terça-feira, abril 21

Reforma estagnada


Semana de Abril link
.../ Mas tudo havia mudado. Ganhámos 540 mil idosos e perdemos 50 mil nascimentos por ano. A população urbana (acima de 10 mil habitantes) passou de 30 para 55%, em 25 anos. As grandes cidades esvaziaram-se, as periferias regurgitam de casais jovens, de desempregados e de fugidos da escola, com velhos e novos problemas: cultura suburbana marginal, ambiente desprotegido, ‘habitat' mal planeado, insegurança cívica, doenças transmissíveis, gravidez adolescente. Novos problemas para um SNS programado para densidades de há trinta anos. Nascem soluções de recurso, medíocres, como os SAP. A qualidade degradou-se, as listas de espera ampliaram-se, as desigualdades agravaram-se, a satisfação erodiu-se. A reforma tornou-se premente, mais difícil a cada ano sem ela.
Sou suspeito para dela falar. Unidades de saúde familiar, cuidados continuados, saúde dentária, redução de listas de espera, cirurgia de ambulatório, melhor acesso a mais baratos medicamentos e protecção de não-fumadores foram alguns dos seus pontos altos. E ainda o controlo da despesa. Como estaríamos hoje se essa boa prática não tivesse sido instalada?
CC, DE 20.04.09

Depois da saída de CC a reforma foi congelada.
Como tudo poderia ter sido diferente, caso CC tivesse tido melhor recato. Dificilmente lhe perdoaremos a oportunidade desperdiçada!