A Nossa Posição
Têm sido várias as notícias desencontradas relativas às intenções do actual Ministro da Saúde (recondução dos CA,s dos HHsa,passivo dos HHsa,colocação de um AH no CA dos HHepe, necessidade de os AH adquirirem novas competências de gestão,etc). A ausência de informação fiável e concisa acerca do que o MS pretende fazer no respectivo mandato é a principal causa desta situação confusa da qual, alguns, continuam a retirar dividendos (os elementos dos CA,s dos HHsa, nomeados por LFP, continuam a auferir ordenados principescos, dos automóveis topo de gama que lhe foram atribuidos, dos cartões de crédito...).
Parece claro que os AH não deverão voltar a permitir a secundarização funcional para que foram relegados pelo anterior MS e pela seguinte ordem de razões:
1ª-Porque são os únicos profissionais em Portugal que foram seleccionados e formados pelo próprio Estado para o exercício de funções de gestão hospitalar;
2ª-Porque, quer o Sr.Ministro da Saúde, quer o Sr.Secretário de Estado não só possuem a mesma formação de administração hospitalar como têm responsabilidade no melhor ou pior quadro de compertências que a maioria dos AH possam possuir;
3ª-Porque, se os AH devem adquirir novas competências deve ser o MS a promover essa aquisição, no contexto da formação em serviço como acontece com os restantes grupos profissionais do sector da saúde.
Assim:
a)- Porque estamos cansados de ser relegados para planos funcionais secundários a favor de profissionais cujo quadro de competências se resume ao facto de serem portadores de uma tonalidade politica (laranja ou rosa);
b)- Porque essa secundarização tem sido feita sem o mínimo respeito pelos AH, quer enquanto profissionais quer enquanto pessoas;
c)- Porque reinvindicamos o que é justo, isto é,que nos sejam atribuídas as funções para as quais o Estado nos preparou;
d)- Porque, apesar dos interesses relativos serem muitas vezes diferentes, a Administração Hospitalar possui em Portugal massa crítica suficiênte para não mais permitir a sua subalternização.
Por tudo isto, estaremos atentos e disponiveis para uma tomada de posição firme no sentido de se repor, também nesta àrea, o sentido de justiça de que o nosso país está, tantas vezes, carenciado.
Parece claro que os AH não deverão voltar a permitir a secundarização funcional para que foram relegados pelo anterior MS e pela seguinte ordem de razões:
1ª-Porque são os únicos profissionais em Portugal que foram seleccionados e formados pelo próprio Estado para o exercício de funções de gestão hospitalar;
2ª-Porque, quer o Sr.Ministro da Saúde, quer o Sr.Secretário de Estado não só possuem a mesma formação de administração hospitalar como têm responsabilidade no melhor ou pior quadro de compertências que a maioria dos AH possam possuir;
3ª-Porque, se os AH devem adquirir novas competências deve ser o MS a promover essa aquisição, no contexto da formação em serviço como acontece com os restantes grupos profissionais do sector da saúde.
Assim:
a)- Porque estamos cansados de ser relegados para planos funcionais secundários a favor de profissionais cujo quadro de competências se resume ao facto de serem portadores de uma tonalidade politica (laranja ou rosa);
b)- Porque essa secundarização tem sido feita sem o mínimo respeito pelos AH, quer enquanto profissionais quer enquanto pessoas;
c)- Porque reinvindicamos o que é justo, isto é,que nos sejam atribuídas as funções para as quais o Estado nos preparou;
d)- Porque, apesar dos interesses relativos serem muitas vezes diferentes, a Administração Hospitalar possui em Portugal massa crítica suficiênte para não mais permitir a sua subalternização.
Por tudo isto, estaremos atentos e disponiveis para uma tomada de posição firme no sentido de se repor, também nesta àrea, o sentido de justiça de que o nosso país está, tantas vezes, carenciado.
Administrador Hospitalar - comentário enviado à SaudeSA
11 Comments:
Ao Administrador Hospitalar:
A frequência de um curso, qualquer curso, não torna ninguém "dono" de lugar vitalício. Se é devido respeito aos administradores hospitalares, e se deve ser reconhecida a sua formação específica, estes têm a obrigação de também verem que nem todos entre eles são iguais, e que pode suceder que pessoas que não tenham exactamente a mesmo formação até poderão ser melhores profissionais, mesmo na área de administração hospitalar.
A mistura do respeito devido a qualquer profissional (seja administrador hospitalar ou com outra formação qualquer) não pode ser transformada em criação de "coutadas profissionais".
Este blog tem sido ilustrativo, através dos seus comentários, do que de bom e também de mau existe entre os administradores hospitalares portugueses.
