PIO, balanço três meses
Lic e Mediana TE, oftalmológica país
«Três meses após o início do Programa de Intervenção em Oftalmologia nacional, os Hospitais do SNS realizaram mais de 37.500 consultas de Oftalmologia e mais 15.929 cirurgias oftalmológicas, destacando-se dentro deles o Hospital de Faro, onde de Janeiro a Setembro de 2008 se realizaram mais 3.378 primeiras consultas e mais 1.329 cirurgias oftalmológicas do que em 2007. link
O anúncio foi feito pela Ministra da Saúde, Dra Ana Jorge, durante a sessão de apresentação dos resultados do primeiro trimestre do Programa de Intervenção em Oftalmologia que decorreu sexta feira (12.12.08) no auditório do Hospital de Faro.» link
O anúncio foi feito pela Ministra da Saúde, Dra Ana Jorge, durante a sessão de apresentação dos resultados do primeiro trimestre do Programa de Intervenção em Oftalmologia que decorreu sexta feira (12.12.08) no auditório do Hospital de Faro.» link
1 Comments:
É bom saber-se que o SNS está a conseguir dar resposta às necessidades oftalmológicas dos nossos doentes deixando de ser preciso recorrer a países terceiros, “exportando doentes” ou “importando profissionais”. Esta é a boa notícia, a má é que tal só foi possível injectando muito dinheiro no sistema através de um programa excepcional de recuperação de listas de espera. Ou seja, estamos apenas a elogiar uma solução conjuntural quando o que se deseja são mudanças estruturais que impeçam que “poucas vergonhas” como as que ocorreram com a acumulação de listas de espera em Oftalmologia voltem a repetir-se nesta ou noutras especialidades, de futuro.
Já aqui o disse e repito, que o recurso a programas excepcionais, através do pagamento à peça de actos médicos, até aqui apenas na área cirúrgica, está a introduzir distorções no SNS que podem pôr em risco não só a sua sustentabilidade financeira como a própria filosofia de serviço público. Estamos, no fundo, a mimetizar o que se faz no privado e, neste particular, eles sabem fazê-lo melhor que ninguém.
Encontrar soluções que resolvam problemas estruturais do SNS na produção de actos médicos, passa também e muito, pela discussão ora iniciada em torno das carreira(s) médica(s). O início parece não ter sido auspicioso mas, em boa verdade, os “contendores” ainda só estão na fase de mostrar musculo. Deseja-se que as negociações prossigam em bom ritmo e que ambas as partes, Ministério e Sindicatos, cheguem a acordo encontrando soluções que, servindo os profissionais, reforcem a capacidade de resposta do SNS às necessidades assistenciais das populações. Se assim não for, quem vai tirar partido são os que vêem proclamando a ingovernabilidade do nosso serviço público de saúde.
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