamos!
O mesmo, já não se passa na Conservatória: temos que lá ir....pois não temos alternativa. E a Senhora Conservadora e seus funcionários, não têm a pressão do Cliente!!!
Isto passa-se no SNS, dos Hospitais aos Centros de Saúde. Não há um "conceito de serviço". Há é um conceito de "servir-se" por parte das CORPORAÇÕES.
É evidente, que os Administradores, não são os únicos responsáveis, mas como eu encaro que a Administração é o TOPO, são eles que têm que assumir as responsabilidades do que dirigem....ou então são meros sorvedouros!
O Engenheiro Belmiro é Presidente da SONAE, e não tenham DÚVIDAS que se houver mau serviço, ele é o PRINCIPAL responsável. Ou digam lá, se não gostam de ir aos Centros Comerciais da SONAE? Ou aos Hipermercados/ Supermercados da SONAE? Gerir serviços....nada mais!
Já sei o que estão a pensar...."a saúde é diferente". É evidente que é, também vender bilhetes de viagem ou gerir fortunas, também é,....mas essa diferença não pode ser responsável pela existência de Centros de saúde, que são os mesmos que existiam há 30 anos: sem elevadores, com escadas ingremes, sem acessos para deficientes, sem ar condicionado, as pessoas esperam horas, os Médicos dedicam 5 minutos a cada doente....e depois vêem-me falar de SERVIÇO?
É evidente que a "populaça", as tais "abéculas" estão ainda a dormir, mas acordarão!
E já comem mais de 10% da Produção Nacional (mais conhecido por PIB).
Ó sr. Sarney...
O sr...não sabe o que diz...
Mas, dada a sua insistencia e má educação, faço duas observações:
1ª-Então o tal trabalho de que o sr. vive permite-lhe erstar a escrever constantemente para o blog??
Ainda estamos para saber quem lhe paga para estar constantemente a escrever estas atoardas no saude sa..
2ª-Então são «clientes do sns» todos os contribuintes?Então e os «utentes do sns» não são ou foram contribuintes?
O facto de se ser «contribuinte» não quer dizer que compre cuidados de saúde e muito menos saúde...
O conceito de cliente existe para um bem (a saúde é um bem de mérito)que tenha um custo e um preço definidos.Ora,conhecem-se alguns dos custos dos cuidados de saúde e alguns (poucos)da saúde...mas, se se pode conhecer o preço dos cuidados de saúde (é este que a prestação privada cobra)não se conhece o preço do bem saúde.A saúde não está de forma alguma englobada no contexto mercantilista mas muito mais no contexto ético ao qual se adequa o conmceito de UTENTE...
O Sr. Sarney já alguma vez ouviu falar nos conceitos de priorização e de racionalização de cuidados de saúde???
Oh sr. Sarney (mas que sarna...)fique-se pelo senso comum mas não se esqueça que já me deve uma explicação.
P.S.Por favor não seja incorrecto para com comentadores deste blog que, só por isso, exigem o seu respeito.
Então, chamam ABÉCULAS às pessoas, e as pessoas reagem cordialmente, e eu é que sou MAL EDUCADO?
Os Senhores estão nervosos. As coisas não estão a correr bem. Isso já é uma evidência.
Ouçam os conselhos dos outros!
Olhe, posso saber pouco de FINANCIAMENTO DA SAÚDE PÚBLICA (não quero saber mais), mas aconselho-o a ler um Estudo realizado nos EUA (esse país de malfeitores, terra do Tio Sam, mas que todos os que podem, gostam de visitar), que dá pelo nome de "Oregon Plan". Nesse Estudo, verificará que fizeram uma discussão séria sobre "SAÚDE", e chegaram à conclusão de que os gatos na saúde não podem ser ilimitados. Até porque NADA é ilimitado, neste mundo! E mais não digo, deverá encontrar o Estudo ...algures na ENSP!
A "SAÚDE" não é mercantilista? Boa! Então, pergunto-lhe se todas as RICAS CORPORAÇÕES relacionadas com o SNS (Médicos, Laboratórios, Enfermeiros, Farmácias, etc.) serão ORGANIZAÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS? Seria bom saber se são!
Não estou a ofender ninguém. Mas, tenho consequência de que ESTOU A INCOMODAR. Estou a fazer um serviço público. Mas, vivo do meu trabalho. Nada mais. Não tenho qualquer militância política.
