SM, ao ataque
em tempo de crise...
.../ «Esta realidade que resulta da livre escolha e da procura crescente dos cidadãos não é contudo tida em consideração pelos poderes públicos os quais, por força de condicionamentos preconceituosos não têm feito um melhor aproveitamento das potencialidades do sector privado na prestação de cuidados e consequentemente na optimização do sistema nacional de saúde..../ link
«Desde logo reafirmando e clarificando que é o modelo de financiamento adequadamente estruturado, e não a detenção dos meios de produção, que garante a universalidade e a equidade no acesso.
E por isso financiemos o doente, deixemo-lo decidir e o sistema será seguramente, melhor, mais eficiente e mais equitativo para todos os cidadãos. » .../
Salvador de Mello, quer o Estado fora da prestação de cuidados. Limitado ao papel de regulador e financiador. Como forma de garantir a universalidade e equidade de acesso do sistema.
Em troca, o Estado, os cidadãos, que vantagens (económico-finançeiras, qualidade, inovações clínica e de gestão), podem, legitimamente, esperar?
«Desde logo reafirmando e clarificando que é o modelo de financiamento adequadamente estruturado, e não a detenção dos meios de produção, que garante a universalidade e a equidade no acesso.
E por isso financiemos o doente, deixemo-lo decidir e o sistema será seguramente, melhor, mais eficiente e mais equitativo para todos os cidadãos. » .../
Salvador de Mello, quer o Estado fora da prestação de cuidados. Limitado ao papel de regulador e financiador. Como forma de garantir a universalidade e equidade de acesso do sistema.
Em troca, o Estado, os cidadãos, que vantagens (económico-finançeiras, qualidade, inovações clínica e de gestão), podem, legitimamente, esperar?
As expectativas em relação à JMS são bem conhecidas depois da experiência de treze anos de exploração do hospital Amadora Sintra .
Etiquetas: Público e privado
10 Comments:
O SALVADOR
Em tempo de crise, Salvador de Mello vem bater novamente na mesma tecla.
Segundo a sua última crónica, publicada no DE, o sector privado em franco crescimento é merecedor de uma partilha mais generosa dos dinheiros do Estado destinadas à Saúde. Mais, reivindica a transferência das prestações do Serviço público para o sector privado.
No modelo que convém ao senhor Salvador, o utente escolheria (“livremente”, como se isso fosse possível). Os hospitais privados prestavam. E o Estado pagava. Simples, não é!
Com este modelo, os portugueses poderiam então dormir descansados, plenos de saúde. Como resultado do pleno acesso, oferecido pelas empresas do sector privado. E, assim, viveríamos, felizes e contentes para todo o sempre na paz do senhor...
Como é que o presidente Obama ainda não viu isto?!...
Como habitualmente, o senhor Salvador não se poupa a esforços semeando a sua crónica de números e mais números. Numa tentativa de demonstrar a importância crescente do sector.
Todos aqui acompanhámos a tentativa de documentar a saída da JMS da gestão do Amadora Sintra com um estudo encomendado à Nova. Que mereceu o tratamento adequado aqui no saudesa.
É justo reconhecer que o senhor Salvador sempre pretendeu assumir-se como líder dos interesses dos prestadores privados da saúde, escudado na empresa familiar que preside. Esquecendo-se, porém, que é o principal responsável no nosso país pela desconfiança que o sector privado merece aos portugueses. O seu contributo para a causa, é por demais conhecido: treze anos de gestão do Amadora Sintra e, mais recentemente, o desconto do outro mundo, de todo injustificável (a não ser a decisão suicida de perder dinheiro), da sua proposta ao concurso do Hospital de Braga. Que o anterior ministro, Correia de Campos, depois de algumas noites de insónia, deixou inexplicavelmente passar.
São estes os feitos mais conhecidos dos portugueses relativamente à empresa que o senhor Salvador dirige.
