terça-feira, maio 24
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5 Comments:
Parece-me estranho…
O colega Director da GH, Dr. Poole da Cota, que me perdoe, mas não posso concordar com a postura de fundo que assume no editorial da Revista e nomeadamente com algumas das suas afirmações. Tendo em atenção a politização absoluta que foi feita da gestão hospitalar, os protagonistas não podem deixar de ser vistos como os representantes no terreno das políticas que se pretendiam seguir. Nem a gestão dos hospitais é politicamente neutra, nem, muito menos, são neutros os seus protagonistas. Dizer que o que é fundamental é definir a missão, os objectivos e as metas independentemente dos protagonistas é idealismo. Todos sabemos que há muitas maneiras de cumprir uma missão, objectivos e metas. Com respeito pelas pessoas ou sem respeito pelas pessoas, com violação dos princípios gerais da actuação administrativa ou com a preocupação de cumprimentos desses princípios, etc. Como sabe, também a nível da gestão privada, há muitas posturas. Enquanto o sistema de gestão dos hospitais estiver politizado, a política não pode /não tem de ficar à porta dos hospitais. Mudem-se as regras, concordo. Enquanto as regra forem estas então a cara tem de dar com careta.
Também as mudanças não são necessariamente más, nem geram por si instabilidade. A paz podre, hipócrita e oportunista criada por gestores que deviam ter tido a decência de se terem demitido é bem pior. Nas instituições que conheço, sabe o que está a verificar-se? Todos os protagonistas estão a jogar no empate, no «low profile», no deixa andar. Os CAs do PSD porque já não têm as costas quentes andam preocupados em não fazer ondas, em não desagradar, em não chamar a atenção do Ministro por qualquer má razão, os funcionários do PSD e votantes, completamente desinteressados da sorte da gestão, os do PS e votantes, minimamente ou nada empenhados. Ou seja, ninguém está a jogar para marcar golos, estão todos a jogar para o lado ou para trás. Curiosamente, penso que não há ninguém mesmo à espera de um frango.
Aconselho a leitura de um livro escrito por um marxista (George Sarrote, O Materialismo Histórico no Ensino do Direito, Editorial Estampa), reputado juiz francês, por me parecer ser um livro sério e ainda actual sobre as pretensas neutralidades dos protagonistas da vida, sejam juízes, sejam gestores hospitalares, sejam o que for. Ninguèm é neutro neste mundo. Nem o Dr. Poole da Costa, apesar, «parece-me estranho», nos pretender querer fazer crer que o é. Não vale a pena andarmos a enganarmo-nos. Em política o que parece é. Ponto final.
Seria importante para a clarificação da nossa categoria profissional, que fosse possível começar a diferenciar entre os Colegas com a vidinha endireitada graças a terem conseguido integrar o Quadro ùnico de Administradores-Hospitalares, daqueles que, coitados, andam vai para 9 anos (!!!) a prestar o idêntico trabalho nos Hospitais, mas que não têm direito a um vínculo defintivo nos Quadros de Pessoal dos mesmos...
Até quando? São os esquecidos?
Compreendo a preocupação.
O processo deve ser, no entanto, entendido como comum a todos AH: ou asseguramos a continuidasde da carreira, mediante o ingresso de novos colegas ou daqui a pouco tempo desaparecemos do mapa.
Neste ponto o nosso colega Poole da Costa comete um erro, quanto a nós, no seu editorial da última GH.
O nosso problema não são as ambições, as vinganças, as prima donas (que as há).
O nosso problema passa pelo espaço que pretendemos ocupar nos hospitais, não por direito inato, mas decorrente da nossa formação específica ímpar: assegurar a gestão intermédia.
Os lugares nos CA são o corolário deste nosso posicionamento.
Deveriam ascender a estes lugares os AH com melhores provas dadas.
Dar anadamento aos concursos de ingresso e colocação dos AH, reconhecimento da carreira no ACT dos EPE´s, organização de estágios para os AH recém diplomados, colocação de AH nas gestão intermédia dos hospitais do SNS.
Eis o cerne da nossa luta.
Já dei volta à GH e não encontro nenhuma referência à reunião havida com a Dr.ª Carmo Pignatelli.
Não acham isto estranho?
Infelizmente devemos contar com muito pouco.
O que foi feito pela APAH no tempo do Luís Filipe Pereira?
O Dr. Manuel Delgado zangou-se com o ministro e nunca houve mais nada para ningu~em.
O que tem sido feito com este ministro.
Sabemos através da SaudeSA que houve uma reunião com a Dr.ª Carmen Pignatelli.
Muito pouco.
O Dr. Poole da Costa aconselha-nos calma.
Mergulho nas metas e indicadores, intervalos com a Tosca.
Eu cá prefiro a minha Maria Albertina.
Não é muito bonita mas sempre é cá da terra.
Calma assintindo impávidos à nossa aniquilação.
Isto dos AH não passa de uma ficção concebida nos tempos aureos pelo professor Coriolano.
Hoje há um grupo de AH repimpadamente instalados e o grupo da maioria no subemprego ou no desemprego.
Como alguém já referiu aqui:
Somos um grupo de Mabecos.
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