Oh sr Sarney ... o sr. é um pandego...
Mas...vá trabalhar...olhe que isto de «não haver dinheiro» ainda lhe toca a si...
Então o sr., depois de tantas bocas,reconhece que nada sabe de «financiamento da saúde publica» (até o proprio conbceito está errado!)quando deveria dizer:NÃO PERCEBO NADA DA ESTRUTURA DO MERCADO DA SAÚDE?
Oh sr Sarney!o que incomoda não é o facto de o sr.não perceber nada de nada ...não é o facto de o sr. não saber o que diz acerca da matéria gestão/organização de cuidados de saúde!
O que incomoda é o facto de o sr. ser pouco educado com outros colaboradores do blog, nomeadamente o colaborador Vivóporto(a quem este blog muito deve em termos de qualidade de intervencões)e do proprio Xavier (o mentor do blog).
Pelo que me tenho apercebido, todas as opiniões são bem vindas ao blog, desde que emitidas com decencia e caracter...
O sr tem acrescentado à sua ignorância quanto à matéria que aqui se trata, um comportamento acintoso e «mal educado» relativamente a alguns dos restantes comentadores e isso...não podemos deixar passar!
Sabe? O tal «cursito» de que o sr. fala, se não nos tivesse dado mais nada, deu-nos dignidade e comportamento moral elevados.
Portanto ordeno: vá trabalhar!(não esteja a fingir que trabalha)e...ponha-se na linha!
"ponha-se na linha! "
Mas, quem são Vocês, para dizer isto, nem o "António de Santa Comba"!
Estão enganados! E cheios de medo! Afinal, aquele que pensavam ser o que Vos abriria todas as portas....não tem dinheiro, por isso é que faz as PPP's.
Claro que não me interessa nada, sobre a V. conversa de "financiamento do sistema de saúde".
Como, Você fugiu da questão do "mercantilismo"....pois querem que os CONTRIBUINTES paguem aos "anafados" do SNS. Pois de que outra forma, é que alimentavam essa MEGA Teia de Corporações? À custa do Orçamento de Estado....sem nenhum controlo do CENTRÃO!
O SNS não é exemplo para nenhum país, ...a não ser para Angola, claro!
Gosto de sistemas de saúde mais híbridos e competitivos, como o Francês ou o Holandês!
Sabe o que é "health technology assessment"? Pois! O equipamento que entra nos hospitais e os respectivos (ou não) concursos públicos!
E mais não digo.....
PS: Quanto à má educação, os CONTRIBUINTES é que têm que se sentir feridos....pois pagam 10% do PIB em saúde....e ainda por cima estão insatisfeitos....dos cuidados primários, às urgências hospitalares! E esqueça esses remoques fascizantes...."da linha"!
ATENÇÃO A TODOS OS BLOGUISTAS. ANDA UM NOVO VÍRUS NA INTERNET. DESTA VEZ APENAS AFECTA OS BLOGS. SOBRETUDO AQUELES ONDE SE DEFENDE O INTERESSE PÚBLICO CONTRA A VORACIDADE DOS INTERESSES PRIVADOS E OS MENTECAPTOS.CHAM-SE JOSÉ SARNEY (DE SARNA, É VERDADE) A ÚNICA SOLUÇÃO CONTRA ESSE TIPO DE VIROS ESTÁ NA RECEITA DE AQUILINO RIBEIRO, ESCRITOR TAMBÉM DA MINHA PREFERÊNCIA, AQUI CITADO POR VIVÓPORTO: «SE HOUVESSE FORCA, NÃO QUERO TEIMAR QUEW ME ENFORCASSEM. ASSIM, COM O SEU PERDÃO (VOSSO, DOS BLOGUISTAS, NESTE CASO), HÃO-DE METER-ME AS VENTAS NO CU« (AQUILINO, EM 1960, A AGRADECER A JOÃO DE BARROS, POETA, PRIMEIRO SUBSCRITOR DE UM ABAIXO-ASSINADO EM SUA DEFESA NO PROCESSO QUE LHE FOI MOVIDO PELO ESTADO NOVO AQUANDO DA PUBLICAÇÃO DO SEU LIVRO «QUANDO OS LOBOS UIVAM». DESPREZO PORTANTO AO ANIMAL, QUE NSÓ NÃO É UM LOBO, PORQUE NÃO QUERO OFENDER ESTE NOBRE ANIMAL. DIGAMOS APENAS DESPREZO «QUANDO O ASNO UIVA»
Sarney não se enxofre eu já fui corrido e censurado, isto é um clube de anónimos.