Face à grave crise que atravessamos, o que o Estado tem a fazer é reforçar o investimento no Serviço Público de Saúde. Pois este além da prestação de cuidados, cumpre muitas outras funções sociais que os portugueses reconhecem.
Sobre os últimos dados do "Euro Health Consumer Índex" , aconselho o senhor Salvador de Mello a assistir à apresentação do relatório elaborado pelo "Grupo Consultivo da Reforma dos Cuidados de Saúde". Que tem lugar no dia 28 de Fevereiro, no Centro Cultural de Aveiro. A não perder.
Nos países de Leste Europeu, assiste-se à privatização em massa dos hospitais públicos.
O dado fundamental, determinante desta situação, são as profundas alterações das relações de trabalhos verificadas naqueles países.
Entre nós, o fim das carreiras médicas, a debandada em massa dos melhores profissionais para o secror privado que se seguiu, marcou um novo estádio das condições de trabalho e gestão do Serviço Público.
Mais uma vez, a criação desta situação tem a marca do anterior ministro da saúde, Correia de Campos.
Como alguém, a propósito, aqui comentou, o livro sobre dos feitos do ex ministo da saúde, Correia de Campos, ainda está por escrever.
As indecisões, a tentativa de ganhar tempo, o impasse das negociações com os sindicados, relativamente ao processo de negociação das carreiras, da responsabilidade da actual ministra da saúde, Ana Jorge, não auguram nada de bom.
A fixação dos profissionais médicos é um imperativo relativamente à continuidade e desenvolvimento do Serviço Público.
Um processo que Salvador de Mello acompanha certamente com extrema atenção. Uma vez que está dependente do seu desfecho a almejada transferência da produção de cuidados para o sector privado.
MORTO POR FALTA DE ASSISTÊNCIA
Manuel Martins, reformado de 70 anos, residente em Braga, morreu esta semana em Corbeil-Essonnes (região parisiense), em casa da filha, tudo indica por falta de assistência médica.
"Estamos muito enervados porque o SAMU (correspondente ao INEM português) demorou mais de uma hora a chegar quando este serviço, bem como o hospital, estão a cinco minutos de nossa casa".
Maria e José Gonçalves, bem como os três filhos, estão destroçados mas decididos a apurar responsabilidades. O Ministério Público francês já ordenou a abertura de um inquérito.
(Expresso, 28.02.2009,1º. caderno, pág.3)
***
Hoje, em Portugal, a re-estruturação das Urgências deixou de estar na ordem do dia. É um posfácio da política de saúde do XVII GC. Embora estejam para chegar os 3 helicópteros ainda em falta, o projecto dá a sensação de abandonado...a criar bolor!
A rede de serviços de Urgência (SUP's, SUMC's e SUB's) marca passo em termos de adaptações ao plano de reforma, publicamente apresentado pela Comissão Técnica e aceite nas suas linhas e directrizes essenciais.
A reforma dos CPS, não trouxe alterações significativas dos fluxos de doentes aos serviços. Continuam a co-existir doentes emergentes, com situações agudas (não urgentes).
A rede pré-hospitalar, continua a apresentar "buracos" organizativos e de prontidão de resposta, que colocam em risco todas as mudanças que se possam efectuar a jusante.
O caso relatado no Expresso, sucedeu num País cujo Serviço de Saúde está altamente cotado. Mas, fornece-nos abundante matéria para reflexão para nós.
A rede pré-hospitalar necessita de uma organização testadíssima no terreno e com padrões de funcionalidade elevados.
Não basta estar no terreno, nem a 5 minutos de uma unidade hospitalar.
Em vez de uma ajuda eminente e desejada pode tornar-se numa insuportável e demorada (fatalmente demorada) angústia da espera.
Em vez de um precioso auxílio, um autêntico estorvo.
O "caso de Corbeil-Essonnes" fez-me recordar Alijó.
Mas mais do que isso!
