quinta-feira, fevereiro 26

CC, igual a si mesmo


Com excepção de «alguns pormenores», Correia de Campos repetiria tudo o que fez, se voltasse a ser ministro da Saúde. link
«Eu estava à espera de passar seis meses na verdadeira latrina social, ultrajado e insultado, e que, depois disso, alguém começasse a dizer “oh, aquele tipo que cá estava é que era”. A minha grande surpresa é que o processo não foi de beatificação, foi de canonização, e isso é que é surpreendente!» Tempo de Medicina, 23.02.09

CC, sabe que são os pormenores que separam a obra do esforçado artífice do artista de génio. O professor culto e talentoso revelou-se um político desajeitado. ”O pormenor” da data em que anunciou o encerramento das Urgências da Anadia é disso prova eloquente.
Quanto ao processo de canonização, trata-se de mais uma fanfarronice do professor, a demonstrar que há coisas que nunca se aprendem.

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5 Comments:

Blogger Joaopedro said...

Last night, President Obama diagnosed the disease: runaway healthcare inflation. The cure: “We must address the crushing cost of health care.” If we don’t we will never be able to bring down our budget deficit—a deficit that Obama pledges to halve by the end of his first term. As Peter Orszag, the president’s budget director, observed in October: “the nation’s looming fiscal gap . . . is driven primarily by rising health care costs.”

President Obama stressed that we must begin Now. At the same time, he made it clear that he does not have a finished plan in his back pocket: “There are different opinions and ideas about how to achieve reform,” he acknowledged as he called for a summit to begin work on this issue next week. “I suffer no illusions that this will be an easy process,” he added.” It will be hard.”

We need to begin immediately because the road ahead will be long and arduous. Reiterating his commitment to “quality, affordable care for every American,” the president explained that his budget will include a “down payment” on health care reform. I’m inclined to interpret this as a signal that reform will come in stages.

The president added that universal coverage can be paid for “in part by efficiencies in our system that are long overdue.” Making the system more efficient means “rooting out the waste, fraud and abuse” in our Medicare system, the spending on unnecessary and ineffective treatments “that don’t make our seniors any healthier .”

But greater efficiency will provide only “part” of the needed funding. I take the President’s emphasis on the deficit as a sign that he does not plan to finance healthcare reform with deficit spending He leaves the problem of finding the rest of the money to Congress. .../
posted HB

Obama propõe o combate ao desperdício. Melhorar a eficiência do sistema de saúde como forma de alargar o acesso aos cuidados.

Quanto ao diagnóstico e à cura Obama propõe medidas muito semelhantes à de Correia de Campos.
Será que o presidente Obama teve acesso ao que se passou com a reforma da Saúde em Portugal?

«A minha saga no Ministério da Saúde foi demonstrar que o sistema era sustentável. A guerra ao desperdício, nomeadamente no que respeita às despesas com pessoal e medicamentos, dois factores preponderantes no aumento exponencial dos gastos com a Saúde entre 1990 e 2004, período durante o qual subiram à taxa média anual de 5,7%, bem acima do crescimento da economia.»

Obama, ao contrário de CC, vai confrontar-se com um sistema insustentável.
Mexer aqui e ali,navegação à vista, tentado melhorar o que se pode. Alterações profundas e bruscas serão fatais.

2:00 da manhã  
Blogger e-pá! said...

Foram expressas por CC no artigo publicado no TM, pelo menos 2 asserções, do tipo das "suas" certezas inabaláveis e que são, sim, boutades insuportáveis.

1ª.: "... com o fim das taxas moderadoras o SNS seria «invadido por procura desnecessária, sem nenhuma capacidade de seleccionar e sem a valorização mínima que os actos podem ter para quem paga um poucochinho..."
Esta concepção dos utentes do SNS, como uma horda de bárbaros, que invadiria o SNS e que à passagem tudo devastaria e assaltaria... tipo Gengis Khan, é necessáriamente uma visão elitista da sociedade, que confunde exclusão com disciplina social, nem "encaixa" na prática política de um governo socialista, por mais liberal que seja.
Mas criou "escola". Depois do seu abandono do Governo Sócrates, Augusto Santos Silva enveredou por este caminho...