Penso que é demasiado elitista, melhor falando demasiado sectário, mas no frontespício tem como objectivo críticas aos governos que lá estão enumerados. Neste caso pensaram de facto que CC os salvaria, mas CC como muito bem dizem, está para servir os grupos que lhe pagam e aguarda ainda emprego depois deste.
A propósito será que vi o Boquinhas muito satisfeito hoje? Afinal o Centrão funciona.
Cara Toupeira,
Se há coisa que sei, é o seguinte:
1. A internet, é um poder GRANDE. Nem o Partido Comunista Chinês consegue dominá-lo.....até já se habituou à net. E o PC Chinês até é o mais ultra-liberal do mundo!
2. Portugal exige, ainda, que sejam AFRONTADAS as "cliques" de poder, que se refastelam, à custa de uma população bêbeda pelo Estado Social de Abril, e pelo "crédito ao consumo".
Mas, e obrigado pela solidariedade, nós não nos vamos a baixo....a internet é vasta. E eles, tolos, julgam que estão isolados e fazem blogues para agradar ao Dr. Delgado e quejandos. Que parolos!
Optem por uma intranet. Fechem os comentários. Vivam numa "redoma de vidro". De outra forma, não temos medo. Eles é que, e como diz bem, já perceberam que o Espírito Santo é mais poderoso do que o Largo do Rato! Que chatice!
O dito Dr. Boquinhas, a quem ouvi comentários "cegos" sobre a transformação de SA's em EPE's. Curiosamente, e após pressão, acabou por justificar que a sua posição só tinha cabimento......sob ponto de vista ideológico. A malta dos "novos" Administradores, ao menos que tivessem a frontalidade de admitir "essa limitição" ideológica"!
PS Mas a "populaça" já começa a perceber o CENTRÃO, e os seus efeitos nefastos....é pior do que a SIDA!
Sempre admirei este blog não só pelo nível dos post's, mas também dos comentários. A principal razão que cativou à leitura diária deste blog foi a liberdade de espressão dada a todos (SA's, EPE's, médicos, gestores,...). Entretanto, ontem li, pela primeira vez, algo que até então não esperava encontrar neste sítio: preconceito.
Ora, todos têm liberdade para concordar ou discordar de qualquer comentário aqui postado, aliás, isto é saudável. Entretanto, o problema surge quando os comentários deixam de abordar as divergências de ponto de vista e passam para a fronteira pessoal. Então tem algum jeito que alguém, em tom de escárnio, perguntar se o José Sarney é brasileiro?
E se for, qual é o problema? O blog é restrito aos nacionais e os estrangeiros estão proibidos de participar? Ou antes pelo contrário, os estrangeiros até são bem-vindos, desde que sejam ingleses, franceses, alemães ou outro país de "primeiro mundo" qualquer?
Sinceramente, por esta não esperava!!!
Estamos totalmente de acordo!Vamos subir o nível dos comentários no Blog.Foi a isso que nos habituamos,é por isso que aqui estamos...
E,quem não tiver a qualidade necessária vai ficar, naturalmente a ver navios...
Triste é que,dada a falta de argumentação consistente alguns dos comentadores apenas conheçam a àrea do ataque pessoal e ou profissional...
Qualquer post, nestes ultimos dias, tem sido motivo para o ataque pessoal (várias vezes a rondar a fronteira da «má educação»)ou profissional.
Meus senhores (quer sejam brasileiras ou não)façam uma argumemtação fundamentada...defendam o vosso ponto de vista...debatam temas e não pessoas ou profissões...
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=188893
Algarve: Estudo para construção de seis hospitais pronto este ano
O estudo sobre a construção dos seis novos hospitais portugueses será entregue ao Governo no final do ano pela Escola de Gestão do Porto, disse à Agência Lusa o presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve.
O trabalho abrange a construção dos hospitais do Algarve, Vila Nova de Gaia, Vila do Conde/Póvoa do Varzim, Évora, Margem Sul e Lisboa (Hospital Todos os Santos).
