quinta-feira, maio 12

Se alguém tinha ilusões...


Manuel Delgado, presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalareas (APAH), solicitou uma reunião ao ministro da saúde, António Correia de Campos, para tratar de assuntos relativos à carreira dos AH.
Segundo SaudeSA conseguiu apurar a delegação da APAH foi recebida pela secretária de estado adjunta, Carmen Pignatelli, a quem, segundo parece, foram delegadas as matérias relacionadas com a gestão dos recursos humanos.
Concluída a reunião a decepção da delegação da APAH era total. A subsecretária fez questão de deixar a recomendação de que os AH devem encarar a hipótese de reequacionar a carreira de molde a adquirirem novas competências e, assim, melhorarem a sua competitividade no acesso aos lugares de gestão nos hospitais do SNS, geridos por entidades públicas, privadas e sociais.
Ora tomem lá que é para aprenderem. Já começo a acreditar na história dos mabecos que alguém contou aqui na SaudeSA.
Não vou acrescentar mais nada, para não borrar a pintura.

14 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se dúvidas haviam, cá está.
O ministro admite que o que andou a ensinar na ENSP durante tantos anos, não serve para nada.
Nem ele próprio acredita que o curso em que lecciona seja capaz de dotar os profissionais de competências para a gestão dos hospitais.
Já agora, onde é que a Drª Carmen propõe que sejam adquiridas competências?
Quantos são os gestores públicos (ou privados) que depois de uma licenciatura, são alvo de exame para aceder a uma pós-graduação (de 2 anos que não é feita ao fim-de-semana) que inclui uma dissertação e um estágio profissionalizante obrigatório.
Basta olhar para os anúncios que são publicados, p.ex. no Expresso sobre pós-graduações em Gestão e ficamos completamente elucidados sobre as competências acrescidas que os "estudantes" adquirem. Algumas nem avaliação têm. Basta aparecer.
Neste nosso fórum de discussão, adivinhamos tudo o que iria acontecer. Tivemos, algumas, ténues esperanças que algo poderia mudar. No final...

Será que é desta que os Administradores Hospitalares se vão unir para CONTESTAR, PROTESTAR, REIVINDICAR o seu direito à oportunidade de demonstrar se são ou não os melhor preparados para gerir hospitais.
- Que a carreira (função pública) tenha acabado;
- Que não haja mais concursos de ingresso;
- Que as promoções sejam feitas de acordo com outros métodos;
Não há problema.
Que nos ignorem, e permitam que os amigos (desta vez rosas) preencham os lugares com consequências terríveis nos dinheiros dos contribuintes, isso é que não.
E não adianta vir com treta que a APAH é uma Associação profissional, não é um sindicato, e por isso tem poderes limitados de intervenção.
Se cada A.H. se desse ao trabalho de denunciar a situação em jornais, revistas, conferências, congressos, logo veríamos se CC não voltava atrás. (como de costume). Um pouco de pressão num qualquer jornal e a situação resolvia-se.
No entanto, ninguém está para se aborrecer muito. O lugarzito está garantido, se o hospital dá mais ou menos prejuízo, que se lixe, que no final a conta é a dividir por todos.
Apelemos a todos os A.H. que participam neste BLOG para que deixem uma mensagem da sua indignação. Apelemos a todos os que ainda não participam para que se tornem participantes, pelo menos uma vez, e contribuam para este protesto.
Deixemos de ser “totós”. Se uma afronta a uma classe profissional, como é esta acontece a médicos ou enfermeiros, o espectáculo que não seria. Pouco tempo duraria o Ministro.
Como já alguém disse por aqui, este pode ser que não chegue ao Natal.
Protestemos e aguardemos a reacção da APAH

11:52 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Xavier, a história dos mabecos, foi levada co despeito por alguns comentadores deste blog, foi considerado uma afronta.
Se bem me lembro, como dizia o saudoso escritor e poeta Vitorino Nemésio, estes animais são atraídos pela carniça, e resmungam enquanto não chega a vez deles, comportamento muito semelhante às hienas.
Já vi trapalhadas que cheguem nesta equipa, mas como sou, ou tento seguir a filosofia dos estoicos, não as considero trapalhadas só.
Nada acontece por acaso, mesmo a estupideze a falta de tacto, desta gente que nos vai governando.
Parece que foi ontem que CC falou, na gestão dos CS entregues aos autarcas.
Vamos ver o que vai fazer quando se souber, outra vez, do déficit, outra situação, situacionista, passe a redundância, a que já nos habituou, um governador do Banco de Portugal, que já deveria ter sido substituido há muito tempo, mas agora está com o governo dos amigos, será difícil.
O problema deste país, quer se queira quer não, começou há 31 anos, estou a falar, em termos económicos, para não ferir susceptibilidades, quando se destruiu o aparelho produtivo, devido aos interesses de meia dúzia de mabecos, descontentes com um célebre decreto, depois foi o caos e o que se seguia até hoje.
Tenho a certeza que os interesses dos grupos, que costumam roubar o estado, com a conivência dos políticos instalados se vão continuar a sobrepor aos interesses do país.
É só ter paciência e esperar...

