quinta-feira, junho 7

Greve Nacional dos Médicos, 11 e 12 de Julho


Comunicado conjunto das organizações médicas- Em defesa do Serviço Nacional de Saúde e dos Portugueses
...
- Exigir a imediata anulação do concurso ministerial de contratação de empresas privadas e a implementação dos concursos legais de recrutamento dos médicos, aplicando na prática a legislação sobre as Carreiras Médicas...
As duas organizações sindicais médicas decidiram também convocar uma GREVE NACIONAL DOS MÉDICOS para os dias 11 e 12 de Julho e face à qual a Ordem dos Médicos, compreendendo e partilhando as preocupações dos Sindicatos Médicos, não pode deixar de se solidarizar com esta e as outras medidas decididas, certa que está que os interesses dos doentes estarão sempre defendidos.
Lisboa, 6 de Junho de 2012 Federação Nacional dos Médicos – FNAM Ordem dos Médicos – OM Sindicato Independente dos Médicos – SIM link
-SIM: Abre-te Sésamo: link ; -Comunicado da FNAM: O Governo prepara-se para desencadear a integral destruição do SNS link

É necessário combater esta política de destruição do SNS. Este governo tem demonstrado intenção de avançar com a sua agenda liberal a coberto das medidas da troika até onde o deixarmos ir. Daí o elogio repetido do primeiro ministro à passividade do povo português.

Etiquetas:

3 Comments:

Blogger DrFeelGood said...

João Semedo assumiu esta posição através de uma declaração política no Parlamento, feita pouco depois de a Ordem dos Médicos, o Sindicato Independente dos Médicos e a Federação Nacional dos Médicos terem anunciado uma greve para os dias 11 e 12 de Julho.

“O Governo lançou um ataque mortal contra o SNS. Um ataque em três direcções, articuladas entre si, todas e cada uma apontadas ao desmembramento do SNS: a nova carta hospitalar, a mega contratação de empresas privadas para colocar médicos à hora no SNS e a redução dos cuidados garantidos pelo SNS”, afirmou.

No final da sua declaração, João Semedo concluiu: “Não é o SNS que está a mais na sociedade portuguesa. Quem está a mais é Paulo Macedo e a sua política”.

O deputado do PS António Serrano respondeu a esta declaração dizendo a João Semedo que “não está sozinho” e que apresentou “preocupações legítimas” sobre a preservação do SNS.

António Serrano acrescentou que também o Presidente da República, Cavaco Silva, “em duas intervenções, veio alertar” para essa preservação.

Por sua vez, a deputada do PCP Paula Santos alegou que o ministério chefiado por Paulo Macedo tem como única preocupação reduzir despesas e serviços e acusou o Governo PSD/CDS-PP de “violar o direito à saúde” inscrito na Constituição.

jp 06.06.12

4:18 da tarde  
Blogger DrFeelGood said...

Os médicos do Serviço Nacional de Saúde vão fazer greve nos dias 11 e 12 de julho, soube o Expresso. A paralisação é apoiada pela Ordem dos Médicos e pelos dois sindicatos do setor - o Sindicato Independente dos Médicos e a Federação Nacional dos Médicos.

Trata-se de uma forma de protesto contra as novas regras de contratação dos clínicos pelos hospitais, que deixa à margem da negociação a contratação coletiva e as carreiras.

Os sindicatos falam ainda num ato de defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dizem ser ilegal a contratação de 2,5 milhões de horas a empresas privadas através de um anúnio que foi publicado em "Diário da República".

O protesto foi entretanto anunciado esta tarde numa conferência de imprensa conjunta na sede da Ordem dos Médicos, em Lisboa.

"Paulo macedo está a mais"

"O Governo lançou um ataque mortal contra o SNS. Um ataque em três direções, articuladas entre si, todas e cada uma apontadas ao desmembramento do SNS: a nova carta hospitalar, a mega contratação de empresas privadas para colocar médicos à hora no SNS e a redução dos cuidados garantidos pelo SNS", afirmou o deputado do BE João Semedo, numa declaração política no Parlamento.