«O Hospital Central do Algarve (HCA) está numa situação privilegiada no que diz respeito aos restantes cinco, que pelo que sei estão em situações de avaliação diferentes», disse à Lusa Rui Lourenço.
A existência de um terreno - no Parque das Cidades, junto ao Estádio do Algarve - de uma proposta de cedência de acordo de superfície e a candidatura da Universidade do Algarve para abrir uma Faculdade de Medicina poderão ser factores benéficos para o HCA, assinalou o presidente da ARS do Algarve.
Rui Lourenço reuniu quinta-feira com representantes da Escola de Gestão do Porto, a instituição convidada recentemente pelo ministro da Saúde, António Correia de Campos, a liderar o estudo sobre a construção dos seis novos hospitais portugueses.
No encontro também participaram o reitor da Universidade do Algarve, Adriano Pimpão, e Jorge Abreu Simões, o representante das Parcerias Saúde (unidade de missão do Ministério que trata os processos de parceria público-privado).
No estudo a apresentar ao Governo no final do ano constará a prioridade, por ordem hierárquica, da construção dos seis novos hospitais, assim como as várias «valências», «localizações» e formas de gestão das futuras unidades de Saúde«, indica num comunicado da ARS enviado à Lusa.
Diário Digital / Lusa
22-08-2005 20:35:00
"ingleses, franceses, alemães ou outro país de "primeiro mundo" qualquer?"
Preconceitos?
E a China, será de 3º mundo ou de 2º mundo?
Em 2.040 ultrapassará o PIB dos EUA!
Be careful!
Tenho estado fora sem acessoà caixa de comentáqrios.
Só hoje pude ver a balbúrdia que para aqui vai.
Ataques pessoais, monopolização dos comentários, penso que nãqo adiantam nada.
Discutir as ideias, rebater argumentos contribuem para a clarificação das ideias.
Em relação à caixa de comentários ando a amadurecer várias ideias:
- fechá-la;
- restingir o acesso aos comentadores registados;
ou mantê-la como está.
se me puderem ajudar à decisão, agradecia.
«É aqui que se levanta o controverso tema do anonimato na blogosfera (...), De facto, se nuns casos o anonimato constitui uma copreensível protecção do autor, sem a qual as suas informações e advertências não viriam a público, noutros muitos casos o anonimato é apenas a cobertura para patifarias de toda a espécie.» (Vital Moreira, Público de 23 de Agosto, hoje, portanto)
O que se pretende- é pelo menos a minha opinião- é apenas que este blogg se venha a tornar numa autêntica dor de cabeça para quem tem responsabilidades na saúde, a começar pelo Ministro, seja de que partido fôr, com expressão da máxima liberdade. Mas liberdade com responsabilidade. Só assim o blogg será respeitado, só assim este blogg será eficaz. Insultos, má língua, suspeições, aleivosias e quejandos, devem ficar de fora. Discutamos, pois. Todos,com a máxima elevação (o que não significa amorfismo ou palavrinhas mansas. A virulência,a turculência, muitas vezes, porque não, é também necessária. Direi, mesmo, que em determinadas circunstâncias, não há outra maneira de exprimirmos a nossa indignação. Há que fazer fogo sobre o poder, mesmo quando - ou sobretudo quando - são os nossos que lá estão (se for o caso). Que mais não seja, por estarem a trair os nossos ideiais, as nossas expectaticas, as promessas que nos foram feitas.Não de tachos, que, julgo, muitos de nós os dispensarão, ao contrtário do que pssa pensar Sarney (ainda que julgue que a maior parte das vezes apenas está a reinar). Quem me conhece- e há quem me conheça (já agora, um abraço para o amigo, dentro em breve regresso. Desculpem o oportunismo!)- sabe muito bem que recusei muitos convites, mesmo do actual poder para integrar Conselhos de Administração de hospitais aqui da Zona Norte. Curiosamente, não do meu hospital. Percebe-se a lógica?. Sirvo para uns não sirvo para outros?.Com excepção do hospitalk onde me encontro (porque me sinto com direito ao lugar que me rtem sido roubado pelos políticos), fa-lo-ei enquanto estiver em desacordo com o actual sistema de gestão hospitalar. Nada quero que o não mereça/ou tenha merecido por mérito. Avaliado segundo critérios objectivos e não pela opinião do Ministro ou de quem o rodeia. Não preciso de favores pessoais (ministeriais ou não)para nada. Tal como Beethoven, eu diria: «Princípe, se o sois devei-lo ao acaso do vosso nascimento. Eu o que sou a mim o devo. Principe sempre os houve e há-de continuar a haver aos milhares.Beethoven, porémm, há só um!».Felizmente, estou certo, que ainda há muitos Administradores Hospitalares que não se vendem por um prato de lentilhas, mesmo de ouro.
