A grande aventura (2)
Algumas coisas acontecem sem que saibamos por quê. Outras temos obrigação de as prevenir e não podemos surpreender-nos quando chegam.
Confesso que CC me surpreendeu quando veio afirmar que perdeu o sono ao saber que a Melo Saúde, na negociação para o NHB, tinha oferecido um desconto de 25% no preço com que tinha concorrido. link
Surpreendi-me porque me constou que, nas reuniões promovidas pelo responsável da Missão HH-PPP com os grupos concorrentes ao Hospital de Loures para análise do processo (antes da abertura de qualquer outro concurso), uma das propostas apresentadas incidia exactamente sobre o PPC. Terá sido defendido, inclusivamente, que o PPC deveria relevar não só para excluir propostas que o excedessem (podendo até determinar o encerramento do concurso se todas o excedessem) mas também deveria excluir as propostas que lhe fossem inferiores para além de limites a fixar.
As razões que sustentam esta posição parecem óbvias: resumidamente, pode dizer-se que o interesse no lucro pode ser prosseguido tanto pelo preço excessivo como pela degradação da qualidade. A defesa do interesse público aconselharia que o PPC não permitisse qualquer das vias. No fundo, trata-se da relevância que deve ser atribuída à qualidade e de se entender que só interessa comprar o que é bom.
Confesso que CC me surpreendeu quando veio afirmar que perdeu o sono ao saber que a Melo Saúde, na negociação para o NHB, tinha oferecido um desconto de 25% no preço com que tinha concorrido. link
Surpreendi-me porque me constou que, nas reuniões promovidas pelo responsável da Missão HH-PPP com os grupos concorrentes ao Hospital de Loures para análise do processo (antes da abertura de qualquer outro concurso), uma das propostas apresentadas incidia exactamente sobre o PPC. Terá sido defendido, inclusivamente, que o PPC deveria relevar não só para excluir propostas que o excedessem (podendo até determinar o encerramento do concurso se todas o excedessem) mas também deveria excluir as propostas que lhe fossem inferiores para além de limites a fixar.
As razões que sustentam esta posição parecem óbvias: resumidamente, pode dizer-se que o interesse no lucro pode ser prosseguido tanto pelo preço excessivo como pela degradação da qualidade. A defesa do interesse público aconselharia que o PPC não permitisse qualquer das vias. No fundo, trata-se da relevância que deve ser atribuída à qualidade e de se entender que só interessa comprar o que é bom.
aidenós
Etiquetas: Aidenós
2 Comments:
A GRANDE AVENTURA (Episódio: 369º): Os FP
Tirou-lhe o sono (?)... porque CC perante o sucedido só tinha uma decisão a tomar: Anular o Concurso.
Como não o fez, por falta de tomates, e compromissos com o "pipe line", a consciência (a que lhe restava)tirou-lhe algumas horitas de sonho.
Coisa pouca, passageira.
A "Grande Aventura" teria de prosseguir, custasse o que custasse.
Por agora deu 225 milhões de desconto.
A factura vai ser paga a prestações (dez anos prá gestão e trinta pró edificio).
Com os patetas dos contribuintes a assistir...e, pior, a pagar.
Estes é um dos pontos negros da governação que CC, após ter saído do MS, tem tentado compor com mais ou menos habilidade.
A reelaboração histórica dos factos tem limites, como se sabe. O fechar de olhos de CC em relação a esta fase crucial do concurso do Hospital de Braga foi claríssima.
Estes e outras decisões controversas é que vão pesar na avaliação histórica da 2.ª passagem de CC pelo MS. Por mais que este se esforce na publicação dos "Fios Condutores".
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