A Nova Receita Médica
É um papel estúpido! É a opinião do Dr. Pedro Nunes, Bastonário da Ordem dos Médicos.
- Gestão Hospitalar - Defende a mudança da nova receita?
- Pedro Nunes – A nova receita é um papel estúpido - e pode escrever exactamente nesses termos! - Se o Estado interfere no pagamento disto pode querer uma coisa normalizada para poder fazer as suas contas. De acordo. O que não pode é condicionar este acto. O que o médico faz é comprar os medicamentos ou a tecnologia em nome do doente, porque este não sabe. Por isso, não deve nem tem que estar previsto a substituição por coisa nenhuma! Aquela receita com aquelas cruzinhas para substituição é uma estupidez, não tem que lá estar! Porque o doente se não confia no médico deita a receita fora e vai a outro.
Se nós entendermos que o farmacêutico é suficientemente autónomo para educar o doente então este não precisa de ir ao médico, vai directamente à farmácia e compra.
Em segundo lugar, uma receita tem que permitir ao médico receitar ao doente os medicamentos necessários para uma terapêutica. Não pode estar limitado no número de embalagens ou no número de medicamentos. Isso a única coisa que faz é aumentar a burocracia. Junto com outros aumentos de burocracia fazem com que 50% do tempo de trabalho dos médicos de Medicina Geral e Familiar sejam desperdiçados em burocracia estúpida.
- Gestão Hospitalar - Defende a mudança da nova receita?
- Pedro Nunes – A nova receita é um papel estúpido - e pode escrever exactamente nesses termos! - Se o Estado interfere no pagamento disto pode querer uma coisa normalizada para poder fazer as suas contas. De acordo. O que não pode é condicionar este acto. O que o médico faz é comprar os medicamentos ou a tecnologia em nome do doente, porque este não sabe. Por isso, não deve nem tem que estar previsto a substituição por coisa nenhuma! Aquela receita com aquelas cruzinhas para substituição é uma estupidez, não tem que lá estar! Porque o doente se não confia no médico deita a receita fora e vai a outro.
Se nós entendermos que o farmacêutico é suficientemente autónomo para educar o doente então este não precisa de ir ao médico, vai directamente à farmácia e compra.
Em segundo lugar, uma receita tem que permitir ao médico receitar ao doente os medicamentos necessários para uma terapêutica. Não pode estar limitado no número de embalagens ou no número de medicamentos. Isso a única coisa que faz é aumentar a burocracia. Junto com outros aumentos de burocracia fazem com que 50% do tempo de trabalho dos médicos de Medicina Geral e Familiar sejam desperdiçados em burocracia estúpida.
Gestão Hospitalar- APAH - Março 2005
9 Comments:
O bastonário, que em princípio fala em nome de todos os médicos, não quer limitar-se a prescrever pelo pricípio activo.
Quer interferir também na escolha do Laboratório fornecedor.
Pois a não ser assim, significará a perda de uma importante fatia de poder da classe.
O poder de ser financiado pela Indústria nos Congressos, Simpósios, Seminários, Mesas redondas, Encontros, Workshops e férias planisféricas.
O poder dos médicos quer se goste ou não vem, do seu saber, da sua forma de estar na sociedade e da confiança que os doentes têm neles nos momentos de aflição.
São de facto uma corporação, goste-se ou não dos termos, goste-se ou não deles (médicos).
Espero que não queiram provar a medicina à americana, onde é hábito se dizer de chofre, que a pessoa que se tem à frente tem um cancro e que vai morrer em 2 meses, se não morrer logo ali de susto ou pegar num baraço quando chegar a casa, já começa a dar os seus frutos, fruto dos meninos dos 19 e 20s .
Este bastonário quanto a mim responde quando não deve e cala-se quando deve falar.
Quanto à questão dos medicamentos devo dizer que os genéricos não foram inventados pelo LFP e a fórmula de genéricos de marca também não e se existe corrupção da grossa que se investiguem todos os agentes a saber:
Médicos, farmacêuticos, Infarmed, orgãos de informação, indústria e sócios, armazenistas e políticos- ( não resisto ao episódio de saber quem aprovou a lei da propriedade das farmácias em 86, quem foram os deputados, diário da AR ); depois de tudo isto verifiquem as fatias, já que gostam tanto de gráficos em queijo curado.
