Paulo Macedo está a destruir o SNS
«Médicos
unidos para apoiar formas de contestação ao Ministério da Saúde»
Os médicos
da Região Centro estão «unidos e disponíveis para apoiar todas as formas
eficazes de contestação ao Ministério da Saúde», afirma o presidente da Secção
Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), Carlos Cortes, num comunicado
enviado à Imprensa. Esta é uma posição conjunta assumida pela SRCOM e pelos
Conselhos Distritais de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e
Viseu, que vai ser apresentada na reunião do Conselho Nacional Executivo da OM,
no próximo dia 30 de Maio.
Para Carlos
Cortes, «o actual ministro da Saúde está a destruir o Serviço Nacional de Saúde
e a legislar de forma irresponsável, colocando em causa a qualidade dos
cuidados a prestar aos doentes». Perante a decisão de os médicos de Medicina
Geral e Familiar começarem a ser responsáveis por consultas de Medicina do
Trabalho, o presidente da SRCOM denuncia que esta «viola claramente as boas práticas do
exercício da Medicina e é tomada ao arrepio das regras técnicas e científicas
já implementadas e validadas pela OM, pois cada especialidade tem as suas
competências». O responsável considera que «o Ministério volta a demonstrar um
amplo desconhecimento da área da Saúde e a legislar sem consultar os seus
parceiros: OM e sindicatos médicos».
Segundo
Carlos Cortes «esta é mais uma medida inaceitável a juntar à Lei das
Incompatibilidades, link
ao esvaziamento do papel da OM na formação médica, à transferência de
competências médicas para outras profissões de saúde, à definição de uma nova
rede hospitalar link
inadaptada às realidades do país, ao estrangulamento progressivo do
financiamento dos hospitais, ao desinvestimento nos cuidados de saúde
primários, à recusa de definição do Acto Médico ou ao falso Código de Ética que
tem como objetivo manietar e silenciar os profissionais de saúde». E acrescenta:
«Existe a vontade de proletarizar os médicos ou de empurrá-los para a
emigração.»
«O sector da
Saúde deixou de ser tratado com a humanização que lhe deve ser exigida e as
questões exclusivamente economicistas passaram a ditar as regras. Estamos num
ponto sem retorno, em que não podemos ficar a assistir a este atentado contra a
qualidade da prestação de cuidados de saúde aos portugueses. Chegou o momento
de as estruturas médicas se unirem contra as decisões do atual ministro e
mobilizarem os médicos e os doentes para novas formas de contestação, como o
fizeram em 2012», alerta o responsável. link
TM 28.05.14Etiquetas: Paulo Macedo, s.n.s
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