Hoje, com o distanciamento que já possuímos, é legítimo perguntar se o fecho inopinado e atabalhoado de alguns SAP's (não funcionais, como todos sabemos) não teve como único resultado palpável transmitir insegurança às populações, já que - como hoje sabemos - a rede pré-hospitalar estava longe, muito longe, de estar operacional.
Antes da almejada canonização, Correia de Campos, deverá expiar estes pecados, autênticas obscenidades políticas.
O pecado a que me refiro, para os que são crentes, será o da lascívia comportamental abrasiva.
CC, coveiro do SNS
Vi na reportagem da TV, Correia de Campos, remoçado, ufano, todo sorrisos, no Congresso do PS.
Que ambições (legitimas?) perspassarão ainda pelo toutiço do ex ministro da saúde?
Possivelmente, acabar a obra interrompida pelos levantamentos populares e o baile dos autarcas portugueses no processo de encerramento das urgências.
Com amigos destes, Salvador de Mello bem pode dormir descansado.
Excelente comentário do João Pedro.
Em época de crise, as aves raras do costume decidem sair à rua.
Salvador de Mello pode sempre argumentar que foi vencedor do Concurso Público da mais importante PPP até agora adjudicada no nosso país. E que, com o desconto efectuado "in extremis" de 25%, terá poupado aos cofres do Estado, vários milhões.
Neste país do fungagá, tudo é possível.
Como alguém escreveu anteriormente aqui no Saudesa relativamente ao processo das PPP, quem ata (Correia de Campoa) que desate:
A unidade de missão para as PPP hospitalares foi o instrumento que o MS encontrou para preparar o negócio (das PPP).
O insucesso da unidade de missão é notório.
Segundo o BEI ”As PPP só são bem sucedidas quando o grau de sofisticação entre ambas as partes é semelhante”.Interpreto a afirmação como querendo dizer que as partes devem estar tecnicamente preparadas e apetrechadas de modo semelhante.
E do lado do MS?
Não tenho a veleidade de ir avaliar quem não conheço. Posso, contudo, afirmar que os bons técnicos em matéria de compras e negociação hospitalares, licenciados ou não, administradores hospitalares ou não, existentes neste país e com provas dadas não integram aquela unidade de missão. Mas dá pena o MS não sentir necessidade de utilizar este saber fazer de experiência feito. O resultado está à vista.
Mas pior que a incapacidade demonstrada para a concretização do primeiro negócio poderá ser, e tudo aponta nesse sentido, é a falta de clareza, fruto da falta do saber fazer, que os cadernos de encargos elaborados pela unidade de missão tem demonstrado. No futuro é muito possível que, neste blog, se comentem notícias de que é muito difícil, senão impossível, fazer o acompanhamento e controlo das PPP hospitalares. É que, para bem desatar, melhor se tem de atar.
Nota: Quando a coisa começar a aquecer´nas PPP, não vão ao Totta. Perguntem ao professor Correia de Campos, como se desata.
5:42 PM
Smart Operators
As declarações de SM não se devem ficar, apenas, pela mera interpretação da “espuma” retórica sobre a grande ameaça que paira pelo país fruto da alegada, tão inopinada quanto inoportuna, “viragem à esquerda" em matéria de política de saúde.
É preciso ir mais fundo e conhecer, com detalhe, as verdadeiras inquietações dos grupos privados que investiram, sem norte nem sensatez, na fundada esperança de que, mais tarde ou mais cedo, parte do apetitoso bolo de mais de oito mil milhões de euros lhes iria cair nas mãos.
Em boa verdade, o argumento, a coreografia e os “artistas” tudo faziam prever que tal iria, acontecer. Bastaria, para tal, contar com um ou outro ex-político nos quadros, uma adequada intermediação das consultoras e dos escritórios de advogados mais apropriados, umas boas agências de comunicação e uma boa montagem do script de lobbying.