Portanto, vamos à luta!.
«Paz aos homens. querra às ideias!» ( António Sérgio, dixit)
Depois da discussão...faz-se luz!
Ora bem, sugiro, a propósito de "anonimato", o que se discute no http://bichos-carpinteiros.blogspot.com/. É capaz de ajudar mais do que o "governo na sombra", de Vital!
Quanto ao resto, referi-o várias vezes, que não coloco os "tais 500", no mesmo saco, até porque sei que alguns têm obra, mas poucos.
Quanto à "saúde", essa sim, é importante. Não sei para quê ou porquê (ou talvez saiba) é que se anda a discutir "modelos de saúde" eficientes em Portugal há 30 anos, se eles existem por essa Europa fora, mas não têm NADA que ver com o malfadado SNS.
É que ser-se "Administrador" de uma "coisa", pública ou privada, acarreta muitas responsabilidades, direitos e deveres. Não se pode ser Administrador e depois dizer que, "se não há Médicos na Urgência às 13h00m, não é nossa responsabilidade".
Aí, eu pergunto, será que quem aparece às 13h00m, não deve ser atendido?
É para os Senhores lógico ou diria mesmo racional, que o Hospital de Santa Maria feche parte das Urgências de Otorrino, durante parte do verão e oriente os doentes para outro hospital, para depois o outro hospital fechar mais tarde, e ser Santa Maria a servir?
Face a isto, quem é que MANDA? São os Médicos? Ou são as necessidades dos Doentes?
Isto não significa que o ESTADO está ao serviço das CORPORAÇÕES?
Dizem-me os Senhores Administradores: "mas existe a LEI".
Mas, se a LEI existe e não serve os CONTRIBUINTES, que são quem suporta o SNS, então MUDE-SE A LEI....
Quanto ao resto, acho curioso que achem a discussão livre e o contraditório, como balbúrdia e má educação, que insisto nunca tive.
A actual Revolução Tecnológica e a GLOBALIZAÇÃO estão a colocar um "ponto final" no Estado Social. Querem ser como a "avestruz"?
O Chanceler Schroeder fez as REFORMAS, e elas estão agora a produzir resultados (finalmente, a Alemanha cresce um pouquinho...), mas vai perder as eleições em 18 de Setembro......
Ora vamos lá esclarecer:
-O anterior comentador tem vindo, nas suas já bastantes intervenções a referir que NÃO HÁ DINHEIRO (motivo pelo qual não visluymbra qualquer futuro para os AH);
-Ainda ontem referia, sustentando-se numa qualquer teoria metafísica, de que nada é infito ou ilimitado;
-Hoje dizia ainda de que a palavra GESTÃO foi banida do vocabulário dos portugueses e que, quem a pratique tem que imigrar.
-Neste post dá a entender que não acha correcto que as urgencias de otorrino do HSM fechem a partir de determinada hora devendo os doentes que careçam de cuidados urgentes dessa especialidade serem encaminhados para outro hospital (por acaso não muito distante do referido)e, quando fecharem as urgencias de otorrino neste outro hospital voltar a abrir a do HSM!
Já aqui foram referidos os conceitos de RACIONALIZAÇÃO, priorização aos que acrescento os de COMPLEMENTARIDADE e de ACESSIBILIDADE que, apliocados a este exemplo concreto resultam no seguinte:
Será que a «procura»da urgencia de otorrino, na àrea de atracção dos dois hospitais referidos justifica que as os dois serviços de urgência de otorrino estejam aberto simultaneamente?
Quais são os custos, monetários de não só, para o «contribuinte», que todos somos, dos facto de as duas urgencias estarem abertas mas com uma produtividade baixa?
Afinal QUEM MANDA está ou não a fazer algo?
Ou, não será a incapacidade de alguns que não lhes permite verem o que é obvio?
E o mais triste é ter que dar explicações(já me deve mais uma!) de B+A=BA a quem se julga tão incomodo...
Incomodo, só se for pela ignorância...
