Práticas da era Industrial
“...
As pessoas eram necessárias, mas podiam ser substituídas. Os trabalhadores braçais podiam ser controlados e manipulados sem graves consequências – a oferta excedia a procura. A disponibilidade de trabalhadores, fisicamente aptos, consentia a imposição estrita de normas de funcionamento. As pessoas eram como coisas – era fácil ser eficiente, através da sua utilização. Quando aquilo que se pretende é dispor apenas do corpo e não da mente, do coração ou do espírito (que constituem os elementos inibidores da liberdade de acção na era da máquina) estamos a reduzir uma pessoa à condição de coisa.
Muitas das nossas modernas práticas de gestão vêm ainda da Era Industrial. Foi nessas práticas que se alicerçou o nosso convencimento de que é necessário controlar e dominar as pessoas.
Foi a partir dessas mesmas práticas que se construiu o modelo contabilístico, segundo o qual as pessoas são consideradas um custo e as máquinas um activo. Este tema merece a nossa atenção. As pessoas constam da conta de Ganhos e Perdas das empresas, do lado da Despesa, enquanto que o equipamento figura no lado do Activo, como Investimento.
Foram ainda estas práticas que deram corpo à filosofia motivacional do pau e da cenoura – a Grande Técnica que consiste em motivar o burro, colocando-lhe uma cenoura à frente do nariz (a recompensa), enquanto se lhe bate por detrás com um pau (medo e castigo).
Foram também aquelas práticas que deram origem ao orçamento centralizado – do qual são extrapoladas as tendências futuras e em torno do qual são educadas as hierarquias e as burocracias, numa óptica de «atingir os números» – um processo reactivo obsoleto que alimenta culturas despesistas do género «gasta agora para não sofreres cortes no próximo ano» e que simplesmente visa proteger a retaguarda do departamento ou divisão.
Todas estas práticas e muitas mais vêm da Era Industrial – em que se lidava com trabalhadores braçais.”
Stephen Covey in “O 8º hábito”
As pessoas eram necessárias, mas podiam ser substituídas. Os trabalhadores braçais podiam ser controlados e manipulados sem graves consequências – a oferta excedia a procura. A disponibilidade de trabalhadores, fisicamente aptos, consentia a imposição estrita de normas de funcionamento. As pessoas eram como coisas – era fácil ser eficiente, através da sua utilização. Quando aquilo que se pretende é dispor apenas do corpo e não da mente, do coração ou do espírito (que constituem os elementos inibidores da liberdade de acção na era da máquina) estamos a reduzir uma pessoa à condição de coisa.
Muitas das nossas modernas práticas de gestão vêm ainda da Era Industrial. Foi nessas práticas que se alicerçou o nosso convencimento de que é necessário controlar e dominar as pessoas.
Foi a partir dessas mesmas práticas que se construiu o modelo contabilístico, segundo o qual as pessoas são consideradas um custo e as máquinas um activo. Este tema merece a nossa atenção. As pessoas constam da conta de Ganhos e Perdas das empresas, do lado da Despesa, enquanto que o equipamento figura no lado do Activo, como Investimento.
Foram ainda estas práticas que deram corpo à filosofia motivacional do pau e da cenoura – a Grande Técnica que consiste em motivar o burro, colocando-lhe uma cenoura à frente do nariz (a recompensa), enquanto se lhe bate por detrás com um pau (medo e castigo).
Foram também aquelas práticas que deram origem ao orçamento centralizado – do qual são extrapoladas as tendências futuras e em torno do qual são educadas as hierarquias e as burocracias, numa óptica de «atingir os números» – um processo reactivo obsoleto que alimenta culturas despesistas do género «gasta agora para não sofreres cortes no próximo ano» e que simplesmente visa proteger a retaguarda do departamento ou divisão.
Todas estas práticas e muitas mais vêm da Era Industrial – em que se lidava com trabalhadores braçais.”
Stephen Covey in “O 8º hábito”
1 Comments:
Meu Deus, ainda continuamos a falar de Taylorismo quando isso já está totalmente ultrapassado.
É lógico que o Pessoal será sempre considerado um custo o que aliás também acontece com os equipamentos: todos os anos os custos de utilização desses equipamentos é convertido numa amortização anual que entra nos custos.
Os equipamentos estão no activo pelo simples razão de que quando uma empresa compra um equipamento não está a ter nenhum custo: apenas está a trocar dinheiro por uma máquina logo é uma variação patrimonial modificativa - não existe custo.
A Contabilidade é uma ciência que nada tem a ver com questões de ideologia: apenas tenta saber o real valor (em euros) das coisas.
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