Ranking dos HHs
Aparentemente a atribuição de uma classificação aos hospitais de acordo com a "QUALIDADE" dos serviços prestados encerra uma boa iniciativa.
Trata-se aliás de um tema que há alguns anos vinha sendo tratado e que chegou a ganhar algum impulso com a empresarialização dos hospitais.
Teremos assim, como ouvimos referir, uma escala que permitirá aos cidadãos e potenciais utentes em particular saber quais os "melhores hospitais".
Quanto aos estabelecimentos de saúde particulares não haverá grandes problemas e os doentes são livres de escolher onde querem ser tratados.
O que será diferente nos hospitais do SNS. Comecemos por lembrar que se encontra legalmente consagrada na legislação a "liberdade de escolha" e essa liberdade não tem sido respeitada. Cada um de nós, como sabemos, deve recorrer ao "seu" hospital de acordo com a residência. E se alguns hospitais vão facilitando (algumas vezes até com base em falsas moradas) outros há que são mais exigentes. Assim, a liberdade de escolha, prevista na lei, não está a ser respeitada.
É por isso que se pode perguntar: se os hospitais vão ser classificados de "cinco, quatro, três estrelas (ou algo parecido) pode o doente optar por ser visto e tratado no melhor dos hospitais? Ou será que, tal como nos hotéis, vamos ter hospitais para ricos e hospitais para pobres? E teremos taxas de punição diferenciadas por hospital em função do seu maior ou menor número de estrelas?
E será a classificação expressa numa tabela geral, ou irá ser desdobrada por especialidades. Um hospital menos bom numa determinada especialidade, como nos mostra a realidade, pode ser excelente numa outra porque, por exemplo, tem melhor equipamento e sobretudo melhores RH.
A ERS que até agora pouco se fez notar parece querer, agora, mostrar trabalho.
A esperança é a última a morrer. Sejamos optimistas.
Estou certo de que na ERS tudo terá sido pensado ao pormenor. Mas tenho cá um pressentimento de que será mais uma iniciativa para tramar o Zé e o SNS.
Tonitosa
Trata-se aliás de um tema que há alguns anos vinha sendo tratado e que chegou a ganhar algum impulso com a empresarialização dos hospitais.
Teremos assim, como ouvimos referir, uma escala que permitirá aos cidadãos e potenciais utentes em particular saber quais os "melhores hospitais".
Quanto aos estabelecimentos de saúde particulares não haverá grandes problemas e os doentes são livres de escolher onde querem ser tratados.
O que será diferente nos hospitais do SNS. Comecemos por lembrar que se encontra legalmente consagrada na legislação a "liberdade de escolha" e essa liberdade não tem sido respeitada. Cada um de nós, como sabemos, deve recorrer ao "seu" hospital de acordo com a residência. E se alguns hospitais vão facilitando (algumas vezes até com base em falsas moradas) outros há que são mais exigentes. Assim, a liberdade de escolha, prevista na lei, não está a ser respeitada.
É por isso que se pode perguntar: se os hospitais vão ser classificados de "cinco, quatro, três estrelas (ou algo parecido) pode o doente optar por ser visto e tratado no melhor dos hospitais? Ou será que, tal como nos hotéis, vamos ter hospitais para ricos e hospitais para pobres? E teremos taxas de punição diferenciadas por hospital em função do seu maior ou menor número de estrelas?
E será a classificação expressa numa tabela geral, ou irá ser desdobrada por especialidades. Um hospital menos bom numa determinada especialidade, como nos mostra a realidade, pode ser excelente numa outra porque, por exemplo, tem melhor equipamento e sobretudo melhores RH.
A ERS que até agora pouco se fez notar parece querer, agora, mostrar trabalho.
A esperança é a última a morrer. Sejamos optimistas.
Estou certo de que na ERS tudo terá sido pensado ao pormenor. Mas tenho cá um pressentimento de que será mais uma iniciativa para tramar o Zé e o SNS.
Tonitosa
Etiquetas: Tonitosa
4 Comments:
Quando, uma Entidade criada por vontade do Estado - manifesta, exigente e expressa vontade do Dr. Jorge Sampaio, ex- Presidente desta República, pertencente ainda, julga-se, ao "partido em governação"(cujos dirigentes não podem ser demitidos por asneirarem); que se encontra sedeada em óptimas instalações e possui (pelo facto anteriormente apontado), um "quadro" de fazer inveja a todas as restantes entidades do MS que têm o efectivo dever da operacionalidade; beneficiando de atribuições e competências de tão latas que se tornaram inexequíveis, então, entretém-se com estudos e mais estudos, para lá de inconsequentes, perturbadores no futuro.
Talvez valha a pena relembrar que ao doente/paciente/utente/cliente, de nada valem as estrelas ao seu ego ou melhoras de saúde, porquanto estão confinados aos seu "Hospital de referência", a menos que estejam "em trânsito", ou forneçam uma falsa morada.
No RU o sistema de classificação dos hospitais e centros de saúde através de ratings já foi abandonado.
No RU a “Healthcare Commission" (checks up on the NHS and independent (private and voluntary) healthcare sector), publica anualmente um conjunto de de informação elaborada com base num conjunto de indicadores de produção, qualidade e objectivos definidos pelo DH link
link
Não é uma espécie de Ranking!
"Não se trata de um ranking. Não vamos dizer quem está em primeiro ou segundo lugar. Vamos classificar os serviços em grupos, por exemplo, o dos melhores e o dos menos bons", esclarece Santos Almeida, sublinhando que os critérios ainda não estão definidos e que não se sabe sequer se a classificação será por estrelas.
JP 22.07.07
Bem podemos esperar.
O Dr. Santos Almeida ainda não sabe o que quer.
Não é um ranking.
Poderá ter ou não estrelas.
Se não é ranking para que servirão as estrelas!
Não serve para os doentes escolherem os melhores serviços.
Para que serve, então, esta merda?
Enviar um comentário
<< Home