Investigação c/ Células Estaminais
Perante os últimos avanços da ciência nas investigações em células estaminais, Portugal quer rever a posição que assumiu na ONU.
Efectivamente, o representante português à 6ª Comissão da 59ª Sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou o apoio de Portugal à proposta de resolução da Costa Rica que defende a proibição da clonagem reprodutiva e da investigação e terapêutica com células estaminais (dos países da UE-25 apenas Portugal e a Itália apoiam esta proposta que também é subscrita pelos EUA).
Efectivamente, o representante português à 6ª Comissão da 59ª Sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) manifestou o apoio de Portugal à proposta de resolução da Costa Rica que defende a proibição da clonagem reprodutiva e da investigação e terapêutica com células estaminais (dos países da UE-25 apenas Portugal e a Itália apoiam esta proposta que também é subscrita pelos EUA).
Em 21 de Março de 2005, Mariano Gago manifestou no Parlamento a sua concordância sobre a investigação com células estaminais.
Carolino Monteiro, investigador da Faculdade de Farmácia e Alberto Barros, investigador da Faculdade de Medicina do Porto, são a favor da clonagem com fins terapêuticos, que deve ser regulada, e esperam que Portugal viabilize este tipo de investigação (link)
A ver se há bom senso sobre esta matéria para Portugal ir deixando de ser o país atrasadinho do costume.
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Dois grupos de investigadores, um britânico e outro sul-coreano, conseguiram clonar pela primeira vez embriões humanos.
A equipa britânica, do "Centre for Life" da Universidade de Newcastle (noroeste de Inglaterra) criou três embriões clonados, os primeiros na Europa. O grupo de cientistas conseguiu produzir com êxito um blastocito (um diminuto embrião nas primeiras etapas de formação) clonado de uma célula humana através de transferência nuclear.
Já a equipa coreana, cujo trabalho está numa fase mais avançada do que a equipa britânica, conseguiu criar mais de 60 embriões clonados, a partir dos quais puderam fabricar células estaminais compatíveis com o ADN de uma pessoa.
Para estes cientistas, a investigação abre novas perspectivas no tratamento de doenças como a diabetes e a doença de Alzheimer, ou substituir órgãos defeituosos sem correr o risco da rejeição de transplantes.
Trata-se de «um passo em frente gigantesco para a ciência, até ao dia em que algumas das doenças mais devastadores poderão ser tratadas graças às células estaminais terapêuticas», declarou o prof. Woo Suk Hwang, da Universidade Nacional de Seul, que chefiou a equipa sul-coreana.
Os progressos só poderão, no entanto, ser aplicados em pacientes daqui a vários anos.
Elas são também um desafio para a ortopedia as células estaminais (ou pluripotenciais) constituem alvo de estudo, com interesse particular para a eliminação de lesões da cartilagem, originando tecido igual. A investigação nesse domínio constitui um dos grandes focos de atenção do Congresso Internacional da Federação Europeia das Associações Nacionais de Ortopedia e Traumatologia, que trouxe a Portugal cerca de seis mil especialistas nestes domínios médicos. Até terça-feira, o Centro de Congressos de Lisboa acolhe sessões científicas sobre os avanços em ortopedia e traumatologia, numa organização que tem como anfitriã a Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia. Segundo o secretário-geral desta entidade, o congresso acompanha as principais vertentes da evolução técnico- científica da especialidade: a cirurgia artroscópica, as técnicas de substituição da cartilagem e a cirurgia guiada por computador.
De acordo com António Cartucho, os estudos em curso abrem boas perspectivas para o uso de células estaminais no tratamento da cartilagem, cujo desgaste ou inflamação está na origem de muitos problemas motores de condição dolorosa. Também em investigação se encontra ainda o recurso a factores de crescimento plaquetários (usados recentemente num futebolista com lesão no joelho).
As cirurgias a nível do joelho, ombro e tornozelo recorrem já a técnicas de cirurgia mini-invasiva, com recurso a um sistema óptico, que permite ver a articulação e fazer incisões precisas. Também a execução de próteses é já feita com auxílio de sensores e guiada por meios robóticos. Quase todas estas intervenções visam o joelho, anca ou ombro e, no último caso, também a coluna.
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