Falta uma Jornada
Apesar de não jogar bem o Benfica ganhou 1 X 0 ao Sporting.
Estamos a uma jornada do título. Depois temos a final da taça de ... Portugal.
O Benfica e o Sócrates têm a sorte dos campeões. A nossa economia vai crescer mais de 3% ao ano até 2006. Garantido.
Quarta feira vamos torcer pelo Sporting na conquista de mais uma taça europeia.
4 Comments:
Há bons nacos de prosa motivada por esse grande acontecimento desportivo, paixão mundial, que é o futebol.
Como a seguinte publicada no DN
Voo da águia para o título
Golo marcado com a nuca do defesa brasileiro Luisão pode valer ouro
sílvia freches DN-Paulo Spranger
SEM DEFESA. Ricardo voa, mas voa baixo de mais para a habilidade e sentido de oportunidade de Luisão, que pleno de oportunidade utiliza a cabeça para derrotar os leões
"Amigo, eis a verdade eterna do futebol o único responsável é o goleiro, ao passo que os outros, todos os outros, são uns irresponsáveis natos e hereditários. Um atacante, um médio e mesmo um zagueiro podem falhar. Podem falhar e falham vinte, trinta vezes num único jogo. Só o goleiro tem que ser infalível. Um lapso do goleiro pode significar um frango, um golo e, numa palavra a derrota."
Adaptando as palavras de Nelson Rodrigues, escritor e dramaturgo brasileiro, a falha de Ricardo, a sete minutos do fim do encontro, ditou a derrota do Sporting e o início dos festejos do Benfica, que, domingo, no Bessa, se pode sagrar campeão nacional, onze anos depois do último título.
O guarda-redes do Sporting, que reclama falta de Luisão no lance de todas as emoções no derby mais decisivo de sempre, terminou com o sonho dos leões. Muito se irá agora discutir a decisão do árbitro, mas para a história só ficará mesmo o triunfo, por um golo solitário, mas que pode valer tanto como todos os que os encarnados já marcaram esta época. A uma jornada do fim, pode valer ouro a nuca de Luisão; e para o leão as luvas escorregadias de Ricardo vão saber a fel durante muito tempo.
O voo assustado da águia, que falhou a abordagem ao palanque que tão bem conhece, arrefeceu por alguns instantes o escaldante ambiente da Luz. Afinal, diz a tradição que, se a Vitória não for bem sucedida no seu show, o Benfica perde. Mas esta época, na Superliga, nenhuma tradição se cumpriu, e os encarnados que há 11 anos falham as grandes aterragens até o mau presságio da Vitória conseguiram contrariar.
Durante quase meia hora, o espectáculo da águia foi imitado pelas equipas. Benfica e Sporting acusaram a responsabilidade. Entraram em campo muito nervosos, falhando passes com uma frequência arreliadora, tornando o jogo um exercício de paciência. E acabou por ser o Benfica a revelar-se menos paciente, uma virtude neste caso.
Com o seu melhor onze, os encarnados demonstraram mais querer, melhor organização. Contudo, Nuno Gomes estava demasiado desamparado, o que permitiu uma primeira parte descansada a Ricardo.
Demorou muito o Sporting a mostrar o seu futebol. Cauteloso, Peseiro optou por deixar Pinilla no banco, pedindo a Douala que usasse a velocidade. Mas o camaronês, bem marcado pela concentrada defensiva encarnada, não soube fazer esquecer Liedson. Além disso, a deslocação de Moutinho do centro para uma das extremidades retirou criatividade ao futebol do Sporting, que só no segundo tempo ameaçou Quim. E, nesse período, foi o guarda-redes benfiquista o responsável pela ausência de golos. Três excelentes defesas a remates de Sá Pinto, Douala e Hugo Viana, numa altura em que o Sporting, já com Pinilla em campo, evidenciava mais frescura e atrevimento, deram novo alento à águia.