11:56 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Eu penso que o ponto de situação é o seguinte:
Correia de Campos transformou os Hospitais em hospitais EPE para unificação do estatuto jurídico dos hospitais do SNS.
Os anteriores gestores SA nomeados por LFP foram o fracasso que se sabe: falta de perfil para a gestão de uma área social.
Os AH são reconhecidamente os mais aptos para a gestão dos hospitais.
Paralelamente ao processo de transformação dos SA´s em EPE´s o que Correia de Campos tem a fazer é proceder à nomeação dos AH para os Concelhos de Administração destes hospitais.
Se o não fizer tratar-se-à de um procedimento que poderemos considerar eivado de má fé.
Só nos restará então manifestar o nosso claro repúdio por tal decisão.
Entretanto há que aguardar calmamente.
Apesar de tudo tenho esperança de que vai prevalecer obom senso.

9:20 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

A crise no país é grave, ao que nos dizem e ao que sentimos.Fomos substituídos na gestão dos hospitais, com raríssimas expções, e a crise instalou-se ou acentuou-se. Seria a altura de arregaçãr as mangas e voltar ao trabalho e dizem-nos que precisamos de mais competências...Não é isso um atestado de incompetência? Para nós? Para a Escola? Alguém continua a brincar connosco e tudo isto não passa de um equívoco...

10:23 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Se se confirmar o pior, proponho a realização de uma concentração frente à Escola Nacional de Saúde Pública para uma queima simbólica dos diplomas e a entrega de um documento ao Director da Escola com a nossa posição de repulsa.

11:52 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Reflectindo:
Têm sido várias as notícias desencontradas relativas às intenções do actual Ministro da Saúde (recondução dos CA,s dos HHsa,passivo dos HHsa,colocação de um AH no CA dos HHepe, necessidade de os AH adquirirem novas competencias de gestão,etc). A ausencia de informação fiável e concisa acerca do que o MS pretende fazer no respectivo mandato é a principal causa desta situação confusa da qual, alguns, continuam a retirar dividendos (os elementos dos CA,s dos HHsa, nomeados por LFP, continuam a auferir de ordenados principescos, dos automóveis topo de gama que lhe foram atribuidos, dos cartões de crédito...).
Parece claro que os AH não deverão voltar a permitir a secudarização funcional para que foram relegados pelo anterior MS e pela seguinte ordem de razões:
1ª-Porque são os unicos profissionais em Portugal que foram selecionados ew formados pelo próprio Estado para o exercício de funções de gestão hospitalar;
2ª-Porque, quer o Sr.Ministro da Saúde, quer o Sr.Secretário de Estado não só possuem a mesma formação de administração hospitalar como têm responsabilidade no melhor ou pior quadro de compertências que a maioria dos AH possam possuir;
3ª-Porque,se os AH devem adquir novas competencias deve ser o MS a promever essa aquisição, no contexto da formação em serviço como acontece com as os restantes grupos profissionais do sector da saúde.
Assim:
a)Porque estamos cansados de ser relegados para planos funcionais secundários a favor de profissionais cujo quadro de competencias se resume ao facto de serem portadores de uma tonalidade politica (laranja ou rosa);
b)Porque essa secundarização tem sido feita sem o minimo respeito pelos AH, quer enquanto profissionais quer enquanto pessoas;
c)Porque reinvindicamos o que é justo, isto é,que nos sejam atribuidas as funções para as quais o Estado nos preparou;
d)Porque, apesar dos interesses relativos serem muitas vezes diferentes, a Administração Hospitalar possui em Portugal massa critica suficiênte para não mais permitir a sua subalternização.

Por tudo isto..estaremos atentos e disponiveis para uma tomada de posição firme no sentido de se repor, também nesta àrea, o sentido de justiça de que o nosso país está, tantas vezes, carenciado.

Post:Um muito obrigado ao blog SAUDE SA por permitir este desabafo.

12:03 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Concordo com a sugestão de Ricardo...

12:10 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Como AH «rosa», com as quotas em dia, não posso deixar de estar mais de acordo com o tudo o que aqui tem sido dito e de manifestar a minha maior indignação pelo que se tem passado até agora. Onde é que os actuais «gestores» dos SA adquiriram as sua competências? Na Escola de quadros da JSD ou de Reformados do PSD? Acho bem que os AH comecem a pensar em formas de manifestar a sua indignação. A sugestão do Ricardo parece-me óptima. É pena que seja pela mão de AH que a carreira se veja sempre prejudicada. Começou com a responsabilidade de Nogueira da Rocha na feitura da Lei da GH de L. Beleza, com aceitação do lugar de Adm.Delegado, por Lopes Martins e agora com o que se está a advinhar com CC e C.Ramos. O que se passa com essa gente? Porque não escolheram outra carreira, porque não leccionam noutras Escolas? Alguèm se lembra, nos tempos idos de CC como Secretário de Estado-governo Pintassilgo (?)-da razão porque os AH abandoaram em bloco uma sessão quando CC entrou? Recordem-nos!

