terça-feira, fevereiro 26
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4 Comments:
A CRÓNICA DAS PALAVRAS GASTAS...
Somos todos um pouco adeptos da intriga, do adiantar alguma coisa sobre isto ou aquilo, voluveis até à medula que chedamos a quebrara o espenhaço em quadraturas do circulo.
Ou, então nas " escolhas de M..." ou em "notas soltas de A. V....".
Um rosário de intrigas.
Podíamos, ao menos, ser mais bíblicos.
A isso nos devia obrigar a tradição judaico-cristã.
Sabemos das Escrituras (sagradas ou profanas) que, quando partimos, inicíamos um êxodo.
E um êxodo é um período mais ou menos longo, onde não de prega, onde nos refugiamos nas grutas da memória, onde caminhamos de modo desprendido.
Comtempla-se...
Caro Prof. Correia de Campos:
em linguagem dramática, helénica, "êxodus", é o episódio final da tragédia.
O DE merece que lhe impomham esse compasso de espera, antes de correr o pano de boca.
Um periodo de nojo, de luto, principalmente, quando se exibiu multipals cenas de "deepthroat"...algumas chocking.
E Ana Jorge, merece tréguas, umas serenas, tréguas. Pelo menos de cortesia, de cavalheirismo marialvista, que não conseguimos disfarçar.
Não dispensamos as cortesias a cavalo para abrir as portuguesíssimas lutas equestres.
O duelo, para além de "demodèe", sempre se alimentou da convicção de que um ser não aguentava as injustiças, as provocações, de um outro ser, a não ser por fraqueza. Então, para além de correctos, neste caso de ética política , melhor seria invocar a estética política, sejamos fortes.
Este verso (truncado) de Eugénio de Andrade é tremento, por ser desertico (é tradicional o político atravessar o deserto) e por considerar as palavras gastas. A sensação da partida.
"Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus."
(Eugénio de Andrade).
Resumindo: "as palavras estão gastas. Adeus."
CC, Quebras Bilhas?
Julgavam que se haviam visto livres de mim?
Pois cá estou eu.
Aguardamos ansiosamente pela publicação dos primeiros artigos de CC.
Alguma loiça, embora de forma discreta, será certamenter quebrada.
O comentário do é-pá reflecte bem uma certa forma acanhada de ver as coisas.
O que está em jogo é a reforma do SNS, condição essencial da sua sobrevivência.
E quem deu a melhor (única) receita em termos de definição das políticas de saúde para prossecução daquele objectivo foi CC, as quais constam do programa deste governo.
Com CC ou sem CC, a política de saúde deste governo deve ser executada.
Se por questões eleitorais o Governo decide deixar as medidas anunciadas na gaveta terá certamente sérias consequência na votação das próximas eleições legislativas.
CC vai estar portanto sempre presente até ao fim da legislatura.
Caro Ochoa:
São diferentes as nossas formas de ver a política.
Para mim, CC, encerrou a carreira política.
Penso que para o PS, também, acabou.
Pode escrever artigos no DE.
Não é dificil conseguir tal: PKM fá-lo Ás 5ªs quinzenalmente.
o difícil é reconquistar influência política, espaço de manobra, integrar centros de decisão.
Para os seus dilectos discípulos (se isso existe em política) manter-se-à como um farol que alumia a reforma do SNS.
Um espécie um novo Mário Soares da Saúde.
Mas todos, na política ou na vida, temos um Manuel Alegre, que nos saí a caminho e nos atropela em longas retas de exitos fáceis ou programados.
Este Governo (melhor, o que há-de vir) já tem outras medidas para a Saude, para o SNS, a apresentar nas próximas eleições.
Pergunte a Vital Moreira que certamente já trabalhava nisso nas últimas Novas Fronteiras.
Pensa que o MS ainda é dirigido por CC?
Pensa que CC vai continuar a reunir-se com VM para dilenear estratégias?
Olhe que já fizeram uma patifaria idêntica a um outro António, também beirão, quando caíu da cadeira.
Caro Ochoa:
Pensar em CC como residente ou influenciador na João Crisostomo é, isso sim, ser "acanhado".
Acreditar que CC é um homem com ética política e estética no modelo de intervenção é vê-lo como um político desobrigado, liberto.
Ao fim de 3 anos as palavras estão gastas, a não ser que sejam plastificadas e nada signifiquem.
Sejam o "blá-blá" socrático que vimos em Cascais ao lado da Ministra ou as estrondosas palavras que ouvimos nas Jornadas Parlamentares a elogiar a Ministra da Educação!
As palavras gastas - é disso que se trata - só têm um destino: la poubelle, ou uma nova espécie de co-inceneração (dedicada).
Anos depois, podem ser recicladas.
Ninguém as reconhecerá!
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