Politica Moulinex
Estávamos a estranhar o sossego.
Esta manhã desfizeram-se as dúvidas. Na cerimónia de inauguração do serviço de ortopedia do Hospital Dona Estefânia, CC, decidiu colocar o Conselho de Administração perante o seguinte dilema: concordar com a passagem a EPE e a integração no Centro Hospitalar de Lisboa-ZC (São José, Capuchos, Desterro e Santa Marta)(link), recebendo o HDE uma generosa dotação de capital para a realização de obras, ou ficar como está, sujeitando-se ao endividamento crescente.
O presidente do conselho de administração, Luís Nunes, aproveitou o ensejo para anunciar a sua demissão com um último desejo : «que o hospital D. Estefânia permaneça sempre «um espaço de tratamento de crianças».
A ver vamos, até à próxima decisão.
3 Comments:
Ah,...
Se eu tivesse a capacidade bastante e a inspiração necessária, como me daria gozo escrever um best seller sob o título "O MONSTRO" (sem plágio, claro).
E digam lá que não temos em Portugal super homes e, como se depreende, neste caso, super mulheres!
Esta é já a 334ª (ou 335ª?) medida do SIMplex?
Que outras se seguirão?
Que se saiba as poupanças nos Centros Hospitalares tardam em aprecer. Dizem as má linguas que até que tendem a aumentar os custos de estrutura.
Jô Soares, em VIVA O GORDO, lançou a frase do “ casa, descasa, casa, descasa” caricaturando alguns casais, sem rumo definido, inconstantes, sem saber ao que andam. Mas andam por verem andar os outros.
Os nossos políticos, do MS, parecem uns autênticos nubentes. Ora desconcentram os grupos hospitalares, numa lógica do “small is beautiful”, ora concentram, porque da união vem a força.
E venha o diabo para escolher.
A reunião dos HH S. José, Capuchos/Desterro, S. Marta e Estefânia no CHL-ZC, contrariamente à junção dos HH SFXavier, S. Cruz e E Moniz no CHLO, poderá ser uma solução ganhadora. Estes HH, após o desmembramento do Grupo HCL, nunca conseguiram uma boa autonomia pelo facto de, na sua génese e durante quase toda a sua existência, estruturalmente dependerem dos serviços comuns e não reunirem condições físicas para criarem os eus próprios serviços.
Panorama oposto se verifica no CHLO onde dificilmente se poderá esperar ganhos relevantes com a fusão de serviços comuns. Pelo contrario iremos assistir ao empolamento dos custos de estrutura.
É que, no actual modelo dos Centros Hospitalares, é aplicada a mesma lei e modelo de gestão que se aplica a qualquer hospital isoladamente considerado. Todas as funções e serviços dependem directamente do mesmo CA. E como diz o TONITOSA “(...)não temos em Portugal super homens e, como se depreende, neste caso, super mulheres!” (não quer dizer que não haja gente ambiciosa e com um ego do tamanho do planeta) capazes, com a actual lei de gestão, de conseguirem ganhos de escala.
A título de exemplo veja-se a complexidade da direcção clínica. Como é possível que esta direcção técnica pode desempenhar as funções e atribuições que a lei lhe confere em CINCO HH (no caso do CHL) distintos e suficientemente distantes para nunca chegarem a conhecê-los na sua essência.
Na minha modesta opinião a possibilidade de ganhos de escala com junção de HH não é possível com a figura dos centros hospitalares. A legislação terá que os enquadrar num figurino organizacional próximo da do velho grupo HCL.
Àh!, entretanto já se assistiu à primeira contratação duma jovem técnica superior, com elevado QI, e com elevado vencimento, mas sem experiência – Dir. Serv. – pela TS que, ao que consta, se prepara para sanear alguns colegas abrindo, deste modo, espaço para mais algumas sugestões de elevado QI. Favores com favores se pagam.!
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