Esta percepção resulta da simples observação do “modus operandi” de cada um dos principais grupos e da leitura de um ou outro jornal para, rapidamente, captar os diferentes pictogramas que compõem o filme.
Ainda hoje, um semanário, reincide numa en-sol-arada crónica sobre a dramática temática dos doentes com cancro perdidos em intermináveis listas de espera enquanto o (sacrificado) sector privado persiste de braços abertos, sub-utilizado, refém desta estratégia “maldita” de primeiro esgotar a capacidade instalada no sector público.
É claro que não sabemos até quando o efeito destas persistentes, periódicas e repetidas crónicas que resultam de ”alianças”, bem conhecidas no meio, não quebrarão (finalmente) esta tão incomodativa resistência do sector público.
É que há sempre o perigo de fazer repetir, nesta e noutras áreas, a experiência do PIO (Programa de Intervenção em Oftalmologia) e, recorrendo, apenas ao sector público, resolver de uma penada mais um conjunto de crónicos problemas. E este é apenas um dos reais motivos de preocupação dos grupos privados. Tendo apostado, quase tudo, na captura do diagnóstico e tratamento do doente oncológico veêm retardar, dia após dia, o retorno do investimento em equipamentos e em recrutamento de profissionais.
Quando SM diz: …” Esta realidade que resulta da livre escolha e da procura crescente dos cidadãos não é contudo tida em consideração pelos poderes públicos os quais, por força de condicionamentos preconceituosos não têm feito um melhor aproveitamento das potencialidades do sector privado na prestação de cuidados e consequentemente na optimização do sistema nacional de saúde”…em boa verdade não saberá muito bem o que diz.
Compreende-se contudo o desespero. As unidades que integram o seu grupo começam a sofrer o efeito da perda da almofada Amadora-Sintra e a estratégia agressiva da BES Saúde tem feito o resto. A isto acresce a dinâmica brutal de anulação de seguros (individuais) de saúde, principalmente, por falta de pagamento fruto da crise económica que o país vive.
Mas não são apenas estes (tão importantes) factores que enervam SM e o fazem produzir a blague verbosa da “viragem à esquerda”. É que ao nível dos CSP a experiência das USF tornou inviável, por muitos anos, a destruição e a privatização desta tão importante área de prestação de cuidados. E, pior ainda, sinalizou quão fácil é, afinal, através da alteração do modelo de organização e de responsabilização dos profissionais transformar, radicalmente, o sistema com claríssimos resultados ao nível da satisfação dos utentes e dos profissionais.
A replicação deste tipo de reforma nos outros níveis de cuidados constituirá o verdadeiro toque de finados nas ambições e na estratégia dos smart operators.
No meio de tudo isto não deixa de ser penosa a “lenga lenga” de que o Estado se deve remeter ao papel de regulador (que tão bons resultados deu na experiência Amadora-Sintra) e “libertar os tais oito mil milhões de euros para a “dinâmica” iniciativa privada.
É hoje claro, para todos, que o esforço de propaganda das virtudes privadas começa a perder efeito. Compreendemos a aflição gerada pelos “buracos” em que se encontram GPS e HPP. Compreendemos, igualmente, a ansiedade da JMS pelos sinais que lhe chegam em cada dia que passa.
O que é facto é que a reforma dos CSP está no bom caminho. A rede de CCI prossegue o seu desenvolvimento. A sustentabilidade económica e financeira do SNS tem sido mantida. O acesso tem sido melhorado e as listas de espera diminuídas.
Se ao nível político houver coragem e decência o SNS terá reencontrado o seu caminho. Basta para tal que os “amiguismos” e as “cumplicidades” não façam vencimento. Que a política seja nobre, transparente, séria e feita apenas em nome do interesse público.
Os dados recentes do último trabalho do Prof. Villaverde Cabral são muito claros quanto à reconquista do espaço, do prestígio e da confiança do SNS junto dos cidadãos.