João Semedo considera que "não é o SNS que está a mais na sociedade portuguesa. Quem está a mais é Paulo Macedo [ministro da Saúde] e a sua política".

expresso 06.06.12

4:45 da tarde  
Blogger e-pá! said...

BASTA!

A cega e brutal austeridade quando incide sobre pilares sociais fundamentais – ninguém terá explicado ‘isso’ ao Governo? – provoca profundas (graves) fracturas e cruentas lacerações. Ninguém aceita de ânimo leve ser amputado mesmo que lhe seja prometida (ou exibida em prospecto) uma boa prótese, como seria p. exº., a miragem de uma ‘eficiente, moderna e ágil’ resposta privada, omnipresente em todas as opções/’soluções’ governamentais eivadas de um cariz (político) obsessivamente privatizante.

Existem ‘coisas’ (‘coisas’ é um calão do actual governo), já agora ‘coisas’ fundamentais, que passam por uma a pertença colectiva e se tornam ‘estruturantes’ (outro calão) para a coesão social e política de um povo. ‘Coisas’ que, quando ameaçadas, ou postas em causa, lançam (empurram) a sociedade para uma atitude de imperativa resistência.
E quando - no ímpeto da cegueira ideológica - um Governo ousa pensar que tudo é possível (que existe uma incomensurável ‘paciência’…) está, o futuro o dirá, a erguer o mausoléu onde, rapidamente, irá jazer. O que nem seria tão mau como ‘isso’ (antes pelo contrário!) se acaso não existisse o risco de arrastar na inevitável enxurrada que acompanhará a sua ‘queda’ tudo e todos (incluindo as ‘almofadas’ sociais – SNS, Sistema Educativo e Segurança Social).

Neste momento, a história dos anéis e dos dedos poderá ser uma vulgar história da carochinha e, o que contará objectivamente, será o (primário) instinto de lutar para preservar algo de fundamental no (nosso) modelo social de uma avalanche neoliberal que no caminho tudo arrasa e destrói em nome de ‘amanhãs’ gloriosos, em que cada um dos cidadãos se cuidará entregue a si próprio, confiante na fortuna pessoal, imerso numa emaranhada e armadilhada selva criada pelos inefáveis ‘mercados’ (da saúde, p. exemplo).

A greve anunciada pelos sindicatos médicos (SIM e FNAM) e apoiada pela OM link , não será o ‘fermento pré-insurreccional’ que todos procuramos perscrutar no comportamento social (ainda) embotado no País, nem sequer, no contexto nacional, terá um impacto cívico importante, enquanto não conseguir juntar e mobilizar todos os profissionais da área pública da Saúde. Mas a sua oportunidade é tremenda quanto mais não seja pelo alerta que pretende lançar face às mais recentes e despudoradas ‘investidas’ do Governo sobre o SNS (‘carteira básica de serviços’, ajustes na amplitude dos tratamentos oncológicos, taxas moderadoras, outros bloqueios na acessibilidade, contratações ad hoc, etc.) que - subsidiárias engenhosas (falsas) questões à volta da sustentabilidade financeira - abalam os seus alicerces, comprometem irremediavelmente a sua universalidade e degradam a qualidade das prestações.

Caminhamos até aqui, resignadamente (como se vangloriou PPC), porque assumimos uma atitude sensata e prudente (dando o benefício da dúvida) observando atentamente e de perto os reais efeitos da aplicação de austeras medidas de contenção orçamental na Saúde. Uma postura expectante – separando o acessório do essencial - que não deve ser confundida com indiferença.
A corda foi esticada até aos limites da resistência, ultrapassando o humanamente tolerável. Tornou-se impossível contemporizar mais – e por mais tempo - sem hipotecar princípios fundamentais que regem, estruturam e dão coesão ao tecido social numa vergonhosa e comprometedora abulia ou, pior, de resvalar, no terreno ético e político, para o colaboracionismo.
Chegou a altura de dizer: BASTA!

11:23 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home