Médicos reformados?
É conhecido que Portugal e França dispõem de um índice de médicos por 1000 habitantes, sensivelmente idêntico. E também que é a França que ocupa o primeiro lugar no ranking da OCDE dos Serviços de Saúde, enquanto que Portugal nem daí se aproxima. Serão certamente muitas as razões para que seja assim, mas é de duvidar que a falta de médicos seja uma delas, ou, pelo menos, que seja determinante.
Importante, ou mesmo fundamental, seria definir (se é que não estão já definidas) as razões que impedem os médicos portugueses – tenho principalmente em mente os médicos do sector público da saúde – de atingirem a mesma produtividade que os seus colegas franceses atingem. Percebe-se, no entanto, que não é isso que está em agenda, e, sendo assim, passemos adiante.
CC, para aumentar a produtividade, apostou na reorganização da rede de SU, no pressuposto (correcto) de que as horas de trabalho médico que aí deixassem de ser afectadas ficariam disponíveis para a actividade programada, nos HH e nos CS, com melhor resposta às necessidades e maiores ganhos em saúde. É verdade que a reforma da RSU, no estudo/proposta que lhe foi apresentado, não se resumia no encerramento de SU (proposta e decisão que, mesmo neste ponto, não abrangeram, e deviam ter abrangido, também os grandes centros urbanos, igualmente carecidos de medidas de racionalização, e não só o interior do País) e, do mais, pouco foi executado; também é verdade que a parte da reforma executada não o foi da melhor maneira, não tendo atingido os resultados que a motivaram. Mas há que reconhecer que a aposta de CC se inseria numa estratégia, de priorizar os CSP aumentando a sua capacidade de intervenção, não sendo sustentável manter abertos SU com escassíssima procura durante largas horas de cada dia.
AJ parece privilegiar medidas pontuais: recrutamento de médicos estrangeiros e, agora, admitindo a contratação de médicos reformados com menos de 70 anos. Todo o problema estará em saber se as carências existentes serão resolúveis por esta via. A contratação de estrangeiros teve resultados escassos. Quem poderá acreditar que haverá condições (recursos financeiros e capacidade de mobilização) para resultados significativos na contratação de reformados? Não é verdade que a passagem voluntária à reforma tem de considerar-se uma decisão individual ponderada?
Importante, ou mesmo fundamental, seria definir (se é que não estão já definidas) as razões que impedem os médicos portugueses – tenho principalmente em mente os médicos do sector público da saúde – de atingirem a mesma produtividade que os seus colegas franceses atingem. Percebe-se, no entanto, que não é isso que está em agenda, e, sendo assim, passemos adiante.
CC, para aumentar a produtividade, apostou na reorganização da rede de SU, no pressuposto (correcto) de que as horas de trabalho médico que aí deixassem de ser afectadas ficariam disponíveis para a actividade programada, nos HH e nos CS, com melhor resposta às necessidades e maiores ganhos em saúde. É verdade que a reforma da RSU, no estudo/proposta que lhe foi apresentado, não se resumia no encerramento de SU (proposta e decisão que, mesmo neste ponto, não abrangeram, e deviam ter abrangido, também os grandes centros urbanos, igualmente carecidos de medidas de racionalização, e não só o interior do País) e, do mais, pouco foi executado; também é verdade que a parte da reforma executada não o foi da melhor maneira, não tendo atingido os resultados que a motivaram. Mas há que reconhecer que a aposta de CC se inseria numa estratégia, de priorizar os CSP aumentando a sua capacidade de intervenção, não sendo sustentável manter abertos SU com escassíssima procura durante largas horas de cada dia.
AJ parece privilegiar medidas pontuais: recrutamento de médicos estrangeiros e, agora, admitindo a contratação de médicos reformados com menos de 70 anos. Todo o problema estará em saber se as carências existentes serão resolúveis por esta via. A contratação de estrangeiros teve resultados escassos. Quem poderá acreditar que haverá condições (recursos financeiros e capacidade de mobilização) para resultados significativos na contratação de reformados? Não é verdade que a passagem voluntária à reforma tem de considerar-se uma decisão individual ponderada?
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