Mas que paciência para aturar este CLIÊNTE...
Ensinar o quê? Vem-me falar no "modelo X" e no "modelo Y"....isso não existe em GESTÃO (management, do inglês). A tal "coisa" que eu insisto que foi banida...com raríssimas excepções: Sonae, BCP e pouco mais.
O que eu lhe digo é o seguinte:
1. Se mantiver os dois Hospitais abertos e não obtiver eficiência. Feche-se um deles. É simples.
2. Se entender que os dois se devem manter a funcionar, não os feche 15 dias por ano, só para "dar férias" aos Médicos! Porquê que os Médicos vão todos de férias naquele período?
Ou de outra forma, porquê que só se avaliam os "custos na perspectiva do Contribuinte", como diz, na época de férias?
Já imaginou (se calhar não....), o que é ser "doente" (o tal que paga o serviço e que é CLIENTE, evidentemente) e chegar no dia 16 de Agosto, ao Hospital, e dizerem-lhe: "hoje não pode ser atendido aqui, tem que ir para ali".....e se o doente lá tivesse estado na véspera....não entenderia, lógicamente!
É O PRIMADO DO CLIENTE. E não o primado da Corporação....que suga o Estado....ou seja o tal Cliente, que até é Contribuinte.
É que o Conceito de GESTÃO, se existir, tem que ser amplo, e não "codificado ideológicamente para a saúde".
Mas que Pato Bravo..
Diz bem o Sarney: «não sei para quê ou porquê (ou talvez saiba) é que se anda a discutir "modelos de saúde" eficientes em Portugal há 30 anos, se eles existem por essa Europa fora». Tenho aqui referido aquele que é considerado pelos parâmetros da OCDE o melhor sistema de saúde do mundo - o francês – o único, não sei se será por este motivo que é o melhor, que aposta na Saúde com o espírito de serviço público e tem como seu actores principais, no âmbito hospitalar, administradores hospitalares de carreira, formados numa Escola Nacional de Saúde Pública (de Rennes) em que se decalcou a nossa Escola e a nossa carreira. O sistema de gestão hospitalar é basicamente o mesmo, em França, desde 1941, sem alterações significativas. A não ser para o aperfeiçoar. A seguir transcreverei em que sentido. A única diferença em relação àquilo que se passa em Portugal, não diria desde há 30 anos, mas sim desde 1988, com Leonor Beleza, é que não só o SNS tem vindo a ser ferido de morte como os Administradores Hospitalares foram afastados dos centros de decisão nos hospitais. Essse tem sido o principal problema da saúde em Portugal. Tal como sucede com as empresas públicas, o SNS só não é mais eficiente por força da partidarização da gestão hospitalar criada por Leonor Beleza, não contrariada pelo PS (nem antes nem agora) e reforçada por LFP. Nunca o SNS evoluiu tanto como desde a sua criação, em 1979 até 1988. Coincidência ou não foi nesse período que os Administradores Hospitalares estiveram na ribalta. Coincidência ou não a degradação do SNS começa quando os AH foram afastados. Tivéssemos nós a nível intelectual e o espírito de missão demonstrado pelos franceses no domínio da gestão hospitalar e estou certo que o nosso companheiro Sarney não teria tantas razões de queixa do SNS. Sabe o que dizia o Eça: «Portugal não é um país, é uma imitação e ainda por cima mal feita!). O mal não está na imitação está em não saber fazê-la bem.
Veja o que dizem os franceses no Relatório do Conselho Económico e Social «O Hospital Público em França: balanço e perspectivas», de 2005, que aqui nos foi dado a conhecer pelo Xavier:
«A função de direcção [faço um reparo: em França quando se fala em direcção, fala-se dos administradores hospitalares de carreira] é uma missão essencial e difícil. Ela necessita que se revalorize a função do chefe do estabelecimento [ou seja, explico, do administrador principal do hospital] e que se modernize os procedimentos de gestão do corpo de administradores. Três elementos permitirão modernizar a gestão:
1º Elemento, um Centro nacional de gestão (DRHS, ou outro organismo a criar no nosso caso?), tal como sucede para os médicos hospitalares, deveria assumir as tarefas de gestão operacional da carreira de administração hospitalar. Este Centro publicaria as vagas de administradores em tempo real (quer dos lugares de administradores hospitalares adjuntos quer dos administradores hospitalares principais do estabelecimento) utilizando os mesmos instrumentos modernos de comunicação e de difusão de informação (Internet). As vagas seriam publicadas à medida das necessidades e não em data fixa, e nenhuma vaga de administrador hospitalar deveria ser provida sem ter sido objecto prévia publicação. O Centro asseguraria a gestão das vagas «fora do quadro» criadas pelos hospitais (explico: pelo administrador principal, no caso de França). Definiria ainda e implementaria uma política e uma metodologia de avaliação dos administradores. Acompanharia a evolução da carreira e das avaliações.
