Abril, a triste realidade
«A mais de uma centena
de hospitais privados representa cerca de um terço do total de camas
hospitalares e de consultas externas realizadas no país e já gere a maioria das
unidades de saúde com internamento.
Os hospitais privados ao
serviço da saúde dos portugueses.
Os dados mais recentes
confirmam que os hospitais privados em Portugal têm vindo a merecer crescente
confiança por parte dos cidadãos.
Por ocasião do Dia
Mundial da Saúde — 7 de abril — o INE atualizou os números sobre o sistema de
saúde português e concluiu que os hospitais privados, por ano, já prestam mais
de 6,1 milhões de consultas externas, já recebem mais de 1,1 milhões de
episódios de urgência e já realizam quase 250 mil cirurgias.
Os hospitais privados
representam, assim, cerca de um terço do total de camas hospitalares e de consultas
externas realizadas no país. Em termos nacionais, não é possível falar do
sistema de saúde sem dar o devido relevo à hospitalização privada, que já gere
a maioria das unidades de saúde portuguesas com internamento.
O cidadão que, no seu
dia a dia, acorre aos hospitais privados sabe exatamente o que procura e a
razão da sua escolha. Vai pelo atendimento, vai pelos profissionais e pela
organização dos serviços e vai pela disponibilidade de equipamentos
especializados. A título de exemplo, os hospitais privados em Portugal dispõem
de 56 equipamentos para angiografia, 56 equipamentos para mamografia, 38
ressonâncias magnéticas, 68 TAC, quatro equipamentos para tomografia por
emissão de positrões, 15 equipamentos de litotrícia, etc.
Note-se que os dados
referidos dizem respeito aos hospitais privados (111) e não contemplam os
hospitais que, sendo do SNS, beneficiam de gestão privada (4).
Estes são os números do
INE mas temos gosto em torná-los desactualizados. A boa notícia para os portugueses é que os hospitais privados continuam a investir. Estão a aumentar
a rede geográfica para quase todos os distritos de Portugal Continental (e
também nos arquipélagos) e evoluem para um conceito de proximidade, que aumenta
o acesso e permite uma gestão integrada em redes. Investe-se também em
tecnologias cada vez mais inovadoras e na formação dos profissionais, ao nível
do que melhor é feito a nível internacional.
É um erro não assumir
que o sistema de saúde português tem uma componente privada muito importante.»
Óscar Gaspar Presidente
da APHP, expresso 22 abril 2017
Aonde
vai a complementaridade... A hegemonia do sector privado da saúde aí está! Os
portugueses vão pagar caro esta mudança de paradigma levada a cabo por inúmeros
governos do bloco central, prosseguida pelo actual ministro da saúde com a
manutenção dos hospitais PPP.
«Privatizar
serviços sociais públicos não poupa dinheiro a ninguém: começa por forçar o
povo a pagar mais, quando deles precisa; depois, faz surgir gastos desnecessários,
de promoção, de marketing e de administração de menor custo na gestão pública;
depois ainda, por exigir regulação forte, mas torneável e susceptível de ser
enganada, alimentando conluios e fraudes ainda maiores aos do sistema público;
finalmente, porque discrimina os que têm dinheiro, ou o cheque, sobre aqueles
que o não têm, e, nos prestadores, separa os que podem seleccionar clientela
dos que o não podem fazer.» (Correia de Campos, JP 21.01.13).
Clara Gomes
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