Se estes partirem do princípio de se fazerem valer pelos seus méritos, alicerçados em formação que consideram ser adequada, será provavelmente mais fácil contribuirem e serem chamados a contribuir do que com a "invocação" de direitos por um dia terem entrado num curso.
um "não administrador hospitalar" (nem candidato a tal)
Sou administrador Hospitalar há quinze anos.
Tenho exercido funções como responsável das áreas financeira e Gestão de doentes.
Nunca fui nomeado para qualquer
Conselho de Administração.
Tenho assistido às mais incríveis nomeações:: AH sem experiência, gestores sem curso de AH e sem experiência, AH com experiência mas sem perfil.
Em todos os casos prevaleceu o critério da cor política.
Tenho formação, experiência, competência e vontade para ocupar um lugar de administrador de topo num hospital. Sei que dificilmente o conseguirei porque outros critérios serão utilizados pelo ministro e seus conselheiros.
Será isto justo?
Em relação ao comentário anterior quero deixar uma pequena nota.
Os AH acham-se com preferência aos lugares dos CA dos hospitais, por serem detentores de formação específica e experiência de gestão hospitalar.
Se isto é defender uma coutada... que assim seja.
Concordo com o primeiro comentário. Também sou um não administrador hospitalar nem tenho vontade em sê-lo. Mas conheço vários AH. Uns são bons profissionais, outros nem tanto. Os que são competentes têm todas as possibilidades de virem a ser nomeados para os Conselhos de Administração dos Hospitais, como tantos outros profissionais dedicados e competentes que têm investido nas suas carreiras e que também lhes deve ser dada a mesma oportunidade.
Os AH que não são competentes (porque os há), se querem ocupar esses lugares devem investir nas suas carreiras e esforçarem-se por serem profissionais dedicados e competentes. Não têm é o direito de ascenderem aos lugares de topo por mera imposição legal porque um decreto estabelece a obrigatoriedade de o conselho de administração ter sempre um AH. E os AH verdadeiramente competentes (porque também os há) não serão suficientes para ocuparem todos esses lugares. E nesse caso estarão a alimentar o coro de críticas que agora existe relativamente aos gestores que não são AH. Não é esse o caminho para dignificar a carreira.
Posso concordar com o 1.º e 3.º comentários, desde que os critéros de selecção sejam a formação superior na área da saúde e análise curricular de funções de gestão exercidas na área da saúde.
Quanto aos maus profissionais há-os em todas as profissões e de todas as formações.
Os gestores SA, nomeados por Luís Filipe Pereira, são a prova do que estou afirmando.
A nomeação de um ou outro gestor sem formação e administração hospitalar tem também o seu lado positivo: dá para ver a diferença.
Sobre o usual problema das nomeações, do Diário de Notícias (e nem é preciso comentar mais nada):
"Uma violenta discussão nos corredores do Parlamento, há alguns dias, entre Correia de Campos e Ceia da Silva, o presidente da federação de Portalegre, deu o mote às queixas sobre o governante. E de que se queixam os homens das distritais? Do "autismo" do ministro, que não aceita "sugestões" quando estão em causa nomeações, da sua "precipitação" e "falta de tacto", da sua "arrogância" em relação ao partido... Foram citados os casos de diversas nomeações que não agradaram à máquina socialista, e o já célebre anúncio, por parte do ministro, de que não seria construído o novo Hospital de Faro, contrariando um compromisso eleitoral assumido pessoalmente por José Sócrates, e que o próprio logo fez questão de reafirmar."
Caros Administradores Hospitalares,
Não sou AH, nem pretendo vir a sê-lo, contudo, assisto diariamente ao triste espectáculo que muitos dos "enjeitados por outras áreas do conhecimento" proporcionam depois de um "cursito" de mais ou menos 9 meses reais, na "escolinha do CC".
Notem que a ironia não pretende senão realçar o rídiculo a que se expõe aqueles que, não sabendo quase nada sobre saúde, pretendem vir a ter papel preponderante na sua administração.
É óbvio que em todas as classes que se cruzam nos hospitais há bons e maus exemplos de profissionalismo.
A receita para o bom funcionamento dos hospitais já há muito que está encontrada: direcções colegiais de profissionais competentes.
Só que, para se poder ser considerado competente, não se pode ser complacente!
E, a maioria dos gestores hospitalares - sejam AH, médicos, enfermeiros ou outros - que conheço é-o!
A começar pelo não cumprimento dos horários de trabalho e a terminar no encapotamento de situações graves que conhecem, mas não denunciam pois nunca se sabe quando poderão precisar de "um favor daquela pessoa".
Mas, o mais escandaloso é os chamados gestores de topo - os AH dos CA - conseguirem dormir quando sabem que há colegas seus que roubam diariamente o "seu hospital" e o Estado usufruindo de vencimentos exorbitantes, imerecidos, e ilegais.
