Portugal exaurido ...
…”Comissão Política Nacional do PSD confirmou a candidatura de Pedro Santana Lopes à Câmara Municipal de Lisboa”… …”O ex-secretário de Estado Luís Mota Campos acusou hoje Paulo Portas de destruir a matriz democrata-cristã do CDS-PP e anunciou a criação de um movimento de reflexão para "reforçar uma alternativa não socialista”… …”Paulo Pedroso, deixou um desafio a José Sócrates: "Nas actuais circunstâncias, cabe à direcção do partido decidir se quer um congresso do tipo Convenção americana ou um espaço de debate. Não é ainda claro qual é a vontade da direcção. Enquanto não for, não há nada”…
Estes excertos da imprensa de hoje ilustram, pungentemente, o drama de Portugal – a incapacidade de regenerar e renovar as elites e, consequentemente, de melhorar a qualidade da democracia e a inovação do processo político. A política portuguesa está tomada por uma patologia crónica, de características insidiosas cuja morbilidade corrói a transformação da sociedade e o desenvolvimento social e humano do país. Os “velhos” protagonistas cristalizam numa agónica perpetuidade que lhes tolhe a auto-crítica. Vivemos dependentes de “elites” que se amarram entre si por grilhetas de interesses sustentados numa doentia reciprocidade.
Que podem trazer de novo a Portugal Santana Lopes, Paulo Pedroso ou Paulo Portas? Integridade, modernidade, inovação, ética? Qual o valor que acrescentam à transformação do País?
O que levará a política a ficar refém destes políticos? Onde estão os melhores? Os mais jovens? Aqueles que, pelo seu exemplo, e pela sua autenticidade podem ser os agentes de mobilização da sociedade?
Portugal tem hoje um preocupante problema de confinamento e de qualidade das elites.
A política é “rasca” na sua pior alegoria.
Pacheco Pereira exultou a credibilidade de Manuela Ferreira Leite como contraponto à irresponsabilidade dos “populistas” liderados pela facção de Santana Lopes. A mesma Manuela Ferreira Leite apresenta agora Santana Lopes como uma “aposta forte” do PSD para Lisboa.
Portugal precisa de expurgar da sua liderança os desempregados da vida que fazem da política o refúgio de sobrevivência.
sillyseason
Estes excertos da imprensa de hoje ilustram, pungentemente, o drama de Portugal – a incapacidade de regenerar e renovar as elites e, consequentemente, de melhorar a qualidade da democracia e a inovação do processo político. A política portuguesa está tomada por uma patologia crónica, de características insidiosas cuja morbilidade corrói a transformação da sociedade e o desenvolvimento social e humano do país. Os “velhos” protagonistas cristalizam numa agónica perpetuidade que lhes tolhe a auto-crítica. Vivemos dependentes de “elites” que se amarram entre si por grilhetas de interesses sustentados numa doentia reciprocidade.
Que podem trazer de novo a Portugal Santana Lopes, Paulo Pedroso ou Paulo Portas? Integridade, modernidade, inovação, ética? Qual o valor que acrescentam à transformação do País?
O que levará a política a ficar refém destes políticos? Onde estão os melhores? Os mais jovens? Aqueles que, pelo seu exemplo, e pela sua autenticidade podem ser os agentes de mobilização da sociedade?
Portugal tem hoje um preocupante problema de confinamento e de qualidade das elites.
A política é “rasca” na sua pior alegoria.
Pacheco Pereira exultou a credibilidade de Manuela Ferreira Leite como contraponto à irresponsabilidade dos “populistas” liderados pela facção de Santana Lopes. A mesma Manuela Ferreira Leite apresenta agora Santana Lopes como uma “aposta forte” do PSD para Lisboa.
Portugal precisa de expurgar da sua liderança os desempregados da vida que fazem da política o refúgio de sobrevivência.
sillyseason
Etiquetas: silly season
1 Comments:
Caro sillyseason:
Passou ao lado um figurante de alto gabarito.
O Secretário-Geral do PS que, ontem, no jantar de Natal do grupo Parlamentar, definiu o Partido como:
"um partido popular da esquerda moderada".
Uma frase lapidar, com a mesma vacuidade que a malograda 3ª via de Tony Blair, cuja consequência prática foi a renegação, ao fim de 50 anos, do anglicanismo...
Aliás, esta espantosa segmentação da esquerda - haverá um extenso rol: a social-democrata, a radical, a revolucionária, a anarco-sindicalista, a trotskista, a comunista, a maoísta, etc. - é susceptível de diversas interpretações.
Uma delas será que a Esquerda moderada, isto é, uma esquerda ma non troppo (que não meta medo, por exº, aos detentores de grandes fortunas) é susceptível de ser subscrita por muita gente do PSD.
Aliás o PSD começou também por ser um partido popular... que para se recolocar no espectro político se auto-denominou de social-democrata.
Nessa altura o populismo andava pela mó de baixo.
Outros começaram bem, e ao longo dos anos, foram arrepiando caminho.
Na verdade, penso que se pudessemos usar um "esquerdometro" a Esquerda social-democrata deveria estar mais à Esquerda do que a quimérica Esquerda moderada...
Claro que existe a MFL a atrapalhar tudo, mas...estamos no domínio da especulação!
O problema é que, nas denominações partidárias e, mais gravoso, na praxis política, deixou de bater a bota com a perdigota...
Haverá, por acaso, uma Esquerda raivosa?
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