2º Elemento, a criação de um grupo ad hoc [espécie de uma bolsa de candidatos como já existe entre nós, ao menos em alguns hospitais] de 200 a 300 pessoas (administradores hospitalares), destinado a alimentar as vagas de administradores hospitalares do 200 maiores hospitais [está a falar-se da situação em França, como é óbvio]. Este grupo seria alimentado por vagas de diferente natureza (corpo de administradores hospitalares de carreira prioritariamente, mas também de candidatos externos), na sequência de um processo de selecção por uma comissão de habilitação de modo transparente, objectivo e profissional, podendo preconizar - se uma formação posterior adaptada a certos candidatos. A pertença a este grupo teria uma duração determinada. Por outro lado, a transformação da ENSP em grande estabelecimento integrado no âmbito do Ensino Superior Universitário permitiria que a formação por ela ministrada daria lugar a um diploma universitário [nota: de certo modo é o que sucede já com a com a nossa ENSP após a sua saída do Ministério da Saúde e a sua integração na Universidade Nova de Lisboa];
3º Elemento: uma profunda modernização do processo de avaliação dos administradores hospitalares. O sistema actual de notação já mostrou as suas limitações. A avaliação dos administradores poderia ser confiada aos directores das Agencias Regionais Hospitalares [nota: não existe órgão semelhante entre nós] e levada a cabo segundo procedimentos profissionais e segundo uma metodologia elaborada pelo Centro Nacional de Gestão da Carreira de Administração Hospitalar, encarregada igualmente pela verificação do respeito pela legalidade na aplicação desta metodologia e pelo acompanhamento das avaliações.
Paralelamente, o processo de nomeação dos administradores hospitalares deveria ser simplificado. Aqui também, esta simplificação não deveria pôr em causa a nomeação pelo Ministro mas assegurar uma gestão mais rápida e mais simples das vagas existentes. Os administradores hospitalares adjuntos, que são os quadros de administração hospitalar que nos hospitais não têm a responsabilidade da administração principal do estabelecimento, poderiam ser recrutados pelo administrador principal do estabelecimento (depois de publicação da vaga). Para os lugares de administrador principal do estabelecimento, o processo de nomeação seria simplificado. Depois da especificação do perfil da vaga a preencher e do «mandato», pelo Conselho de Administração [Cuidado, estamos aqui perante um órgão e funções que não têm paralelo com a nossa legislação. Não fazer extrapolações abusivas, portanto!], do director que se procura, os candidatos serão examinados pelo conselho após publicação da vaga pelo Conselho Nacional de Gestão da Carreira de Administração Hospitalar. Pronto para a nomeação, o conselho de administração do hospital dará o seu parecer ao Ministro, que nomeia.
Bom, dei-me ao trabalho de traduzir (livremente, mas o mais à letra possível) a página 184 do Relatório atrás referido pelas seguintes razões:
1º Para demonstrar que em França, o melhor sistema de saúde do mundo, a gestão dos hospitais assenta nos Administradores Hospitalares de carreira;
2ª Que o actual sistema de gestão hospitalar em França existe desde 1941 sem grandes modificações;
3º Que os franceses continuam a estar satisfeitos com ele não se vendo nenhuma voz contra e todas as achegas vão no sentido de melhorar o sistema reforçando a posição dos administradores e não em sentido diverso, muito menos contrário;
4º Este exemplo, por muitas semelhanças que tem com a nossa carreira e com o modelo de gestão que esteve em vigor até 1988, poderia ter sido seguido entre nós e não contrariado, não fosse a avidez dos tachos pelos partidos e a ideia fixa de destruir o SNS que tem existido da parte do PSD e que o PS, pese embora o discurso oficial não ser esse, não tem sabido defender (repito o que aqui já disse noutras ocasiões: o PS tem cavalgado as alterações ao sistema de gestão hospitalar feitas pelo PSD e nunca apresentou qualquer alternativa até hoje. Vai sempre a reboque, porque lhe interessa, sobretudo aos correligionários. Aliás, o mesmo se tem passado com o Presidente da nossa Associação. Berra quando não mama, quando pode vir a mamar ou quando está a mamar, cala-se, aproveita e arranja umas teses de carreira minimalista, «a modernaça» para os papalvos se calarem)
5º Em face de uma provável mexida no sistema de gestão hospitalar e na carreira de administração hospitalar (Oh meu Deus, porque é que me fizeste tão ingénuo?) a APAH tem aqui algumas ideias que podem ser úteis.