2º.: Por outro lado, o "...regozijar-se por ver que as reformas que gizou «estão todas, uma a uma, a ser executadas» é apoderar-se de um imenso trabalho que - mal ou bem - foi previamente feito, i. e., as políticas que menciona estão inscritas no PLANO NACIONAL DE SAÚDE de 2004-2010.link Podemos, então, sem rebuço afirmar que, as medidas que CC implementou ... foram, uma a uma, concebidas e planeadas em 2003 e 2004, por Luís Filipe Pereira...do XV e XVI Governos Constitucionais (PSD/CDS).
O que, mais uma vez, sendo verdade que os Planos de Saúde são documentos orientadores para cumprir a médio prazo, a maneira como usurpa o mérito das opções que aí constam é mais uma inabilidade política, das muitas que propagoniza.
São políticos, tecnicamente competentes, mas capazes destas leviandades, que levam muita gente a defender não existir qualquer diferença entre o PS e o PSD...

Finalmente, uma indisfarçável deselegância. Como antecessor da Drª. Ana Jorge que, como todos sabemos, está num Governo em fim de ciclo político, deveria cultivar um mínimo de contenção verbal (impossível já sabemos!) e a necessária modéstia que permitisse olhar sem desprimor, nem desprezo, para o actual trabalho de reconciliação com os portugueses promovido pela actual Ministra, que recebeu das mãos de CC, o MS, em "pé de guerra". Isto é, politicamente ingovernável!
Desta última proeza não se vangloriou.
Só terá errado na data do fecho do H. de Anadia.
Mas Ana Jorge, encerrou-o como ele (CC) queria.
Portanto, quer levar, na mesma, a taça...

8:14 da manhã  
Blogger joao saramago said...

Canonização?!...

Mais um lamentável arroubo de personalidade do ex ministro da saúde, incapaz de se ver ao espelho.

CC, esqueceu-se de referir (pelos vistos isso não lhe pesa na consciência) que é o responsável pela liquidação das carreiras médicas, da debandada dos melhores médicos para o sector privado. Da dinamização do "pipe line" da privatização do nosso sistema de saúde, iniciado por Luís Filipe Pereira, do desastre das PPP para a construção e gestão de hospitais do SNS (é útil, a propósito, relembrar o episódio da adjudicação do Hospital de Braga à JMS, que pelos vistos deixou de lhe tirar o sono). A tentativa de subversão do sistema de financiamento da Saúde, com a criação das taxas moderadoras do internamento e ambulatório. Do processo, (da bagunçada) das urgências em que foi completamente trucidado pelos autarcas. Do confronto desastrado com a ANF.
A lista de desaires é infindável.

Canonização?!...
Professor, é preciso ter lata!...
O livro, com o retrato fiel da sua passagem pelo MS, ainda está por escrever.

8:42 da manhã  
Blogger tonitosa said...

Defacto, e falando de canonização, pena é que CC não tenha já lugar ao lado de Nuno Álvares Pereira.
Poupava-nos com as suas atoardas.
Como diz o Povo, presunção e água benta cada um toma a que quer.
Que nos diz CC do célebre helicóptero de Macedo de Cavaleiros?
E que diz do crescimento das despesas com medicamentos recentemente divulgado, se as medidas que tomou foram, como pensa tão eficazes?!
Extinguiu 2000 chefias? Onde e quando?
Enfim, fico-me por aqui, porque o ex-ministro nem tanto merece.
Quando diz que foi a comunicação social que inventou partos nas ambulâncias e doentes a cairem das macas...está tudo dito!
Não tem credibilidade.

11:14 da tarde  
Blogger Antunes said...

O maior!

O que está em causa é o político e não o professor Correia de Campos.
Como político CC é desastrado.
"Show off" obsessivo tem com os media uma relação do tipo "amor de perdição". Chegando a acusar os meios de informação do seu desaire no MS.
Depois da sua saída, não se tem poupado a esforços na tentativa de retocar a sua imagem pública de politico salvador do SNS. Declarações, artigos de opinião, publicação de um livro, comentáros, conferências, entrevistas.
Canonizado por alguns poucos, desprezado pela maioria da populaça de memória menos curta, CC ficará certamente para a história como o grande dinamizador da privatização do nossos sistema de saúde. Um ministro da saúde à altura da política de José Sócrates.
Poder-se-à dizer que Correia de Campos e Vital Moreira, são os dois grandes intelectuais da política socrática do XVII Governo Constitucional.

1:12 da manhã  

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