Fiquei com dúvidas de quem é que é estupido...
O que é que não percebeu caro Abelino?
E caro Anonymous está a chamar-me estúpido?
Para a receita electrónica são necessários computadores e o sistema já existe.
O processo clínico electrónico foi a concurso há muito pelo IGIF, salvo erro no tempo da Dra M. Belém, depois pela Dra Arcanjo e no tempo do Dr CC, o Dr LFP não estava interessado porque pensava entregar os CS aos grupos conhecidos, mas ficou-se por 1/2 dúzia de CS, parece que foi morte neonatal, porque pediam muito dinheiro?!!,
Existem processos clínicos baratos e de qualidade no mercado que só terão de pagar pela licença, mas pelos vistos teve de se entregar ao escol ( rima com carcanhol) de uma certa Faculdade e ficou como está.
Fiquei um pouco confuso. O médico compra em nome do doente, mas não paga nada por fazer essa compra. Que garantia temos de que é melhor decisão? Calculo que o argumento seguinte seja a de que o médico tem em conta a situação económica da pessoa a quem passa a receita, mas nesse caso como se explica que tantas vezes a receita não seja totalmente aviada pelo doente? se o médico tivesse em consideração as posses, com certeza que proporia soluções menos custosas. Quanto à substituição, possivelmente nalguns casos deveria mesmo haver maior possibilidade de ir ao farmacêutico. Mas até seria interessante acabar com a possibilidade de substituição a troco de o médico pagar do seu bolso 1% do preço do medicamento como taxa moderadora, para ajudar o doente.
O meu comentário sobre a estupidez o dilema era o seguinte: Será que o papel foi concebido por pessoas estúpidas. Ou será que os médicos é que se armam em estúpidos fazendo não percebero que é que se pretende e o que é que estrá em causa.
Como é evidente nada tinha a ver com o comentio anterior...
Meu caro anonymous, sem animosidade, já lhe ocorreu que o médico passa um genérico e que se não puser a cruzinha a farmácia muda para o genérico dela, que lhe dá mais vantagens e às vezes este genérico, o da farmácia, é mais caro que o prescrito e de um laboratório que o médico não sabe qual, é tal a pulverização de firmas de genéricos?
Há quem prefira genéricos fabricados na França, na Alemanha, desconfiando dos espanhóis, confiando por exemplo num português que agora até foi vendido.
Há quem importe do Paquistâo e embale cá. Acha que os testes de biodisponibilidade e bioequivalência são bem feitos ou são feitos regularmente?
Sabe que há dúvidasem relação a dontes que tomavam determinada substância e ao trocar para outra marca vieram ter com o édico a pedir para o substituir porque a TA por exemplo não se conseguia controlar?
Se houver responsabilidade ela é do prescritor e não do farmacêutico que faz a troca. E depois comoprovar se entretanto as provas já desapareceram.
Já agora só lhe dou um exemplo falado há uns tempos do propofol, sabe que excipiente é o óleo de soja? Pois é. Pois ele há óleo puríssimo e pouco, mais ou menos puro, e o ónus da culpa recai sobre a substância activa ou seja a que faz efeito, e o resto?
Porqque razão está completamente contraindicado nos EU e na UE nas crianças? se calhar a memória imunológica é diferente. Ufff...
Que faça concurso anual ou outro e que se prescreva apenas um para comparticipação, como deveria ser caso dos hospitais no aprovisionamento.
Desculpem os erros mas há coisas que me fazem ferver.
Sem discordar diga-me se souber se foi só o IGIF, porque eu conheço a ferramenta, e porque não foi a concurso e se foi porque é que empancou, e já agora corrija-me porque ouvi falar em valores de cerca de 700.000 contos de réis (gastos) e quem era o parceiro do Instituto referido e por fim porque não foi implementado no país.Já agora se souber diga-me porque carga de água não funcionou a ligação SINUS/SONHO, tenho a noção que a grande resistência veio dos hospitais, e olhe que aqui sei do que falo.
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