Novos Hospitais
A Norte o investimento privado na Saúde ( cerca de 150 milhões de euros) avança ousado na construção de cinco novas unidades hospitalares (três na cidade do Porto, Moreira da Maia(1) e Braga (1) )
A Sonae (a querer entrar em força no negócio da Saúde) tem em fase de aprovação camarária um projecto de construção de um hospital generalista na cidade do Porto com 200 camas, oito salas de bloco operatório e urgência a funcionar 24 horas, cuja inauguração se prevê para 2007.
O Grupo Mello, fracassada a tentativa de parceria com a Sonae por Belmiro não ter aberto mão da gestão, tem também projectado a construção de um hospital na cidade do Porto de 160 camas e sete salas de bloco operatório, idêntico ao da Cuf Descobertas de Lisboa.
A HPP (CGD), gestora dos hospitais dos Clérigos e da Boavista, pretende construir na Boavista um hospital de referência para funcionar em articulação com o Hospital dos Clérigos.
O Grupo Trofa, proprietária do bem sucedido projecto do Hospital da Trofa (76 camas, 63 mil atendimentos, 3.500 cirúrgias e 23.000 urgências, facturação anual de 14,5 milhões de euros e um milhão euros de lucro), pretende construir dois novos hospitais um na Maia em parceria com as Misericórdias e a "Change Partners" e outro na cidade de Braga.
A Sonae (a querer entrar em força no negócio da Saúde) tem em fase de aprovação camarária um projecto de construção de um hospital generalista na cidade do Porto com 200 camas, oito salas de bloco operatório e urgência a funcionar 24 horas, cuja inauguração se prevê para 2007.
O Grupo Mello, fracassada a tentativa de parceria com a Sonae por Belmiro não ter aberto mão da gestão, tem também projectado a construção de um hospital na cidade do Porto de 160 camas e sete salas de bloco operatório, idêntico ao da Cuf Descobertas de Lisboa.
A HPP (CGD), gestora dos hospitais dos Clérigos e da Boavista, pretende construir na Boavista um hospital de referência para funcionar em articulação com o Hospital dos Clérigos.
O Grupo Trofa, proprietária do bem sucedido projecto do Hospital da Trofa (76 camas, 63 mil atendimentos, 3.500 cirúrgias e 23.000 urgências, facturação anual de 14,5 milhões de euros e um milhão euros de lucro), pretende construir dois novos hospitais um na Maia em parceria com as Misericórdias e a "Change Partners" e outro na cidade de Braga.
Fonte: Economia Internacional, Expresso n.º 1703 18.06.05
9 Comments:
E o Belmiro é estúpido ?
Ele sabe bem que é na gestão é que está a fatia mais grossa dos lucros.
Para já no estabelecimento de holdings - alimentação, assistência técnica, Higiene e Limpeza, Jardinagem Transportes, Segurança, Aquisição e Distribuição de Produtos - que potenciam o rendimento relativo às prestações de cuidados.
As unidades privadas de saúde safam-se enquanto sugarem o Estado. A terem de viver das receitas de bilheteira acontece-lhes como o teatro, andam sempre de calças na mão. Era ver o Agonia, no início da Clipóvoa, atrás de umas convençõesitas, ai não!!E como pensam que se têm safado o Hospital da Trofa e quejandos? à custa dos Perles, das Peclecs e outros esquemas que tais. O Estado pode dar-lhes frente, assim tivessem os hospitais públicos um bom sistema de gestão e gestores capazes. Ou então ponham-nos a atender todo o tipo de patologias, com igual respeito pelo direito à total acessibilidade dos doentes (acessibilidade geral, para todo o tipo de cuidados).
O Estado é estúpido.
Todos parecem de acordo que o Estado faz pior com custos mais elevados.
Vai daí assume a política de deixar de ser prestador directo de cuidados de saúde.
E aí temos: Hospitais PPP (com gestão privada, financiados pelo Estado).
Hospitais construídos e explorados pelas empresas privadas com actividade assegurada por clientes do Estado.