Mas o golo do Benfica não surgia, muito por culpa de Simão, que falhou as melhores oportunidades criadas. Nestas jogadas Ricardo nem teve interferência, porque o avançado da Luz, sempre em posição privilegiada, rematou ao lado. Porém, o número um dos leões acabaria por ser, pela negativa, um dos intervenientes na jogada de todas as emoções, ao não segurar um livre de Petit, que Luisão, de costas voltadas para a baliza, marcou.
O Jornal Público diz que o golo do Luisão foi autogolo do Ricardo.
Subtilezas do jornalismo desportivo.
Para mim foi gooooolo do Benfica. Limpo.
Que pode valer um canpeonato, caso o Benfica no próximo domingo demonstre estofo de campeão.
Benfica vence Sporting e está a um empate de ser campeão
Um autogolo do guarda-redes Ricardo afasta os "leões" do título e dá aos "encarnados" a vitória que lhes permite ir ao Bessa, na última jornada, como líderes da SuperLiga e quase campeões
E o título ali tão perto. A um ponto, talvez nem isso (dependendo do resultado do FC Porto no Dragão, com a Académica). Um cruzamento de Petit desviado por Ricardo para dentro da sua baliza colocou um ponto final nas esperanças do Sporting em ser campeão e deu o resultado que o Benfica pretendia para ir ao Bessa defrontar o Boavista, na derradeira jornada da SuperLiga, com uma mão no troféu de campeão nacional de 2004/05.
Faltavam menos de dez minutos para o final do encontro, já o FC Porto vencia por 2-0 em Vila do Conde (adiando a decisão do título para a última ronda da prova), já Mantorras estava em campo (naquele que foi a única injecção de vigor que Giovanni Trapattoni aplicou à sua equipa), já os benfiquistas duvidavam que fosse possível derrotar o rival Sporting. Um lance infeliz de Ricardo deu a volta a um jogo que na ponta final estava a pender para o Sporting, a equipa que chegou à Luz numa situação mais confortável (já que um empate colocava o seu futuro apenas nas suas mãos).
A verdade é que os "leões" nunca foram inferiores aos homens da casa. Pelo contrário. Houve períodos no jogo em que tiveram o comando do jogo, embora em ocasiões de golo as coisas se tenham dividido. Mas um lance de bola parada (não tem sido assim nos últimos tempos para os benfiquistas) resolveu o encontro para os "encarnados".
Apelidado de derby do tudo ou nada, havia muito a perder no jogo de ontem e isso notou-se na forma como as duas equipas entraram em campo. Não tanto na constituição dos dois "onzes" - o Benfica apresentou a equipa que tem sido mais utilizada por Giovanni Trapattoni e o Sporting actuou com Douala e Sá Pinto no ataque (já que Liedson estava castigado), existindo apenas a nuance de José Peseiro ter colocado no meio-campo Moutinho à esquerda, Barbosa a titular e à direita e Rochemback na zona central. As cautelas iniciais ficaram patentes pela forma como os jogadores preferiram sempre jogar pela certa, sem arriscar o passe.
A situação era mais benéfica para o Sporting, a quem o empate na Luz servia. Daí que o calculismo que o Benfica colocou no seu futebol neste período fosse mais incompreensível. O primeiro remate à baliza de Ricardo ocorreu apenas aos 21", por intermédio de Manuel Fernandes, de fora da área. Mas os "encarnados" não eram capazes de fazer mais, apresentando falta de ligação nos lances que tentavam construir. As coisas não saíam bem aos jogadores do Benfica, que iniciavam os seus lances de ataque muito longe da baliza de Ricardo, chegando poucas vezes com sucesso junto da área adversária.
O Sporting tinha mais tempo a bola nos seus pés e viu João Moutinho e Douala desperdiçarem boas oportunidades de golo - Quim fez uma grande defesa frente ao camaronês. O suficiente para gelar as bancadas da Luz que até ao intervalo assistiram a uma partida sempre muito equilibrada, mas excessivamente prudente de ambos os lados.
Na segunda parte, o Benfica pareceu ter despertado um pouco. O clube da Luz sabia que tinha 45 minutos para chegar à vitória e iniciou o segundo tempo com mais velocidade. Simão e Petit assustaram Ricardo, mas o fulgor benfiquista ficou-se por aí e aos poucos o Sporting foi pegando no jogo.
