CCA do HSA
O OE/08 (pag. 253) link propõe, relativamente à gestão dos HHs do SNS, o desenvolvimento e melhoria das áreas de hospital de dia e cirurgia do ambulatório.
O conceito de Cirurgia de Ambulatório surgiu no início dos anos 60 nos EUA, com David Cohen e John Dillon como “intervenção cirúrgica programada, realizada sob anestesia geral, loco-regional ou local que, embora habitualmente efectuada em regime de internamento, pode ser realizada em instalações próprias, com segurança e de acordo com as actuais legis artis, em regime de admissão e alta do doente no mesmo dia”.
Segurança e a qualidade são as chaves de um programa de Cirurgia do Ambulatório (CA), o qual deve obedecer a dois requisitos fundamentais:
organização da unidade multidisciplinar com pessoal qualificado, experiente e motivado.
controle rigoroso e criterioso dos seguintes passos:
- Selecção criteriosa dos doentes;
- Selecção criteriosa do procedimento cirúrgico e anestésico;
- programação de cuidados pós-operatórios e dos procedimentos face eventuais complicações;
- Programação da alta e seguimento pós-operatório.
Em Portugal, a proporção de intervenções cirúrgicas em ambulatório situava-se em 8,9% em 1997. A CA representa actualmente cerca de 20% do total dos procedimentos cirúrgicos (ano 2006).
Nos EUA, em 1980, 16,7% das intervenções hospitalares eram realizadas em ambulatório; em 1985 a taxa subiu para 34,5% e em 2006 atingiu os 83,5% (o é-pá não concorda com este valor).
No Reino Unido a taxa de procedimentos de CA é de 62,5%, Suécia 50%, Noruega 48% e Espanha 44% (ano 2006).
O conceito de Cirurgia de Ambulatório surgiu no início dos anos 60 nos EUA, com David Cohen e John Dillon como “intervenção cirúrgica programada, realizada sob anestesia geral, loco-regional ou local que, embora habitualmente efectuada em regime de internamento, pode ser realizada em instalações próprias, com segurança e de acordo com as actuais legis artis, em regime de admissão e alta do doente no mesmo dia”.
Segurança e a qualidade são as chaves de um programa de Cirurgia do Ambulatório (CA), o qual deve obedecer a dois requisitos fundamentais:
organização da unidade multidisciplinar com pessoal qualificado, experiente e motivado.
controle rigoroso e criterioso dos seguintes passos:
- Selecção criteriosa dos doentes;
- Selecção criteriosa do procedimento cirúrgico e anestésico;
- programação de cuidados pós-operatórios e dos procedimentos face eventuais complicações;
- Programação da alta e seguimento pós-operatório.
Em Portugal, a proporção de intervenções cirúrgicas em ambulatório situava-se em 8,9% em 1997. A CA representa actualmente cerca de 20% do total dos procedimentos cirúrgicos (ano 2006).
Nos EUA, em 1980, 16,7% das intervenções hospitalares eram realizadas em ambulatório; em 1985 a taxa subiu para 34,5% e em 2006 atingiu os 83,5% (o é-pá não concorda com este valor).
No Reino Unido a taxa de procedimentos de CA é de 62,5%, Suécia 50%, Noruega 48% e Espanha 44% (ano 2006).
Tudo isto a propósito do projecto de construção do Centro de Cirurgia Ambulatória do HSA, nos terrenos do antigo quartel do Centro de Instrução de Condutores-Auto do Porto (CICAP), anunciado hoje, um investimento total de 24 milhões de euros, cuja entrada em funcionamento está prevista para o ano de 2009. link
8 Comments:
"Organização da unidade multidisciplinar com pessoal (..) motivado.
(..)- programação de cuidados pós-operatórios e dos procedimentos face eventuais complicações;
- Programação da alta e seguimento pós-operatório.”
Obviamente não estamos a falar da realidade portuguesa...
Infelizmente, ainda existe uma grande fatia da nossa população com conhecimentos insuficientes e capacidades de aprendizagem que não permitem muitos dos cuidados continuados preconizados, por exemplo, na prestação de cuidados ao doente pela família ou até por parte do próprio doente. Penso que ainda teremos de esperar uns 20 anos até atingirmos estes números de 60 ou 70 % de CA, isto se quisermos ser responsáveis e não entregar a responsabilidade pelo seu autocuidar a utentes incapazes de o fazer...
