domingo, abril 30

Consultas fora de horas

Médicos vão receber mais por consultas fora de horas.
 O secretário de Estado adjunto e da Saúde acredita que serão reduzidos os gastos com as unidades do sector privado e social com os quais o SNS tem acordos O Ministério da Saúde vai pagar mais aos médicos que trabalhem para além do horário de trabalho e em especial ao fim-de-semana. O secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, afirma nesta quarta-feira em entrevista ao Público que o ministério a que pertence pagará entre 12 a 19 euros por consulta para reduzir os tempos máximos de resposta para as primeiras consultas de especialidade. 
O governante afirma ainda que o objectivo é definir limites de tempo para os doentes terem acesso nos hospitais públicos a exames e outros meios de diagnóstico e terapêuticos necessários, como são, por exemplo, ressonâncias magnéticas e colonoscopias. 
Pela primeira vez, vão ser definidos prazos máximos de resposta para radioterapia (15 dias), medicina nuclear e angiografias (30 dias), endoscopias, TAC e ressonâncias magnéticas (90 dias). 
Nas primeiras consultas hospitalares deixarão de ser dados vales para o setor privado, caso não sejam cumpridos os prazos, e terá de ser encontrada uma alternativa noutro hospital do Serviço Nacional de Saúde (SNS). 
As cirurgias passam a ter um prazo máximo de resposta de seis meses e as primeiras consultas de especialidade um prazo máximo de quatro meses. 
Ao mesmo tempo, com a realização de mais actos médicos nos hospitais públicos, Fernando Araújo acredita que serão reduzidos os gastos com as unidades do sector privado e social com os quais o SNS tem acordos, ao mesmo tempo que se oferece, em particular, aos jovens médicos condições mais atractivas de forma a evitar que deixem o SNS ou tenham de acumular o seu desempenho nele com trabalho no privado. 
Lusa 26 Abril 2016 
 Uma medida que se impunha face aos escandalosos tempos de espera para primeiras consultas e exames complementares de diagnóstico, em muitas especialidades do SNS. Claro está que, estruturante, estruturante mesmo para o SNS, seria encontrar meios de resolver este problema sem o recurso a trabalho suplementar ao fim-de-semana. Mas tal só será possível através de uma reforma hospitalar (que tarda) em que a produtividade seja tida em linha de conta no pagamento aos profissionais. O mesmo raciocínio se aplica aliás ao programa em curso de recuperação de listas de espera em cirurgia (SIGIC).
Tavisto

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