segunda-feira, junho 20

Preço dos Medicamentos


O Presidente da Apifarma, Gomes Esteves, após reunião com as comissões parlamentares de Saúde e do Orçamento e Finanças, defendeu a necessidade de reavaliação do protocolo assinado com o Estado sobre o congelamento de preços, face às recém anunciadas medidas do MS sobre a baixa administrativa de preços dos medicamentos. O acordo assinado com o Estado prevê o congelamento dos preços dos medicamentos em troca da contenção do ritmo de crescimento das vendas.
Para o presidente da Apifarma o futuro da Indústria afigura-se negro em Portugal devido, essencialmente, à instabilidade legislativa e à ausência de uma estratégia do governo para o sector. Como reflexo desta situação o investimento estrangeiro tem vindo a baixar nos últimos anos.

Os lamentos do Dr. Gomes Esteves são dificeis de entender, uma vez que o mercado do medicamento em Portugal continua largamente favorável para os associados da Apifarma. Como o comprova a amostragem dos preços dos 100 medicamentos com maior peso na despesa do Estado, os quais são superiores aos dos seus equivalentes nos países de referência (Espanha, França e Itália). Assim, o acordo de congelamento de preços resulta, essencialmente, a favor da Apifarma, sendo uma forma de o Estado não poder reivindicar o abaixamento dos preços praticados pela Indústria tendo em atenção os praticados nos países de referência.
Por isso. concordamos com o Dr. Gomes Esteves, além do acordo de congelamento, é urgente rever o sistema de estabelecimento de preços dos medicamentos de forma a criar um mecanismo que nos permita aferir de forma permanente e automática os preços dos fármacos face aos praticados nos países de referência.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Até agora só temos visto o Governo bater na ANF.
Será que não há mais maus neste filme de terror.
Os contribuintes portugueses vão continuar a ter que pagar os medicamentos mais caros da UE.
Onde está o poder de regulação do Estado português.
Será que as coisas se têm de passar mesmo assim?
Que conivências e arranjinhos permitem este estado de coisas?
Sobre os meandros do medicamento fala-se muito mas sabe-se muito pouco.

2:21 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Relativamente à política do medicamento o Estado tem de ser forte não só em relação ao controlo dos preços.
Os genéricos tem de deixar de ser um mercado de marcas camuflado.
O Estado tem de obrigar os médicos a prescrever por DCI.
O Estado só deve financiar os medicamentos genéricos de mais baixo preço.

9:39 da manhã  

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