segunda-feira, fevereiro 25

Presidente da ASST


Eduardo Barroso, presidente da Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação (ASST), apresentou a sua demissão, à ministra da Saúde, Ana Jorge, através de uma carta entregue no final da semana passada.
Fonte do gabinete da ministra da Saúde adiantou à Lusa que Eduardo Barroso se manterá em funções até ser substituído.
A mesma fonte não adiantou quem irá substituir Eduardo Barroso.
DD 25.02.08

Quoque tu Brutus?
Só agora?
A «manutenção em funções até ser substituído» é com aquelas taludas?
Cândida Bordoada

3 Comments:

Blogger e-pá! said...

Dear past President,

Lots of your visitors don't know how to print your great pages.
So ...

12:57 da manhã  
Blogger xavier said...

Eduardo Barroso demite-se

O presidente da Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação apresentou a sua demissão no final da semana passada, duas semanas depois de a VISÃO ter publicado uma reportagem sobre o lado obscuro dos transplantes em Portugal
O pedido de demissão de Eduardo Barroso foi apresentado à ministra da Saúde, Ana Jorge, através de uma carta entregue no final da semana passada, disse à Lusa fonte oficial, que não adiantou quem irá substituir Eduardo Barroso.

Na edição de 7 de Fevereiro, a VISÃO publicou uma reportagem que revelava que por cada fígado transplantado num hospital, o estabelecimento de saúde recebe 54 mil euros do Estado e que o sistema de incentivos financeiros à transplantação, criado pelo Ministério da Saúde em meados dos anos 80, não estabelece o que cada unidade hospitalar deve fazer com o dinheiro que aufere. E que, por isso, o distribui arbitrariamente.
Na reportagem, a VISÃO constata que nos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde se encontram as equipas campeãs dos transplantes renais e do coração, os médicos que os efectuam recebem, apenas, horas extraordinárias. Nada mais. Já no caso do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, o ex-director do Serviço de Cirurgia Geral e Transplantação arrecada 1 890 euros por cada transplante hepático, a parcela de leão dos €26 336 distribuídos pelos cerca de 70 profissionais do serviço de transplantação. Foi assim que Eduardo Barroso, actualmente presidente da Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação (cargo que aceitou com a condição de manter as regalias que tinha no Curry Cabral enquanto director de serviço), recebeu, só em Novembro de 2007, 30 mil euros líquidos. Isto apesar de, como ele declarou à VISÃO, só ter entrado no bloco operatório «uma dezena de vezes» durante todo o ano.

Depois desta investigação, a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) anunciou uma averiguação à forma como estão a ser processados os pagamentos de incentivos à realização de transplantes de órgãos.

A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) pediu esclarecimentos a Eduardo Barroso e também solicitou dados do levantamento sobre os sistemas de incentivos existentes em cada hospital, que Eduardo Barroso anunciou ter efectuado.

Visão 25.02.08

12:20 da manhã  
Blogger Clara said...

O euromilhões dos transplantes

O cirurgião Eduardo Barroso demitiu-se sexta-feira da presidência da Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação (ASST), depois da polémica em torno dos 277 mil euros que recebeu, em 2007, como prémio pelos transplantes hepáticos realizados pelo Hospital Curry Cabral, em Lisboa.
carta de demissão foi entregue nesse dia à ministra Ana Jorge.

O médico anunciou a decisão no ‘Sociedade Civil’. “Estou demissionário e a minha situação foi aceite”, afirmou em directo. Questionado pelo CM, o cirurgião escusou-se a explicações, mas garantiu que vai falar “quando voltar à unidade de transplantação do Hospital Curry Cabral”. “Vou convocar uma conferência de imprensa muito gira”, disse.

Na RTP 2, Eduardo Barroso afirmou que a demissão surge após a recusa dos médicos em aceitar a colocação de tectos máximos nos incentivos à transplantação.

“Convoquei o Conselho Nacional de Transplantação e percebi que nenhum dos meus colegas, e estão lá todas as vacas sagradas do transplante, concordou com o limite”, afirmou.

Isolado perante os restantes cirurgiões, Eduardo Barroso entendeu que a sua posição “já não se justificava”.

Sobre os milhões pagos em incentivos, o médico deixou acusações: “Se fossem aplicados os mesmos critérios aos outros centros iam ter uma surpresa, iam ver que o Eduardo não é o euromilhões dos transplantes e não era a pessoa que devia ser atacada daquela forma infame, comparando-me com colegas que aparentemente não recebem nada de transplantes.” A comparação entre duas equipas de transplantes dos Hospitais da Universidade de Coimbra e a equipa de Eduardo Barroso foi feita na ‘Visão’.

Questionado sobre o cargo que o Barroso vai exercer, Manuel Delgado, administrador do Curry Cabral, diz que “é possível que haja alterações internas”, uma vez que o mandato do actual director da unidade de transplantação tem a duração de três anos.

PERFIL

Eduardo Barroso, médico–cirurgião, casado, nasceu em Lisboa em 26 de Janeiro de 1949. Conhecido adepto do Sporting, licenciou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Antes de ser nomeado presidente da ASST, dirigia a Unidade de Transplantes do Hospital de Curry Cabral.

RECORDE BATIDO

Em 2007, realizaram-se 1330 transplantes. Destes, 52 foram cardíacos, 466 renais, 266 hepáticos, 4 pulmonares, 18 do pâncreas e 525 de córneas.

BENEFÍCIOS

Na Autoridade, Eduardo Barroso ganhava o mesmo que auferia enquanto chefe de cirurgia: 2897,61 euros mês, sem suplemento. A isto somava-se o valor dos incentivos.

- 277 mil euros foi o valor em incentivos recebido pelo médico, em 2007. Em Novembro, quando o Curry Cabral fez 19 transplantes hepáticos, auferiu 30 mil euros.

- 54 mil euros é o valor que o Estado paga em incentivos por cada transplante de fígado, e pulmões; 24 mil por transplante de coração; 14 mil por transplante renal.

FARPAS

- "Achei que tinha moral e competência para ajudar o ministro da altura e esta ministra, porque ela me convidou a ficar, a fazer um novo despacho dos incentivos."

- "Convoquei o Conselho Nacional de Transplantes sexta-feira e percebi que nenhum dos meus colegas, e estão lá todas as vacas sagradas do transplante, concorda [com os tectos máximos]."

- "Se fossem aplicados estes critérios aos outros centros iam ter uma surpresa, iam ver que o Eduardo não era o euromilhões dos transplantes e não era a pessoa que devia ser atacada de forma infame, comparando-me com colegas que aparentemente não recebem nada de transplantes"
CM 25.02.08

8:34 da manhã  

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