Quanto ao acompanhamento por parte dos profissonais no pós alta... enquanto tivermos uma política de saúde nos CSP baseado na figura do médico, enquanto houver um demitir das responsabilidades, por parte dos Cuidados de Saúde primários, no acompanhamento eficaz dos doentes oriundos dos Cuidados Diferenciados...
Falar em pessoal motivado é uma "graçola" quando todos os créditos e incentivos são atribuídos aos mesmos e a multidisciplinaridade é uma farsa...
Primeiro queria cumprimentar o comentador anterior: quem se chama a si próprio, concerteza com realismo "magistral estratega" não é peco.
Para alé disso que é uma boutade, queria referir que para cirurgia de ambulatório temos dois grandes problemas:
1. Cidades de pequena dimensão - trabalhar em Nova York, Toulouse ou Londres e não atender doentes às vezes ainda de muito longe - apesar das modificações importantes nesse aspecto - são aspectos importantes a ter em consideração.
2. Educação para a saúde do próprio doente, que em caso de complicação toma de forma mais acertiva a atitute correcta e dá confiança deixá-lo a si próprio.
3. Interligação entre os Serviços de Saúde. Nos países com grande produção de cirurgia de ambulatório, enquanto que uma complicação ou dúvida banal é tirada pelo pessoal de saúde de proximidade, aqui o doente vem de charola e de iNEM directamente ao Hospital que o operou e cometeu a cavalada de o mandar para casa naquelas condições.
4. Vejam se a definição de cirurgia de ambulatório é idêntica. Porque mesmo entre nós tivemos muito boa gente a fazer pequena cirurgia registada como de ambulatório.
E enquanto esperamos pelo CSA, hoje ficamos (mais uma vez) a saber que há hospitais que substituem os medicamentos a doentes por outros mais baratos e contra o que os médicos entendem ser melhor. E como não poderia deixar de ser lá está o hospital do Adalberto, entre os acusados.
Os desmentidos, claro, não tardarão a chegar!
A terminar uma nota para os mais interessados por estas coisas: tentem encontrar um lugar para cuidados continuados. Liguém para as entidades com acordo e depois digam-nos a que resultados chegaram!
Confesso que não percebi muito o cumprimento por parte do "cardeal patriarca" e ainda menos o seu post... parece-me que faltam aí palavras e frases a encadear as ideias... nomeadamente os 2 problemas que se transformaram em 4 principalmente o 1º problema...enfim...mas adiante...
Comentando o post de "tonitosa": Por favor podia explicar melhor essa parte de o hospital substituir "medicamentos a doentes por outros mais baratos e contra o que os médicos entendem ser melhor"? Como assim? Substitui o princípio activo ou substitui apenas a marca? Comentarei conforme a sua resposta... aguardo.
Quanto à parte dos cuidados continuados... adiante-nos um pouco do que espera que encontremos.
magistral estratega,
Quanto aos medicamentos, o caso foi notícia na TV. E, sem poder reproduzi-la literalmente, o que ouvi foi que se verifica a substituição de um medicamento por outro, contra a opinião do clínico e com prejuízo para o doente. E a substituição tinha a ver com o preço mais baixo. Mesmo princípio activo ou não, parece não ser o que importa aqui se, como "ouvi", houver prejuizo para o doente.
Quanto a cuidados continuados, imagine-se à procura de um lugar de internamento para um familiar, para que possa sair de um hospital de agudos(?). Bata a todas as portas e veja como o "sistema" funciona!
Respondendo à questão da troca de um medicamento por outro. Caso seja o mesmo princípio actvo o medicamento é sempre o mesmo independentemente da marca. Supomos: trocar um Capoten 25 mg por um captopril 25 mg: o medicamento é o mesmo, o nome que se dá à "coisa" é que é diferente... e o que acontece é que a comunicação social é bastante ignorante nestes assuntos induzindo a erro a população em geral, ou então está ao serviço de certos lobbies...
Qual é o médico que pode argumentar com bases científicas (estudos e não experiência pessoal)que um genérico não é tão bom como um "medicamento de marca"? Não se acreditem em tudo o que vêem... Há vários interesses por detrás destas afirmações de "menos prejuízo para o doente"...
Quanto à questão dos cuidados continuados... Infelizmente e supondo que se age de boa fé, as vagas que existem são poucas... e os cuidados assegurados por vezes assemelham-se aos de prestados em lares de 3a idade que salvo raríssimas excepções, roçam a negligência quanto a doentes com elevado grau de dependência, negligÊncia no sentido de não contratação de pessoal em número e qualificação suficiente, daí o enriquecimento de todos os proprietários de lares... Os cuidados de qualidade, por mais eficiência e eficácia que haja, são caros e penso que isto esclarece a forma pouco escrupulosa como estes são geridos, se não esclarece subentende-se pelo menos.
