domingo, dezembro 12

Quem são os Responsáveis ?


O encerramento inesperado da urgência de obstetricia e ginecologia do Hospital Amadora Sintra, merece uma reflexão atenta do Ministério da Saúde e dos utentes do SNS com vista a lançar o alerta e prevenir a ocorrência de situações futuras idênticas:
1 – Os factos:
O Hospital Amadora-Sintra, decidiu encerrar a urgência de obstetrícia e ginecologia deste hospital entre a tarde de 04 de Dezembro e as 08:00 de dia 06, devido à falta de médicos, sem que a decisão do encerramento tivesse sido comunicada a tempo à ARSLVT de forma a permitir que os hospitais e maternidades da região de Lisboa pudessem preparar-se para receber os utentes do Hospital Amadora Sintra.
"Um papel pendurado à porta da Urgência fazia o aviso oficial de que as portas só reabririam na segunda seguinte. E as ambulâncias eram obrigadas a voltar para trás, para procurar outras maternidades onde levar as mulheres em trabalho de parto." Expresso 11 Dez.
2. – As explicações dos responsáveis do Amadora Sintra:
Para os responsáveis do Amadora Sintra, a situação era mais perigosa se tivessem mantido as portas abertas. O problema teve origem no facto de dez tarefeiros que estavam destacados para o turno do fim de semana terem, à última hora, decidido que não iam trabalhar por razões salariais. A situação repentina não permitiu resolver o problema em tempo útil com os médicos do quadro. Só com três médicos destacados era impossível assegurar o serviço.
O INEM não foi avisado do encerramento por lapso. Os bombeiros souberam (não se diz como) e a ARS foi avisada através de um fax que, segundo Ana Borja, chegou tarde demais
Expresso 11 Dez
3 . – As reacções do Ministério da Saúde:
A presidente da ARSLVT, Ana Borja Santos, pareceu-nos andar a reboque dos acontecimentos.
Após ter reconhecido o incumprimento do contrato de concessão de exploração, sendo esta "violação justificada pela falta de profissionais", acrescentou que já tinham sido dadas indicações aos advogados do ministério para avançarem com o processo para a aplicação de uma coima, desconhecendo, no entanto, o montante da mesma. Público 07 Dez
A administração do hospital iria ser seriamente advertida, pondo a hipótese, caso a situação se repita, de vir a romper com a sociedade gestora liderada pelo grupo Mello. Expresso 11 dez
4. – Conclusão:
Este caso de incumprimento grave por parte de uma entidade contratada pelo estado para a prestação de cuidados de saúde, pondo em sério risco a vida dos utentes do SNS, vem por o dedo na ferida para a necessidade de haver um competente e eficaz sistema de regulação da Saúde por parte do estado.
Onde é que ele está ?

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

1. - O ministro, Luís Filipe Pereira, mandou a ARS avançar e a Dr.ª Ana Borja dar a cara.
O tótó da ERS, esteve sempre incomunicável. A factura do seu telemóvel subiu a valores incomportáveis para o seu vencimento.
A instruções do ministro foram sendo dadas a conta gotas, à medida que se conheciam as reacções à estrondosa ruptura do hospital Amadora Sintra.

2.- Diálogo entre o ministro e o Salvador de Mello:
_ Estou a fazer tudo o que me é possível para aguentar as coisas, mas não me peças impossíveis...
_ Oh, Luís, já te disse que o administrador que temos aqui, o José Carlos Martins, meteu água, agora há que tentar abafar a coisa.
_ Está bem, Salvador, vou tentar.
Pensei em mandar a Dr.ª da ARS para a frente. Sim é de confiança. Eu vou dando as instruções na rectaguarda. Sim podes continuar a contar comigo.
Olha, em breve, eu também vou precisar de contar contigo. Um abraço.

11:54 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Fechar a uma das maiores maternidades do país sem dar cavaco a ninguém não lembra o diabo.
Podia ter ocorrido situações trágicas como veio a reconhecer a presidente da ARS.
A Dr.ª Ana Borja devia ter mandado abrir de imediato um inquérito para apuramento de responsabilidades.
A reacção da senhora foi tardia como que arrancada a saca rolhas. Depois veio falar em coimas. Porquê coimas? Será que este caso só é passível de coimas? Abre-se o inquérito e logo se verá qual será a sanção a aplicar.
Mais tarde já falava em rescisão do contrato com o grupo concessionário para o caso de se verificar repetição da situação. Enfim as trapalhadas do costume a que este governo nos habituou. Que descansem em paz!

12:04 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

As ilações a tirar deste caso são as seguintes:
a) - A contratação de prestações de saúde pelo Estado deve ser revestida de todos os cuidados;
b) - Para supervisinar o cumprimento destes contratos terá de haver uma entidade independente, competente, apetrechada com os meios necess´
arios.
c) - As empresas privadas têm como objectivo principal o lucro. Quando vêm perigar as margens não estão com meias medidas. Se for necessário encerram serviços.
Este caso foi causado por questões salarias. A administração do Amadora Sintra paga abaixo da tabela máxima. Preferiu encerrar a maternidade a pagar mais...

1:20 da tarde  

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