A Boa Gestão, Expulsa a Má Gestão
Se há vontade politica então porque espera o Ministro da Saúde, António Correia de Campos, pela definição de um indicador de produção, ou seja, a definição de uma função de produção que permita comparar a performance dos HH e evidenciar os seus resultados num verdeiro e transparente ranking capaz de separar o trigo do joio.
Os indicadores que estão no terreno e têm sido utilizados nos HHSPA e HHSA não permitem a fiabilidade de auditorias de gestão ao nível de despesas anuais de centenas de milhões de euros, como acontece em relação a muitos hospitais .
Devemos aprender com o desporto, onde os indicadores de resultados são claros: vitória, derrota e empate.
Sem esta definição não há possibilidade de comparar a competitividade dos HH e avaliar as boas práticas de gestão e a performance dos CA e das respectivas equipas.
Ao fim de tantos anos começo a ficar convencido que neste país de brincadira ninguém quer avaliar nem ser avaliado, ou mesmo criar as condições objectivas para tal.
A cultura de gestão que o anterior ministro da saúde, Luís Filipe Pereira (LFP), deixou foi a da gestão não participada sem mexer no "core business"- Tipo gestão de repartição pública, marginalizando tudo o que é massa cinzenta, desde os AH aos outros técnicos não alinhados. LFP apenas se preocupou com o "business plan" e a engenharia financeira e estatística.
Nunca afirmei a boa gestão anterior ao LFP mas, sinceramente, com o anterior ministro da saúde não aprendemos nada. A cultura deixada por LFP é um equívoco. Gestão é a dialéctica do método, da técnica, do zelo, do bom senso e da arte. O que o LFP nos deixou foi uma grande desconfiança, relativamente aos objectivos e métodos de gestão por si implementados.
Os indicadores que estão no terreno e têm sido utilizados nos HHSPA e HHSA não permitem a fiabilidade de auditorias de gestão ao nível de despesas anuais de centenas de milhões de euros, como acontece em relação a muitos hospitais .
Devemos aprender com o desporto, onde os indicadores de resultados são claros: vitória, derrota e empate.
Sem esta definição não há possibilidade de comparar a competitividade dos HH e avaliar as boas práticas de gestão e a performance dos CA e das respectivas equipas.
Ao fim de tantos anos começo a ficar convencido que neste país de brincadira ninguém quer avaliar nem ser avaliado, ou mesmo criar as condições objectivas para tal.
A cultura de gestão que o anterior ministro da saúde, Luís Filipe Pereira (LFP), deixou foi a da gestão não participada sem mexer no "core business"- Tipo gestão de repartição pública, marginalizando tudo o que é massa cinzenta, desde os AH aos outros técnicos não alinhados. LFP apenas se preocupou com o "business plan" e a engenharia financeira e estatística.
Nunca afirmei a boa gestão anterior ao LFP mas, sinceramente, com o anterior ministro da saúde não aprendemos nada. A cultura deixada por LFP é um equívoco. Gestão é a dialéctica do método, da técnica, do zelo, do bom senso e da arte. O que o LFP nos deixou foi uma grande desconfiança, relativamente aos objectivos e métodos de gestão por si implementados.
Excelente comentário de anónimo, a quem peço desculpa pelas adaptações e encurtamento do texto.
8 Comments:
Por isso ficamos admirados quando lemos as declarações do ministro Correia de Campos sobre Luís Filipe Pereira.
Que deixou uma cultura de Gestão, que encontrou o Ministério da Saúde muito diferente.
Autênticos tiros nos pés.
É necessário efectuar um balanço isento sobre as medidas implementadas por Luís Filipe Pereira.
Neste aspecto o estudo do professor Miguel Gouveia poderá ser um instrumento da máxima utilidade.
Aparentemente os Hospitais SA parecem apresentar melhorias de gestão em função dos resultados do exercício de 2004 apresentados.
Efectivamente o grande falhanço de LFP foi não ter trabalhado com o pessoal da saúde, tentando arrigimentar para o seu projecto o maior número de profissionais.
E não há reformas sem o evolvimento do pessoal.
Estamos de acordo com o que está escrito neste excelente comentário e que, para mim,se resume aos seguintes aspectos:
1º-Nada aprendemos com a «politica de gestão» implementada por LFP;
2-A estrutura, os processos e os resultados da referida «politica de gestão» assentaram em critérios de avaliação artificiosos;
3º-Para que não tivesse acesso aos meandros dessa «avaliação artificiosa» a massa cinzenta da gestão de serviços de saúde foi colocada de parte.
Só não se entendem as reticencias de CC em ter já terminado com esta panaceia!
O Título merece o texto.
Este tema merece outros desenvolvimentos.
Correia de Campos esteve bem na transformação dos Hospitais SA em EPE.
Pelos mesmos fundamentos devia acabar com a Unidade de Missão.
Esta entidade criativa devia transitar para o Ministério da Cultura, se eles lá a quisessem.
Para a eleboração de guiões de filmes de terror.
Correia de Campos esteve bem ao acabar com os HHSA...
Mas, esteve muito muito mal ao reconduzir a maioria dos respectivos CA,s...
Então:
1.Não foram esses mesmos CA,s que colaboraram na politica do embuste de LFP?
2.Não foram esses mesmos CA,s que elaboraram a contabilidade criativa a que CC se referiu várias vezes na campanha eleitoral?
Em que ficamos?
Não serve a forma SA mas serve quem a protagonizou?
Esta atitude só se entende pelo medo do PS...
Gestão na saúde é idêntico a responsabilização
Penso que o método LFP com muitas limitações e incompreensões, até porque com os olhos só vemos onde pertencemos, considerando várias tentativas de avaliação de profissionais e serviços. Penso que ia no caminho certo.
Já pedi alternativas melhores mas não aparecem aqui.
Este ano tem sido a politica do deixa andar quem vier que faça as contas.
Como pode haver responsabilização quando se pratica a sonegação, a manipulação da informação.
Como pode haver responsabilização quando se tem uma posição arrogante e de desprezo pelos profissionais da Saúde, não se fazendo um esforço para envolvê-los nos projectos em curso.
Como pode haver responsabilização quando se tenta ocultar o objectivo da reforma planeada: A privatização dos cuidados de Saúde.
Como pode haver responsabilização se não foram implementados mecanismos para premiar os que mais se esforçam, os que trabalham mais e melhor.
Como pode haver responsabilização se são escolhidos para os Conselhos de Administração os companheiros de route do senhor ministro, oriundos dos CTT, Galp, Portucel, e funcionários do partido. Não vi ninguém no tempo do LFP ser despedido por não ter cumprido os objectivos. E havia HH que nem o plano de actividades ou o regulamento interno tinha elaborado.
Façam um levantamento dos estudos encomendados no tempo do LFP, quanto custaram e para que serviram.
Serviram para dar negócios a empresas externas, muitas sem habilitações nem capacidade para executarem semelhantes estudos.
Comentário excelente com o qual estou 100% de acordo.
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