Saúde, mais cortes a eito
Paulo Macedo voltará a ter um orçamento mais curto no próximo ano. Educação e Segurança Social também terão corte na dotação.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) voltará a sofrer um corte na dotação orçamental em 2013, na ordem dos 200 milhões de euros, apurou o Diário Económico.
Os serviços do Estado submeteram ao Ministério das Finanças as respectivas propostas de orçamento para o próximo ano há duas semanas, propostas estas que estão agora a ser validadas por Vítor Gaspar. A proposta final do Orçamento do Estado para 2013 (OE/13) terá de ser entregue na Assembleia da República até 15 de Outubro.
O Diário Económico sabe que Vítor Gaspar pediu a Paulo Macedo nova contenção na despesa, em linha, aliás, com o que está inscrito no Documento de Estratégia Orçamental (DEO) para 2012-2016. De acordo com os limites de despesa inscritos no quadro de programa orçamental, os três ministérios das áreas sociais (Saúde, Educação e Solidariedade e Segurança Social) sofrerão cortes orçamentais no próximo ano.
Nos últimos dois anos, o SNS tem vindo a sofrer cortes nas dotações orçamentais. O OE/12 deu menos 753 milhões de euros ao SNS, o que implicou uma política de contenção nos hospitais e centros de saúde. O financiamento dos hospitais - via contratos-programa - sofreu uma redução média de 8% e, ao mesmo tempo, as instituições de saúde do sector empresarial do Estado tiveram de apresentar planos de corte nos custos operacionais de 11%. Catarina Duarte , Diário Económico 20.08.12
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Definitivamente a área social não interessa a Passos Coelho. Que haja menos transplantes, que a escola pública se veja amputada em milhares de professores, que haja cada vez mais desempregados sem qualquer tipo de subsídio, são questões menores para este governo. Interessa sim que a clientela política se mantenha satisfeita e que os lugarzinhos na administração pública lhes estejam garantidos. O regabofe é tal que as hostes mais esclarecidas da maioria de direita no poder não conseguem ficar indiferentes:
Marcelo Rebelo de Sousa comenta nomeações dos ACES, ARS Norte, no Jornal das 08 da TVI (19.08.2012):
Pergunta de telespectador: Não acha partidárias as nomeações para as direcções dos Agrupamentos dos Centros de Saúde do Norte?
MRS: Eu não sei se são partidárias mas que são muito pouco justificadas … são. Eu estive a ler os CV de vários dos nomeados. Não só não têm na generalidade nenhuma experiência no domínio da saúde, estamos a falar de directores executivos de agrupamentos de centros de saúde, mas não quer dizer nada, podiam ser óptimos gestores com currículos formidáveis noutros domínios, como não são currículos particularmente impressivos e, portanto, permitem a leitura de que houve ali uma distribuição de lugares entre PSD e CDS. Permitem.
Judite de Sousa: E o que é que deve acontecer?
MRS: O que deve acontecer é que o ministro da saúde deve evitar esse tipo, se é culpa dele ou pode ter sido imposto por alguém ou impingido por alguém, tem de se evitar isso. Num momento destes de crise não é possível ter em lugares de chefia, de responsabilidade, pessoas cujo currículo dificilmente se molda. E não é um caso são vários casos. Acho que não são … (imperceptível).
Tavisto
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