Peseiro substituiu Rui Jorge por Tello, colocando um ponto final nas investidas que Geovanni e Miguel arriscavam por aquele flanco. E desde esse momento o Benfica deixou de incomodar o guarda-redes sportinguista. Foram os "leões" que pegaram nas rédeas do jogo, sem nunca forçarem, sempre ao seu ritmo, controlando mais do que dominando.
Um livre de Rochemback ardeu nas mãos de Quim, num sinal claro de que era o Sporting quem mandava no jogo. E Peseiro mexeu outra vez na equipa. Parecia estar à procura da vitória (mesmo não precisando dela), sentindo que era a sua equipa que estava mais forte no campo. Pinilla, para refrescar o ataque, e Hugo Viana, para dar outra consistência ao meio-campo (só faltou perceber porque Barbosa ficou em campo pois 90" já não são para ele), enquanto Trapattoni só a 12 minutos dos 90 arriscou em Mantorras.
A entrada do angolano não teve tempo para produzir os efeitos que lhe são habituais. O lance infeliz de Ricardo (não parece que Luisão tenha tocado no guarda-redes) sentenciou o jogo, que a partir desse momento terminou. A expulsão de Beto, nos minutos finais, surgiu num momento em que os jogadores sportinguistas já estavam de braços caídos, rendidos à sua sorte, quando nas bancadas se viviam, euforicamente, os instantes finais do encontro.
Os comentários anteriores estão correctos mas o resto do post, dos 3% ao ano só pode ser anedota, já agora a criação de 150000 postos de trabalho, porque não?
Águias regressam à Champions
Onze épocas depois o Benfica volta a jogar na Liga dos Campeões
elisabete silva DN-Paulo Spranger
festejos. Luisão marcou e colocou o Benfica na Liga dos Campeões
O título ainda está a, pelo menos, um ponto de distância, apesar dos benfiquistas terem antecipado a festa da conquista do campeonato após o triunfo frente ao Sporting, no sábado. Porém, há uns festejos que podem mesmo ser feitos, sem que existam quaisquer "ses" a presença na Liga dos Campeões está assegurada. Ficando em vantagem no confronto directo com os leões, o Benfica poderá terminar em primeiro lugar ou em segundo e atravessará sempre a passadeira vermelha rumo à Liga dos Campeões, sem ter de fazer uma pré-eliminatória, que já deu alguns dissabores ao clube em tempos recentes. E que jeito darão os milhões da Liga milionária ao Benfica, em falência técnica há vários anos.
Desde a criação da Liga dos Campeões, que substituiu a Taça dos Campeões Europeus em 1992/93, o Benfica só participou na prova em uma ocasião. Como campeão português, jogou na Liga europeia em 1994/95, quando Artur Jorge era o treinador - foi eliminado nos quartos-de-final pelo AC Milan -, desperdiçando nas últimas duas temporadas a possibilidade de integrar a fase de grupos - como segundo classificado o clube da Luz teve acesso à pré-eliminatória, onde foi afastado pela Lazio (03/04) e pelo Anderlecht (04/05), sendo relegado para a Taça UEFA. Camacho e Trapattoni foram os treinadores. É o regresso do Benfica ao convívio com os grandes clubes do velho continente, depois de um longo jejum, sendo que em 2001/02 e 02/03 os encarnados nem à UEFA foram (a Taça das Taças foi, entretanto, extinta).
As boas campanhas das equipas lusas na Europa nos últimos anos, principalmente do FC Porto, permite que na próxima temporada duas formações de Portugal estejam na fase de grupo da Champions e uma terceira irá à pré-eliminatória. O Benfica é o primeiro grande beneficiado desta situação e sendo uma prova que muito dinheiro pode proporcionar às equipas que nela participam, a garantia de estar no torneio alimenta a esperança encarnada de começar a reduzir o passivo do clube, que está em 375 milhões de euros.
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