Privatização da Saúde em frente
Amainado o alarido feito ao redor do programa das parcerias público-privado para a construção de novos hospitais (PPP), constatamos que, afinal, o programa das parcerias delineado por Luís Filipe Pereira vai ser integralmente cumprido.
Senão vejamos:
a) - Os hospitais programados que tinham concurso em desenvolvimento prosseguiram (Loures, Cascais, Braga, Vila Franca de Xira e Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul – São Brás de Alportel.
b) - O Hospital de Sintra não se faz, conforme o previsto no programa do anterior ministro da saúde.
c) - Os Hospitais de Gaia, Vila do Conde/Póvoa de Varzim e Évora vão ser construídos em parceria -público privado (PPP).
d) -O Hospital Central Algarvio, mais cama menos cama, também é para construir. Palavra de Sócrates.
Porém, Correia de Campos não se limita a cumprir o programa "ambicioso" das parcerias de Luís Filipe Pereira, pretendendo ir mais além, o que muito alegrará o anterior ministro e as empresas privadas que se preparam para assumir um quarto das prestações de cuidados do SNS, ao propor a construção de mais dois novos hospitais na região da Grande Lisboa (zona oriental de Lisboa e Margem Sul do Tejo).
Senão vejamos:
a) - Os hospitais programados que tinham concurso em desenvolvimento prosseguiram (Loures, Cascais, Braga, Vila Franca de Xira e Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul – São Brás de Alportel.
b) - O Hospital de Sintra não se faz, conforme o previsto no programa do anterior ministro da saúde.
c) - Os Hospitais de Gaia, Vila do Conde/Póvoa de Varzim e Évora vão ser construídos em parceria -público privado (PPP).
d) -O Hospital Central Algarvio, mais cama menos cama, também é para construir. Palavra de Sócrates.
Porém, Correia de Campos não se limita a cumprir o programa "ambicioso" das parcerias de Luís Filipe Pereira, pretendendo ir mais além, o que muito alegrará o anterior ministro e as empresas privadas que se preparam para assumir um quarto das prestações de cuidados do SNS, ao propor a construção de mais dois novos hospitais na região da Grande Lisboa (zona oriental de Lisboa e Margem Sul do Tejo).
A revisão do programa das parcerias, nomeadamente a junção no mesmo contrato do projecto de arquitectura, construção, equipamentos e concessão das prestações de cuidados, e a alteração do sistema de pagamento, foi uma intenção anunciada pelo ministro, entretanto pulverizada pela confusão política suscitada pelas sucessivas declarações desastradas de Correia de Campos.
E, assim, aos trambolhões, vai avançando o projecto de privatização da saúde do bloco central.
8 Comments:
Construir mais Hospitais quando 95% dos que existem ainda não esgotaram a sua capacidade "produtiva" ?
Blocos Operatórios que trabalham apenas um terço do dia ???
De facto a estupidez não tem limites neste país.
E já agora onde vão contratar médicos para trabalharem nesses Hospitais com médias de 18 e 19 valores de acesso ao curso de Medicina ?
Antes de construir o que quer que seja ponham a trabalhar os Hospitais que já existem com eficiência e prémios por objectivos.
Chega de estupidez e mediocridade.
Jorge Martins
Não podia estar mais de acordo com o comentário anterior
Continua a pensar-se neste país que os doentes se tratam com paredes e equipamentos sofisticados e não com médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde....Ou será que pensam que estes aparecem de geração espontanea apartir das paredes de cada novo hospital construido?!
Primeiro reavaliem a rede Hospitalar Nacional,ou seja construam uma verdadeira rede!!Equipem com meios humanos os hospitais que possuem centenas de camas de enfermaria e dezenas de camas de Cuidados Intensivos desactivadas (embora tecnológicamente completamente equipadas) por falta dos ditos recursos....Em suma ponham o que existe a produzir em pleno....só depois disto e se se verificar que tal não é suficiente, poderam então, pedir aos contribuintes mais dinheiro para hospitais.
Então ainda não entenderam o seguinte?
LFP, trabalhava para o grupo Mello, 30% da Mello Saúde é da ANF.
CC e o PS vão ter que pagar aos actuais patrões.
Espero que publiquem o comentário.
A José de Mello Saúde reivindicava do Luís Filipe Pereira 50% do mercado hospitalar.
Com Correia de Campos a JMS não precisa de reivindicar nada.
Inteiramente de acordo com o primeiro comentário.
A construção dos hospitais PPP tem por objectivo fundamental a par do desalojamento das corporações profissionais dos velhos hospitais, a transferência para o sector privado da responsabilidade da prestação de cuidados.
A prioridade deixou de ser a rentabilização dos hospitais para passar a ser a desresponsabilização das prestações
Caro Anonymous, explique porque razão CC não deve nada, à JMS, ou a outos sectores da banca.
Será que o homem é um impoluto, ou faz parte de um governo de impolutos?
A polémica das parcerias tem desviado a atenção da discussão essencial; a dimensão do projecto- número de camas, população coberta por estes hospitais, forma de pagamento, etc.
Concordo com o excelente comentário anterior.
O Correia de Campos dava um bom director de programas da TVI.
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