Bem podem vir os smart operators com estudos taillor made” tipo Power Health ou Amadora-Sintra”.
É pena que a ideologia não seja ainda mais segura, consistente e coerente na acção política. Em boa verdade as PPP’s de Braga, Cascais e Loures deveriam ter caído no exacto momento em que caiu o contrato do Amadora-Sintra.
Se houver coragem e decência o SNS terá futuro.
O Estado deverá, com efeito, sem nenhum tipo de hesitações, retirar da sua capacidade instalada tudo aquilo que pode retirar. E ao deixar de comprar fora retirará o tapete aos smart operators que jogam nos dois tabuleiros e que, cinicamente, ameaçam com a fuga maciça para o privado. Embora esta fuga faça lembrar a lógica propagandística com que, recorrentemente, se anunciam nos jornais económicos as imensas e esmagadoras vagas de investimento em unidades privadas (que nalguns casos por junto não chegam à dimensão de um departamento de um grande hospital público) não deixa de ser revelador da estratégia de corrosão persistente que pretende ser criada.
Consolidar a reforma dos CSP, ampliar a rede de CCI, promover a reforma do modelo organizativo dos HH’s conferindo poder e autonomia aos profissionais, resolver, prioritariamente, os problemas ainda existente de listas de espera no SNS recorrendo, se necessário, a programas específicos no interior do SNS, investindo e centralizando no seio do SNS o diagnóstico e o tratamento do cancro, criando condições para a delimitação clara dos sectores e, finalmente, delimitando a capacidade de intervenção dos “smart operators” especializados em “agilizar” pontes entre o sector público e o sector privado e que têm sido os grandes responsáveis pela tentativa de desarticulação e destruição do sistema.
Em síntese, coragem política, transparência, determinação, espírito de missão no cumprimento do dever de servir o interesse público.
A crise económica e financeira ensinou-nos tudo o que precisávamos de saber para que de uma vez por todas possamos separara as águas entre aqueles que ainda acham que a saúde é um mero negócio e aqueles que acreditam que a saúde é uma das obrigações públicas mais relevantes do Estado social.
Se isto é virar à esquerda viremos então à esquerda.
Vital Moreira é o cabeça de lista do PS às eleições europeias.
Ao nosso colega de blogosfera, o saudesa deseja os maiores êxitos
VITAL MOREIRA
"All Quiet on the Western Front"...
Haveria de surgir o dia em que não seria mais possível ocultar o longo concubinato político.
O blog foi um dos poisos do think trust de Sócrates e actual cabeça de lista às Europeias.
O blog serviu de fait divers para preencher o compasso de espera, uma outra "Aba da Causa".
Mas deixemos os blogs que ficam em boas mãos...
O mais difícil será vencer as eleições europeias, cuja responsabilidade é enorme.
Elas são a abertura de uma cascata eleitoral.
Embora as futuras eleições sejam todas diferentes o PS não pode entrar no jogo (da maioria absoluta) a perder...
Quanto nós, profissionais da Saúde, na minha convicção. a política (da saúde) vai ficar mais clara, mais aberta, menos ardilosa.
Com VM em Estrasburgo saí da cena política nacional (...é catapultado para cima) um companheiro de luta e acérrimo defensor de CC, e sejamos honestos, uma "sombra" opaca e densa que na neblina pairou sobre modelo calmo e ponderado de fazer política de Ana Jorge.
Veremos se VM "arrasta" CC para Estrasburgo/Bruxelas...!
Para já, "All Quiet on the Western Front"...
Alguém viu o filme?
Ninguém para o sector privado
Esta discussão é marcada, inevitavelmente, pelo preconceito ideológico daqueles que defendem com unhas e dentes o Serviço Público. Pela preocupação obsessiva de separar os bons, portadores de toda a razão e virtudes, de um lado. E os maus,exploradores, escravos do lucro, feios e maus, do outro.
