quarta-feira, junho 1

NON n.º 2


Hoje foram os Holandeses a rejeitar a Constituição Europeia com cerca de 63% dos votos. A Holanda é o segundo país da União Europeia a dizer não ao Tratado Constitucional Europeu.
Por cá o não à Constituição Europeia já teve o mérito de suscitar a curiosidade dos portugueses sobre o longo texto constitucional e fomentar a procura de informação na tentativa de apurar as causas e consequências das rejeições do tratado.
Passada a surpresa inicial, digerida a primeira informação, vamos tomando consciência de que os resultados dos referendos irão influenciar decisivamente a forma de organização futura da UE.
Até Outubro, sobre esta matéria, muita água vai correr debaixo das pontes, contribuindo, talvez, para convencer o governo a adiar o nosso referendo para as calendas.
Se tal não acontecer lá teremos de ir votar NÃO.
Nós próximos "posts" diremos porquê (link) (link)

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Os políticos cá do burgo foram apanhados de surpresa.
Afinal trata-se de mais uma chatice para gerir.
Uns fingem que nada está a acontecer.
Outros fingem dar muita imortância aos acontecimentos.
Outros fazem figas para que a crise passe depressa não vá a UE cortar os fundos.
Nesta conjuntura a intervenção do Freitas de Amaral sobre as verbas comunitárias é patético.

11:44 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

As elites queriam mais do mesmo.
É vê-los preocupadíssimos com a ameaça de fractura da organização estabelecida.
As grandes reviravoltas no "status quo" acontecem quando menos se espera.
A causa profunda desta contestação são as políticas liberais que querem fazer da Europa uma cópia da selva estado uniense.

12:01 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"Os eleitores deram um sinal claro que não pode ser mal interpretado. Temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para envolver os cidadãos no futuro da Europa"
Jan Peter Balkenende
Primeiro-ministro da Holanda

"A segunda rejeição [da Constituição] num membro fundador da União põe em evidência as fortes expectativas, interrogações e preocupações sobre o desenvolvimento do projecto europeu"
Declaração da Presidência da República francesa

"Cada Estado-membro da UE tem o direito e a obrigação de votar a Constituição europeia. A crise que envolve a ratificação da Constituição não pode transformar-se numa crise da Europa."
Gerhard Schroeder
Chanceler da Alemanha

"É preciso constatar que a Europa já não faz sonhar"
Jean-Claude Juncker
Presidente em exercício da UE

"Temos problemas sérios, mas temos de continuar o nosso trabalho"
José Manuel Durão Barroso
Presidente da Comissão europeia
"O veredicto destes referendos coloca-nos a todos perante questões muito sérias sobre o futuro da UE."
Jack Straw
Ministro dos Neg. Estrang. britânico

"É o fim do processo"
Wouter Bos
Part. Trabalhista holandês, na oposição
"A atmosfera política, os problemas económicos, os medos relacionados com o alargamento deixaram as suas marcas no referendo holandês."
Ferenc Somogyi
Ministro Neg.Estrangeiros Hungria

"O processo de ratificação deve ir até ao fim. É um sinal de respeito por todos os povos da União"
Matriz Schulz
Líder do Grupo Socialista do PE

"O povo abriu os olhos para a grande fraude (...) e pôs fim a um crime contra a História."
Roberto Calderoli
Ministro italiano das Reformas
"Tencionamos prosseguir o nosso processo de ratificação."
Lars Danielsson
Ministro sueco

[Um referendo na Grã-Bretanha] é extremamente improvável"
Lucy Powell
Campanha pró-sim no Reino Unido
"Não é um drama muito grande para a economia europeia, mas é um problema importante para a União Europeia."
Didier Reynders
Ministro das Finanças belga

"Os europeus devem interrogar-se sobre a oportunidade de prosseguir o processo de ratificação"
Pierre Moscovici
Dirigente pró-sim do PS Francês

"O resultado do referendo holandês é o sinal do fracasso do modelo de construção liberal da Europa"
Jean-Luc Mélenchon
Senador socialista francês pró-não

9:34 da manhã  
Blogger xavier said...

O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Jack Straw, deverá anunciar na próxima segunda-feira a anulação do referendo à Constituição europeia no Reino Unido

5:31 da tarde  
Blogger xavier said...

Uma Revisão por Referendo

A SIC-Notícias informa-me que haverá um novo artigo na CRP para permitir o eventual referendo ao Tratado Constitucional já ferido de morte pelas duas negativas desta semana. Pasmo com a cegueira dos decisores desta estéril revisão constitucional que admite um referendo inútil e tenta impedir os inevitáveis referendos futuros. Um desastre em termos de clarividência política. Vamos ter de arrepiar caminho em termos de conduta europeia. O regime democrático não pode errar na questão europeia como a ditadura errou na questão colonial.
Medeiros Ferreira

5:35 da tarde  
Blogger xavier said...

Cavaco Silva considera que o referendo ao Tratado Constitucional Europeu deve ser adiado, em Portugal e em todos os países da União Europeia que têm agendada uma consulta popular sobre a ratificação do documento.

10:20 da tarde  
Blogger xavier said...

O ministro italiano dos Assuntos Sociais, Roberto Maroni, considera que a Itália deveria equacionar o abandono temporário do euro e a adopção da dupla circulação com a lira italiana. As declarações do membro do Governo, citadas pela edição de hoje do "La Repubblica", contribuíram para a queda do euro nos mercados internacionais.

"Não será melhor regressar, temporariamente, a um sistema de dupla circulação?", questiona o ministro. "Na Europa temos o exemplo do Reino Unido, que cresce e se desenvolve, mantendo a sua própria moeda", apontou.

Sobre a hipótese da dupla circulação lira-euro, o ministro defende mesmo a realização de um referendo em Itália.

10:44 da manhã  
Blogger xavier said...

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, admitiu ontem à noite a hipótese de o referendo à Constituição europeia não se realizar em Portugal, caso haja consenso no sentido de travar o processo de ratificação no próximo Conselho Europeu.

"Pode acontecer que os 25 países à volta da mesma mesa, por consenso, sem a imposição de ninguém, sem países de primeira e segunda, cheguem à conclusão de que o melhor é parar [o processo de ratificação do tratado] para pensar melhor", afirmou Freitas do Amaral, ao programa Grande Entrevista da RTP1.

10:46 da manhã  
Blogger xavier said...

A 'Europa' não passa de uma 'construção utópica', inventada à revelia do eleitorado, por uma burocracia perversa e uma 'classe política' irresponsável"

10:48 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home