quarta-feira, março 29

O SNS nos valha



O mercado de seguros de saúde está em franca expansão.
O líder é o seguro Multicare (CGD), com uma quota de mercado de 40% (600 mil clientes). Seguem-se a Médis (BCP) com cerca de 225 mil clientes , o Sanos (BES), 10,8% de quota de mercado e o MedicAll (Allianz) com 133 mil clientes.
Os seguro de saúde são subscritos na sua grande maioria (cerca de 80%) por clientes individuais, registando-se, ultimamente, um aumento significativo de procura por parte das empresas. Estes seguros funcionam, geralmente, como complementos, pretendendo constituir, nalgumas situações, alternativa ao Sistema Nacional deSaúde (SNS)
(link)

Os seguros saúde têm um grande senão. A sua duração é anual, o que faz com que, expirado o prazo, a seguradora possa recusar a renovação do contrato. Caso o segurado contraia uma doença grave que implique tratamentos prolongados (ou no caso das doenças crónicas), no final da anuidade a seguradora pode recusar-se a renovar o seguro deixando o segurado sem protecção.
Felizmente, por enquanto, ainda há o SNS para nos valer.

1 Comments:

Blogger tonitosa said...

Já em tempo aqui referi esta situação: frequentemente, os titulares de seguro de saúde são utilizadores do SNS sem que revelem a sua condição de segurados.
Pensamos que o Estado/SNS não pode exigir aos particulares, titulares de tais seguros, que abdiquem do direito ao SNS tendencialmente gratuito.
Mas pensamos, também que é possível introduzir, nomeadamente através de medidas regulamentadoras, formas de criar nos segurados interesse em que utilizem o seguro, seja nos estabelecimentos do SNS seja nos estabelecimentos privados.
Até porque, como sabemos, os prémios de seguro dão lugar a dedução da matéria colectável em IRS. Ora os titulares acabam por ter benefícios fiscais mas podem recorrer ao SNS originando despesas para o Estado. E quem ganha são as seguradoras.

12:18 da manhã  

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