E mais não digo.
Não fora o Sarney e eu não me dava ao cuidado de perder uma tarde das minhas férias a estar a aqui com estas lérias.
Por isso, caros colegas, deixem falar quem tiver algo de útil a dizer (saibamos encarar com fair play algum humor mais corrosivo. Às vezes encontramos surpresas onde elas menos se esperam). Que mais não seja, para nos tirar de algum comodismo quando as observações são pertinentes e algumas têm sido, é a minha opinião, ainda que possamos não estar de acordo naquilo que é dito (mas é sentido? Cheira-me que não!).
Caro Vivóporto (se me permite),
Obrigado, pela atenção.
Globalmente, estamos de acordo:
1. Despartidarização do sistema de saúde.
2. Consta-me que o SNS de França é bastante bom, embora as alternativas, ou a complementaridade do mesmo (serviços de saúde privado) seja muito maior do que é na Grã-Bretanha!
3. Sinceramente não percebo, porque centra toda a sua exposição, na figura do "Administrador". Numa sociedade em que a oferta é maior do que a procura, e em que o Cliente deve poder escolher diferentes alternativas, deve existir o "primado do cliente". Ora, no caso da saúde, o "cliente" não deve ser visto como uma entidade passiva, porque paga, ou como refere uma Professora de Harvard, "patients are tired to be patient". Ou seja, o cliente exige uma qualidade de serviço maior. Mas, o "cliente" que é quem usufrui do serviço, tem que perceber que é ele que paga, como Contribuinte. Daqui ter feito uma referência à discussão nos EUA, do "Oregon Health Plan" (não quero com isto dizer, que seja um admirador do sistema americano).
4. O que me preocupa no SNS, que, como diz e bem, tem sofrido sistemáticos rombos, estando definitivamente deprimido, é o facto de não existir sustentabilidade em Portugal, sob ponto de vista económico, para aguentar o sistema tal como está. E a culpa, é sobretudo de duas entidades:
- Não há controlo do Estado, nas despesas.
- As corporações (desculpe-me o termo, mas como hei-de referir-me à OM, à ANF, à OF, ao SIM, à APAH, etc.) têm ajudado a acabar com o sistema (não precisará que eu lhe dê exemplos, sabe, não sabe?).
Teríamos matéria para muita discussão, tendo como objectivo, servir melhor, mas sobretudo os que mais precisam, que são os Doentes.
Quanto ao actual sistema partidário, para mim está moribundo, quer da parte do PS, quer da parte do PSD. Mas, também não há alternativas. Temos que as encontrar, não é definitivamente com esta "gente" ou com a anterior, que se vai mudar (palavra maldita!, em Portugal).
"Mas que Pato Bravo.. "
????????????????????? Há por aí a tularémia, não é?
E ... aos 40 Comentários parou para descansar...
É engraçado assistir a uma discussão entre um "outsider" do sistema, com as devidas lacunas de conhecimentos, e os "insiders" demasido inseridos no sistema para conseguirem com objectividade discutir serenamente...
A maior crítica a apontar aos administradores hospitalares prende-se com o facto do tal "cursito" existir à 34 anos, formando administradores e nem por isso a qualidade de gestão hospitalar ter melhorado... (e é de não esqueçer o tal decreto lei do estatuto do administrador!!!)
e isto porquê? porque provavelmente os que se "formam" em administração hospitalar" não são os melhores!!!são aqueles que têm acesso à Escola de Saúde Pública...e mais não digo...
No entanto, é indiscutivél que existem administradores hospitalares com elevadissíma qualidade e os resultados de alguns hospitais são disso prova!!!
Enviar um comentário
<< Home