O Portugal que Funciona
Para o ex-ministro, Luís Filipe Pereira, tudo o que diz respeito à Saúde é péssimo, a necessitar de mudança radical e urgente, em prol da almejada sustentabilidade financeira do sistema. Foi um ministro talhado para as grandes decisões na busca das grandes soluções.
Afinal, a solução para uma cobertura de saúde eficaz das populações (ajustados às suas necessidades), com baixos custos, poderá estar na experiência de alguns projectos desenvolvidos no âmbito dos cuidados de saúde primários.
Um dos exemplos de "O Portugal que funciona", tratados na revista do semanário Expresso de 12 de Fevereiro, refere-se à experiência do Centro de Saúde de Ferrão Ferro.
Situado numa zona geograficamente isolada, servindo uma população de quinze mil habitantes, maioritariamente pobre, muito carente, com poucas raízes na zona e sem infra estruturas de apoio, o Centro de Saúde de Ferrão Ferro conseguiu atingir um alto nível de eficácia e satisfação dos utentes da sua área de influência.
E como foi isto conseguido?
Muito simplesmente, procedendo à organização do atendimento em função das necessidades das populações.
As consultas desenrolam-se até às vinte horas de forma a cobrir a população trabalhadora, sendo marcadas por telefone e o atendimento efectuado à hora marcada.
Para cobrir outro tipo de necessidades, os médicos do Centro de Saúde efectuam visitas domiciliárias aos utentes com problemas específicos: grávidas, crianças, diabéticos, toxico-dependentes em tratamento com metadona e aos doentes acamados ( cuidados continuados) todos os dias da semana. No caso de ocorrerem situações agudas os utentes ligam directamente para o seu médico de família para combinar o horário da consulta urgente.
Tudo isto foi conseguido, segundo a responsável do Centro , Dr.ª Maria da Luz Pereira, sem alteração do modelo de gestão ou aumento dos custos de exploração. Apenas com competência, dedicação e sentido de responsabilidade.
Ao contrário do que pensa LFP, há coisas boas Saúde. A funcionar com eficiência e qualidade. O que é necessário é proceder à sua avaliação e fazê-las replicar.
Afinal, a solução para uma cobertura de saúde eficaz das populações (ajustados às suas necessidades), com baixos custos, poderá estar na experiência de alguns projectos desenvolvidos no âmbito dos cuidados de saúde primários.
Um dos exemplos de "O Portugal que funciona", tratados na revista do semanário Expresso de 12 de Fevereiro, refere-se à experiência do Centro de Saúde de Ferrão Ferro.
Situado numa zona geograficamente isolada, servindo uma população de quinze mil habitantes, maioritariamente pobre, muito carente, com poucas raízes na zona e sem infra estruturas de apoio, o Centro de Saúde de Ferrão Ferro conseguiu atingir um alto nível de eficácia e satisfação dos utentes da sua área de influência.
E como foi isto conseguido?
Muito simplesmente, procedendo à organização do atendimento em função das necessidades das populações.
As consultas desenrolam-se até às vinte horas de forma a cobrir a população trabalhadora, sendo marcadas por telefone e o atendimento efectuado à hora marcada.
Para cobrir outro tipo de necessidades, os médicos do Centro de Saúde efectuam visitas domiciliárias aos utentes com problemas específicos: grávidas, crianças, diabéticos, toxico-dependentes em tratamento com metadona e aos doentes acamados ( cuidados continuados) todos os dias da semana. No caso de ocorrerem situações agudas os utentes ligam directamente para o seu médico de família para combinar o horário da consulta urgente.
Tudo isto foi conseguido, segundo a responsável do Centro , Dr.ª Maria da Luz Pereira, sem alteração do modelo de gestão ou aumento dos custos de exploração. Apenas com competência, dedicação e sentido de responsabilidade.
Ao contrário do que pensa LFP, há coisas boas Saúde. A funcionar com eficiência e qualidade. O que é necessário é proceder à sua avaliação e fazê-las replicar.
4 Comments:
Escelente "post".
Xavier, parabéns.
Os cuidados de saúde primários falharam porque a nossa cultura de saúde é hospitalocêntrica.
O pessoal hospitalar, essencialmente os médicos, gostam de trabalhar no meio de alta tecnologia. Sentem-se mais diferenciados e respeitados no meio dos equipamentos hospitalares.
Como em qualquer empresa o essencial é o pessoal. Neste aspecto os cuidados primários foram descurados não se investindo o suficiente na cativação e formação de médicos de família.
Outro erro que se tem cometido é o relativo desconhecimento das necessidades em cuidados de saúde das populações. Envelhecimento, doenças crónicas, dependência a carecer de cuidados domiciliários às populações.
Há uma forte expectativa de que este governo, se mais não conseguir do que privatizaros hospitais ao menos que crie uma rede pública de cuidaos primárioa efeiciente.
Há inúmeros Serviços Públicos a funcionar eficientemente.
Muitos dos Serviços Públicos que foram privatizados é que passaram a funcionar mal , tal como aconteceu com os CTT.
Na Saúde é o caso da Unidade de Cirurgia Cardíaca do Professor Manuel Antunes nos HUC.
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