Veja-se o caso do Hospital de Santo António, do Porto!
Todo o país soube do roubos de igreja que foram - e ainda são - feitos pelos Directores do Hospital e Clínico depois da famosa auditoria. Só que antes do país o saber, os restantes membros do CA já o sabiam. E, calavam!!
Mais, sabe-se que o CC se prepara para reconduzir todo o CA. Que é cúmplice desta escandalosa situação!
Que se saiba depois da auditoria, o vencimento que auferiam, manteve-se. E agora no novo mandato?
Irão ter só o aumento de dois por cento ou terão direito a prémio de produtividade?
Este é apenas um exemplo da incompetência dos AH.
Sejam honestos e íntegros e então: poderão falar livremente.
Um admirador de alguns (poucos) bons AH que conheço.
Não consigo compreender qual é o drama instalado, para não dizer histeria, pelo facto de, ao que se diz neste blog, pois desconheço qualquer confirmação da direcção da APAH,Carmen P. ter dito que os AH precisariam de melhorar os seus conhecimentos e adquirirem novas competências.
Se o disse, óptimo, é sinal que conta com o trabalho deles,e aos AH só fica bem perguntar quais e dizer vamos lá!
Pessoalmente, sinto sempre necessidade de actualizar conhecimentos e adquirir novas competências, sinto-me bem a executar novas tarefas, mesmo sentindo que estou subaproveitada,como aconteceu nos últimos anos, isso pode ser encarado tb como uma aprendizagem.
Senhores administradores, claro que, felizmente, a maioria de nós é trabalhadora e empenhada, mas devemos estar disponíveis para uma aprendizagem contínua, para adquirir novas competências e para consolidar uma postura de bom senso e são critério, indispensável à assumpção de funções de liderança,como dizia o prof. Coriolano.
Como comentário a um comentário de uma colega AH (penúltimo deste post):
Aqui não tem havido histeria mas apenas debate sobre alguns problemas dos AH.
Quanto à aquisição de novas competências tudo bem.
Coisa diferente será o MS assumir a necessidade de contratar técnicos de gestão noutras áreas por achar que AH não têm as competência necessárias.
A própria AH, no seu comentário, reconhece que as suas aptidões não têm sido correctamente aproveitasdas nos últimos dois anos.
É para que a injustiça ocorrida nos dois últimos anos não se repita que eu entendo que merece a pena lutar.
Não para que apenas uns tantos se safem, mas, essencialmente, para que o nosso grupo profissional sobreviva, desenvolva e melhore as suas competências.
Competentes e incompetentes existem em todas as profissões. Concerteza que o Curso da ENSP não tem o condão de transformar as pessoas nos melhores gestores do mundo, mas para além de ser a que proporciona o Curso com o curriculo mais completo e exigente (não são 9 meses, são 2 anos!)parece-me que é dos poucos que ainda forma cargos públicos dirigentes em Portugal. Talvez o cursito de 6 dias leccionado aos gestores politicos SA tenha sido mais completo...
Não me digam os senhores doutores que vão fazer o curso da católica aos fins de semana sem avaliação já se sentem capazes de gerir orçamentos de milhões de euros ?
Todos estes comentários assentam que nem uma luva para o Hospital de Santarém SA:
Administrador que veio da Galp a auferir mais de 12.000 mês.
Contratação de Directores Financeiros, Dir. Recursos Humanos, Gestores com contrato individual alguns deles por cunha (filha de amiga do administrador, e gestores com forte ligação ao psd) e o saneamento dos Administradores Hospitalares neste Hospital.
Uma perfeita vergonha.
ver detalhes em
hospitaldesantarem.blogspot.com
H.Lopes
«Dos (Administradores Hospitalares)Competentes e Incompetentes»
O argumento de que a competencia de alguns AH e a incompetencia de outros seria causa suficiênte para profissionais sem formação em AH terem acesso ás áreas de gestão dos hospitais carece, a meu ver,de substancia.
Porque:
1º-O que aqui se defende não é a colocação de todos os AH nos CA,s dos HH mas também a sua colocação em lugares de gestão intermédia;
2º-Se a especialização com o curso de Administração Hospitalar não habilita os respectivos titulares ao exercicio das funções que estão legalmente previstas (porque uns serão competentes e outros competentes)porque não se aplica o mesmo critério a outros grupos profissionais?
Que tal um juiz, um médico ou um enfermeiro (também os haverá mais e menos competentes)substituidos por profissionais sem a formação adequada mas, eventualmente, competentes?
Porque será que tantas pessoas, sem formação especifica, se julga capaz de exercer funções de gestão hospitalar?
Como dizia o Prof.Coriolano Ferreira:«Qualquer um pode gerir um Hospital ...mas, com que custos?»
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