Contudo... as bases ideológicas dos cuidados continuados são boas... agora tanto a aplicação na prática como a forma como se deveriam articular com os demais serviços é que está a ser mal feita... é o mal de se entregar a Saúde a tecnocratas para quem esta é um passatempo, trampolim ou uma passagem. Para quando um admnistrador hospitalar, que tenha deixado obra, no Ministério da Saúde?
Magitral estratega,
Quanto ao princípio activo dos medicamentos, eu, não sendo médico, já consegui perceber essa "coisa" há muito tempo. Até como utente! Mas, não foi a isso que me referi, porque não foi isso que foi notícia. O que, tanto quanto pude acompanhar a notícia, o problema é de substituição por medicamentos diferentes (não apenas no nome...)e sobre isso se pronunciou um médico.
Quanto a cuidados continuados até concordo consigo. Mas, meu caro,como não há "vagas" o doente é empurrado para casa e se a família procura encontrar uma solução as coisas são muito complicadas. E posso dizer mais, com conhecimento de causa: o hospital não está preocupado com isso; ele quer é ver o doente pelas costas!
PS.: por motivos particulares vivi alguns fins de semana em contacto com esta matéria e vi o que se passava (pelo menos naquele hospital) e procurei informar-me junto de colegas noutros hospitais ficando a saber que a situação não é diferente.
Caro tonitosa
Como já lhe referi, não vi a notícia e estou a basear-me no que disse ou no que depreendi que disse...
Portanto não me leve a mal pois não lhe pretendi passar nenhum atestado de ignorância, simplesmente entendi que a Comunicação Social teria veiculado que andariam a substituir um medicamento por outro, mas só quanto à marca, e daí a minha pequena explicação.
Quanto à questão da substituição de um medicamento por outro: respondo mais uma vez sem ter visto a notícia mas se por acaso me puder facultar um link onde a possa encontrar talvez possa responder com mais fundamentação.
De qualquer forma, pela forma como me parece que o problema foi apresentado, julgo estarmos na presença de um raciocínio um pouco demagógico e passo a explicar:
- Nenhum médico prescreve um medicamento que sabe que pode ser prejudicial para o doente nem o subsitui por um de outro grupo terapêutico. Isto não é uma teoria é um dogma.
- O que acontece muitas vezes é o médico, como por vezes sucede no caso de antibióticos, passar logo a um antibiótico, dito mais eficaz e mais novo(e mais caro) sem testar outras alternativas que podem ser tão eficazes como essa, daí agora alguns desses antibióticos precisarem de uma autorização da administração hospitalar para poderem ser usados.
Claro que este argumento pode ser rebatido com o argumento de que é melhor para o doente, e é, mas se existem alternativas mais baratas porque não usá-las se elas não são especialmente prejudiciais para o doente. Temos de tornar a saúde sustentável. Vejamos o caso dos Stents revestidos e stents não revestidos(próteses endovasculares usadas por exemplo na angioplastia coronária, que é um dos tratamentos de eleição do Enfarte do miocárdio). Os stents revestidos são teoricamente, até falta de estudo em contrário, também na prática mais eficazes a prevenir novo enfarte que os stents não revestidos,mas serão assim tão melhores?Já agora, sabiam que Portugal é um dos países da UE que mais os utiliza? Só para vos dar uma ideia: um stent revestido pode ir até aos 2000 euros e um não revestido por volta dos 700 euros. Agora pensem na diferença e pensem que estes são usados aos milhares todos os anos. Noutros países ditos mais evoluídos pensa-se na sustentabilidade do SNS. Se conseguimos obter resultdos quase idênticos porque nao usá-los? Se não qualquer dia assiste-se à falência efectiva da Saúde. Mas este assunto daria outro post...mais no futuro.
Quanto aos cuidados continuados...
Sofre-se o mesmo problema que todo o SNS tem. Falta de articulação entre todas as instituições.
Aliás queria desde já fazer uma pergunta/esclarecer uma dúvida... Porque não existe o mesmo sistema informático em todas as instituições do SNS e porque nao estão todas elas ligadas em rede?
PS: De qualquer maneira, se desejar tonitosa, posso aconselhá-lo nesse sentido quanto à orientação sobre redes de cuidados e expressar desde já o meu pesar pela situação que vivenciou
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