Crítica, independência e fundamentação
1. O Sr. Ministro, até como académico da ENSP, deveria saber o problema das amostras pequenas e da inferência das conclusões para a população. Regista-se o facto.
2. Quanto à frase que tanto polémica deu, o Sr. Ministro esqueceu-se de introduzir o início do parágrafo em que é dito “A informação disponível aponta para”. E esqueceu-se de mencionar que no parágrafo seguinte é dito “Estes factos contrariam, no presente, um dos objectivos da liberalização dos MNSRM”. Ou seja é apresentada uma tendência e o alerta para a situação presente, ficando aberta a dúvida para o futuro. Regista-se o esquecimento.
3. O que pretende o Sr. Ministro quando escreve “Foi registada a ligeireza e falta de rigor do Relatório do OPSS, neste capítulo”? Será um conselho? Será um aviso à navegação? Será de esperar uma declaração embebida deste teor de uma personalidade que assume o papel de Ministro de um Governo? Regista-se a gravidade do teor da afirmação.
4. O Sr. Ministro ao afirmar que "O OPSS, por razões de pressa, tolerância excessiva ou falta de rigor, colocou-se em posição hostil ao Governo nesta matéria, sem carrear evidência" pretende dizer que o observatório é Oposição ao Governo? Resumindo, quererá dizer que “ou estão a nosso favor ou estão contra nós”? Regista-se o entendimento.
5. Porque não se pronuncia o Sr. Ministro sobre os restantes pontos analisados no capítulo do medicamento? Será que não são também fundamentados? Será que deixam de ser verdade apenas porque, como diz o Sr. Ministro, foram escritos por uma “personalidade do mundo farmacêutico”? Regista-se a importância atribuída aos restantes pontos e os factores indutores de credibilidade.
6. Por último, e retomando o ponto anterior, porquê tanto ênfase num tópico de preços — mais enquadrado num Ministério da Economia, ou de sujeito à análise da AdC — deixando de fora os pontos principais de um Ministério da Saúde? Regista-se a mudança estratégica.
2. Quanto à frase que tanto polémica deu, o Sr. Ministro esqueceu-se de introduzir o início do parágrafo em que é dito “A informação disponível aponta para”. E esqueceu-se de mencionar que no parágrafo seguinte é dito “Estes factos contrariam, no presente, um dos objectivos da liberalização dos MNSRM”. Ou seja é apresentada uma tendência e o alerta para a situação presente, ficando aberta a dúvida para o futuro. Regista-se o esquecimento.
3. O que pretende o Sr. Ministro quando escreve “Foi registada a ligeireza e falta de rigor do Relatório do OPSS, neste capítulo”? Será um conselho? Será um aviso à navegação? Será de esperar uma declaração embebida deste teor de uma personalidade que assume o papel de Ministro de um Governo? Regista-se a gravidade do teor da afirmação.
4. O Sr. Ministro ao afirmar que "O OPSS, por razões de pressa, tolerância excessiva ou falta de rigor, colocou-se em posição hostil ao Governo nesta matéria, sem carrear evidência" pretende dizer que o observatório é Oposição ao Governo? Resumindo, quererá dizer que “ou estão a nosso favor ou estão contra nós”? Regista-se o entendimento.
5. Porque não se pronuncia o Sr. Ministro sobre os restantes pontos analisados no capítulo do medicamento? Será que não são também fundamentados? Será que deixam de ser verdade apenas porque, como diz o Sr. Ministro, foram escritos por uma “personalidade do mundo farmacêutico”? Regista-se a importância atribuída aos restantes pontos e os factores indutores de credibilidade.
6. Por último, e retomando o ponto anterior, porquê tanto ênfase num tópico de preços — mais enquadrado num Ministério da Economia, ou de sujeito à análise da AdC — deixando de fora os pontos principais de um Ministério da Saúde? Regista-se a mudança estratégica.
4 Comments:
CC tem, como trabalho de casa, reduzir a participação do OE na despesa do SNS.
Como um aluno cábula tenta o melhor resultado, não se dedicando ao trabalho, mas tentando dar a imagem do contrário, enganando o mestre. Ou seja, quer mostrar ao seu patrão que reduz a despesa do SNS, sem penalizar ainda mais a população. Saiu-lhe o tiro pela culatra. Não consegue reduzir a despesa dos HH e aumentou o esforço das famílias que é dos maiores da EU. Dava-lhe jeito fazer passar a imagem de diminuição dos preços dos MSRM mas, factos são factos. Reconheça a derrota.Seja,pelo menos, intelectualmente honesto.
Esta história das lojas de venda livre continua a dar dividendos ao ministro da saúde.
A reacção de CC às críticas do Relatório do OPSS, fingindo-se ofendido com a falta de rigor do investigador Francisco Batel Marques, não passa de uma estratégia visando silenciar as criticas à sua Política de Saúde.
Efectivamente, passada a espuma dos primeiros dias, qual é o impacto das críticas do relatório do OPSS na opinião pública ?
Zero.
Mais uma jogada de mestre de CC.
Com a verdade nos vai enganando.
À procura dos "asteriscos"
Escrevi há dias que CC fez parte do OPSS.
Na verdade julgo ter ouvido o Senhor Ministro dizê-lo no contexto de um comentário que lhe foi pedido por um órgão de comunicação social às críticas do OPSS.
Nessa intervenção CC referiu, entre outras coisas, a existência de nomes de elementos do Observatório que aparecem assinalados com "*" para ressalvar eventuais conflitos de interesses. Na verdade, no relatório de 2006 existem dois nomes seguidos de “asterisco” sinal da sua isenção e não obediência a grupos de interesses?!...
Fui hoje à procura de outros "asteriscos" nos relatórios anteriores do OPSS.
Na verdade não encontrei nenhum.
Será falha minha? E ao percorrer os nomes dos colaboradores nos vários relatórios também não vi neles o nome de António Correia de Campos.
Terei indevidamente no meu comentário de 25 de Junho (post "Quem tem razão?" referido que CC fez parte do OPSS?
Se tal aconteceu as minhas desculpas ao Professor António Correia de Campos.
Mas há uma constatação inequívoca: no relatório de 2005, dizem os seus autores que “uma parte importante dos membros do OPSS colaborou tecnicamente com alguns dos Governos mais recentes – 1995/1999 e 2001/2002” .
Apesar dessa colaboração ter resultado do aproveitamento das suas capacidades técnicas, este facto não deve deixar de ser do conhecimento dos leitores deste relatório”.
Certo. Tudo certo! Mas onde estavam, então os “asteriscos”?!
Porque não se diz o nome dos "suspitos"(?)?
Na identificação dos autores há três com asteriscos:
Ana Escoval *
Paulo Kuteev Moreira *
Suzete Gonçalves *
Os restantes (a maioria) não têm asteriscos.
Fica bem ter um asterisco no nome.
A nobreza de ter um asterisco no nome.
CC preocupado com bagatelas e o SNS à nossa espera. Para não morrer em breve afogado em dívidas dos HH e das aquisições de medicamentos.
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