2:36 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Estou de acordo com a proposta do Ricardo.
´Caso se confirme a intenção do CC de deixar os AH de fora é necessário reagir com firmeza.

4:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Meus amigos percebo o vosso problema, mas CC é um vaidoso, egoísta, e mal preparado, sendo ainda uma pessoa mal formada. Aos anos que o homem anda nisto, ou seja, dar aulas e fazer palestras, não é o mesmo que governar, gosta dos holofotes,parece o outro, que telefonou ao pai a dizer que era ministro, a saber ainda se tem rabos de palha. Por outro lado senhores AH, uma coisa são os conhecimentos, outra a realidade. Num hospital, têm que ouvir, a tutela, os colegas, os doentes, os familiares, os médicos e os directores de serviço, o grupo da enfermagem, as empresas de serviços, todo o resto do pessoal,por vezes os tipos da Inspecção, quais cães, que têm que ter toda a atenção do mundo, como crianças mal educadas, e depois têm uma tarefa, quiçá a mais difícil- decidir.
Afinal a toupeira não é um inimigo dos senhores, mas há uma coisa que eu lhes aconselho, não se deixem humilhar, nem se humilhem, esta gentinha que tem o poder, tem um orgasmo cada vez que o podem fazer, isso, é um defeito deles, porque no fundo quem lhes iria dar trabalho, a não ser no tráfico de influências, mas esses são poucos.

6:34 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Apesar da confução havida ao nível da comunicação, Correia de Campos tomou algumas boas decisões:
a) - Transformação dos hospitais SA´s em EPE´s;
b) - Revogação da legislação sobre os cuidados de saúde primários;
c) - Substituição dos responsáveis das ARS´s;
d) - Efectuação de estudos prévios relativamente aos novos hospitais PPP.

E também algumas más:
a) - Recondução dos gestores SA´s nos IPO´s de Coimbra e Porto e Hospital do Barreiro;
b) - Alargamento do programa das parcerias para a construção de novos hospitais.

Em relação às próximas nomeações para os hospitais tenho confiança no CC.
Agora não pensem que todos os AH vão ser contemplados.
Era importante que cada Conselho de Administração dos hospitais EPE, integrasse um AH.
Igualmente Importante é o descongestionamento da carreira, iniciando concursos de ingresso e movimentação de AH.

De qualquer forma penso que deveríamos preparar a nossa tomada de posição no caso de a decisão do ministro prejudicar os nossos interesses.
Neste ponto concordo com a proposta do nosso amigo Ricardo.

Um grande abraço para o Xavier que tem feito muitas horas noite dentro para manter em funcionamento o nosso SaudeSA.

11:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Subscrevo a sugestão do Ricardo.

Para grandes males grandes remédios.
Há que usar todas as "armas" disponíveis.
Faça-se uso de uma acção mediatizável, que é isso que os responsáveis merecem com esta posição de total marginalização dos AHs !!!
Com efeito o critério da "pigmentação política" prevalece sobre todos os outros.

Escandalo...

4:29 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Caros amigos
Se por um lado não tenho duvidas que os AH são aqueles que melhores competencias têm para estar na gestão, quer de topo quer intermédia dos hospitais, por outro lado todos temos consciência que temos pessoas na carreira muito incompetententes e desinteressadas. A ENSP tem responsabilidades nesta realidade. Se queremos respeito temos que começar por exigir uma reforma na Escola. A ensp devia ter os melhores professores, e obviamente não tem; à ensp só deviam de aceder os melhores através de uma séria selecção, ora isso também não acontece. Deixo aqui um desafio à APAH e à ENSP para pensar uma NOVA ESCOLA. Esta não serve nem os interesses dos AH, nem os interesses de Portugal.
Confio no CC...mas espero que a rotura com os curiosos da saúde seja a sério
parabens ao Xavier

7:20 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Aqui está uma achega importante.
A ENSP permanece imutável desde que eu tirei o curso de administração hospitalar, já lá vão quinze anos.
Há que reconhecer que a Administração dos hospitais coloca novos problemas aos AH.
Certamente CC tem consciência deste problema. Ao que saiba não tomou nenhuma iniciativa neste sentido enquanto professor da ENSP.
Impõe-se igualmente repensar a carreira se a intenção do ministro não for deixar definhar a carreira.

12:35 da manhã  

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