Conclusão:
- O Estado passará a pagar menos para a mesma quantidade de cuidados?
- A qualidade dos cuidados será inferior, idêntica ou superior ?
- A acessibilidade dos doentes será prejudicada ?
- Esta decisão implicará desenvolvimento da nossa economia ?
- Haverá diminuição da responsabilidade do Estado perante os cidadãos portugueses em relação à prestação de cuidados de saúde ?
- O que acontecerá em relação à sustentabilidade financeira do SNS ?
Eu acho que efectivamente o Estado não é competitivo com a actividade privada, mesmo na prestação de cuidados.
Os ganhos de eficiência conseguidos com a exploração privada de cuidados dá para cobrir os lucros inerente a esta actividade e reduzir os custos do estado para as mesmas prestações.
Quanto à qualidade deverá ser padronizada pelos vários sistemas de avaliação.
A Exploração privada dos cuidados de Saúde avança inexoravelmente.
Quem não compreender esta mudança está liquidado.
Ainda não vi aqui no SaudeSA nenhuma reflaxão sobre os tempos de mudança.
Até que ponto os Administradores estão preparados ou em condições de se adaptarem ao novo figurino de organização dos cuidados ?
Liquidados seremos todos nós se formos atrás desta melopeia neoliberal.
Toda a gente joga a seu bel prazer com esta coisa de mais Estado menos Estado.
O SNS tem por alicerçes os princípios da Universalidade e Equidade.
A exploração privada está-se nas tintas para o cumprimento destes princípios.
Os seus objectivos são o lucro e o domínio do mercado, impondo as suas regras mercantilistas de funcionamento.
O investimento visando a obtenção de ganhos de saúde das populações não está também dentro dos objectivos da exploração privada dos cuidados de saúde.
A sobrevivência do SNS não é possível sem a existência de um sector público forte da Saúde: HH universitários, HH Centrais e a maioria dos HH distritais e centros de saúde.
Se o Estado não quiser desresponsabilizar-se relativamente à prestação de cuidades de saúde tem que continuar a investir e financiar o SNS.
O desafio está em transformar o sector público da saúde de forma a torná-lo mais eficiente, com melhor qualidade, e onde se realize o último estado de arte dos cuidados de saúde em Portugal.
Caro Xavier,
o seu último parágrafo não resume a causa do fim do comunismo. Será possível sem funcionamento de mercado obter um SNS "mais eficiente, com melhor qualidade ..."?
E os princípios "da Universalidade e Equidade", serão eles respeitados num SNS lento, mau gastador e mau prestador de serviços?
Mais uma vez, o que é mais importante, maximizar a qualidade do SNS ou lutar por uma "Universalidade e Equidade" utópicas?
Comprimentos ao Xavier por manter o blog interessante e provocador no bom sentido.
Miguel, o vizinho
Sabem porque é que os privados estão tão interessados em entrar na àrea da saúde?
Porque o mercado da saude é «não regulavel»...porque podem afectar a cada doente o tratamento que muito bem entenderem e fazer o estados, isto é, nós todos,pagarmos por isso...
Sabem quem sai prejudicado por isso? 1º o doente que deveria ter cuidados de saúde de determinada qualidade e ou os não tem (caso contrário o investimento privado não gera lucro)ou o estado (isto é, todos nós)para além do custo de produção (dos cuidados) ainda temos que pagar a margem de lucro que é o objectivo do negócio...
Sabem porque é que as empresas prestadoras de cuidados de saúde devem ser não lucrativas?
Exactamente porque a despesa é não se regula ...uns doentes podem ter mais,outros menos...tudo dependendo da caneta do prescritor, do seu livre arbitrio na determinação do tratamento a afectar a determinado paciênte...
Caros Amigos:o tempo urge..sejamos sérios...ajudemos a criar um Sistema de Saúde que ajude a solucionar os problemas de saúde dos portugueses e não a engordar alguns cosórcios privados que por aí andam...
Partilho na totalidade a posição do Xavier
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