Para o colega "SNS", a saga é perfeita. Tudo a preto e branco. E o rapaz, no fim, acaba por casar com a moçinha (bem boa, como não podia deixar de ser).
Neste julgamento sumarissimo, entre os maus, também há maus e menos maus, como não podia deixar de ser. A ESS, por exemplo, estará a esmagar a concorrência mais próxima: JMS e HPP Saúde.
Talvez, porque a CEO da ESS seja menos má.
Se os privados têm oferta disponível que mal há em rivindicarem mais procura do sector público?
Sabendo que muitas das suas prestações, ficam mais baratas ao Estado. E com melhor qualidade para o doente.
Ainda em relação ao comentário do "SNS", julgo não haver justificação para tanto optimismo quanto ao futuro do SNS.
Pior cego é aquele que não quer ver.
O sector privado vai continuar a desenvolver-se, a cumprir a sua missão na prestação de cuidados de saúde de elevadissima qualidade, na criação de mais e melhor emprego. A assumir um papel cada vez mais relevante em termos de tecnologia de ponta, consumando, desta forma, a transferência do último estado de arte da medicina do sector público para o privado.
Nota: Por que será que o Xavier não posta certos textos na página principal?
A insustentável leveza do ser…
Cara Joana primeiro que tudo não nos leve a mal nem nos creia mesquinhos ou, sequer, deselegantes mas tanto no sector público como no privado é muito importante não maltratar a língua mater (mocinha, sumarissimo, rivindicarem). Não nos fica bem, mesmo na blogosfera, não cuidar do exercício da escrita (recomendo-lhe um bom corrector automático desses que estão à venda na FNAC).
Posto o intróito linguístico vamos então ao que interessa.
Cara amiga não se trata de “preconceito ideológico” embora a ideologia seja sinal de adesão a princípios e valores. Nem sequer de “bons” e “maus”. Trata-se apenas de defender ideias e propostas sobre qual a melhor forma de servir o interesse público. Se conhece a ESS saberá bem daquilo que estamos a falar. Longe de nós fazer juízos de valor sobre a bendita da CEO da ESS.
Quanto à peregrina ideia de os privados lá por terem oferta poderem “reinvidicar” mais procura do sector público nada haverá a opor no dia em que o jogo for limpo. Sem o “parasitismo” que tanto lhe desagrada que seja referido e sem que em nenhum caso a estratégica de desenvolvimento e modernização do SNS seja posta em causa.
Depois a Joana vem com a ladainha do costume: …” Sabendo que muitas das suas prestações, ficam mais baratas ao Estado. E com melhor qualidade para o doente”…Não persista em nos ocultar as fontes do seu conhecimento. Que pena não podermos debater ao vivo. Seria extraordinário…
Visivelmente alcandorada nos seus desejos deixa-se cair na armadilha de os confundir com a realidade quando refere: …” Ainda em relação ao comentário do "SNS", julgo não haver justificação para tanto optimismo quanto ao futuro do SNS. Pior cego é aquele que não quer ver”…Cara Joana se em Outubro não houver mudança de ciclo político prepare-se para passar por quatro anos, particularmente, frustrantes para a sua quimera.
Finalmente, caríssima colega de Blog, reflicta nas suas próprias palavras:
…” O sector privado vai continuar a desenvolver-se, a cumprir a sua missão na prestação de cuidados de saúde de elevadissima qualidade, na criação de mais e melhor emprego. A assumir um papel cada vez mais relevante em termos de tecnologia de ponta, consumando, desta forma, a transferência do último estado de arte da medicina do sector público para o privado”…
Qual qualidade? Qual estado da Arte? De que fala?
Finalmente, deixo-lhe uma pergunta. Se o SNS prosseguir um caminho de integração e de modernização e deixar de ir “às compras” fora o que acontecerá a esse desvario tecnológico de que fala?
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