Relatório Primavera 2005
Aconteceu hoje (20.06.05) a apresentação do Relatório da Primavera 2005 (link), elaborado pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS).
Trata-se do último relatório com Constantino Sakellarides ao comando do OPSS, no qual são avançadas algumas críticas e recomendações à política do actual ministro da saúde, António Correia de Campos:
a) - A OPSS considera que a decisão do Governo relativamente à venda de MNSRM fora das farmácias, não está devidamente fundamentada, alertando para os perigos da auto-medicação e dos aumentos de consumo, normalmente associados a esta medida.
a) - A OPSS considera que a decisão do Governo relativamente à venda de MNSRM fora das farmácias, não está devidamente fundamentada, alertando para os perigos da auto-medicação e dos aumentos de consumo, normalmente associados a esta medida.
b) - A alteração da comparticipação de medicamentos para doentes crónicos e o fim da majoração de 10% na comparticipação de genéricos, devem ser tidos com preocupação , segundo o relatório do OPSS.
c) - Depois de o anterior Governo ter optado por reforçar o papel do sector privado e social do SNS, o Observatório defende que este governo deve reforçar o Serviço Público.
c) - Depois de o anterior Governo ter optado por reforçar o papel do sector privado e social do SNS, o Observatório defende que este governo deve reforçar o Serviço Público.
d) - Segundo a OPSS urge implementar o Plano Nacional de Saúde (PNS), tarefa que se afigura de díficil execução, uma vez que não existe ainda um modelo de implementação.
e) - A OPSS elogia a decisão de António Correia de Campos de dar continuidade ao projecto de empresarialização dos hospitais e da Unidade de Missão dos hospitais SA, criados por Luís Filipe Pereira.
e) - A OPSS elogia a decisão de António Correia de Campos de dar continuidade ao projecto de empresarialização dos hospitais e da Unidade de Missão dos hospitais SA, criados por Luís Filipe Pereira.
f) - Outro dado positivo da actual política de saúde, referido no relatório do OPSS, reside no facto de Correia de Campos ter nomeado profissionais muito experientes contrariando a lógica partidária de nomeações.
14 Comments:
Em alguns casos, antes contrariasse. Sobretudo naqueles em que o cariz político das nomeações anteriores são manifestas. Por muito competentes que sejam, o seu projecto político foi derrotado e o PS também tem gente tanto ou mais competente. Porquê tanto problema de consciência, porquê o medo de decidir? Curiosamente, ficando com a fama de a estar, também nestes casos, a reconduzir «boys» do PS. Caricato. De facto, CC não tem faro político. Não teve antes e parece que nunca irá ter. E de Professores está o mundo da politica farto.
(em continuação do comentário anterior) e de boys, e de mudanças quando muda o governo, e de consequentes desperdícios e perda de eficácia - esta o zé povinho farto.
Gostei muito da alínea f)
A sorte do CC é que no Relatório da Primavera de 2006 já não vai ter o Sakellarides à perna.
No anterior relatório o OPSS considerava a Unidade de Missão dos SA uma entidade nefasta com falta de transparência.
Agora considera que o CC fez bem em mantê-la.
Vamos nós confiar nesta gente ?
Agradeço o link do relatório.
O que terá acontecido ao Sakellarides para se ir embora.
Livre vontade ou empurrado.
Será que lhe está destinado algum lugar importante?
Já há notícias da APAH '
Um abraço para o Xavier e todos os colegas AH.
Listas de espera
Só há uma solução . Fixar prazos máximos de acessibilidade.
Tem dupla vantagem: garante um direito aos doentes e provoca a fixação clara e objectiva da performance cirúrgica dos hospitais e ajuda ainda a competividade interna externa- em relação a todos os hospitais do SNS
Na ceromónia de apresentação do Relatório do OPSS, Correia de Campos mostrou-se demasiadamente agastado com algumas críticas feitas em relação algumas medidas anúnciadas da política do medicamento.
Dir-se-ia zangado consigo próprio por tardar em acertar o passo em relação à gestão dos problemas da saúde.
De facto, algumas das "respostas" de Correia de Campos a afirmações contidas no relatório foram bastante contundentes. Mas o relatório deveria ter mais cuidado com o comentário a propostas de medidas, uma vez que estas vão flutuando ao longo do tempo. E claramente a apresentação do relatório perdeu brilho por não ter sido o Prof Sakellarides a fazer a devida apresentação. Várias das afirmações eram completamente vazias de significado (seguiam a fórmula de powerpoints de banalidades).
Eu sempre achei os relatórios do OPSS com uma grande carga de subjectividade, muito politizados, a descolar de uma análise científica e isenta dos factos.
Neste relatório, relativamente à análise do curto espaço de tempo de actividades deste governo, o relatório analisa de forma precipitada e pouco cuidada o conjunto de mdidas implementadas.
A cerimónia de apresentação do Relatório da Primavera 2005 foi um desastre.
Sakellarides começou por anunciar que desistia.
Ana Escoval esteve péssima na apresentação. Mas porquê esta senhora ?
O Correia de Campos não precisava de se ter zangado tanto.
O conteúdo do relatório deste ano repisa as críticas já conhecidas ao LFP e faz uma incursão desastrada nas medidas anunciadas por este governo.
Parece-me uma fórmula esgotada. Foi chão que já deu uvas.
Caro Xavier:
Num comentário acima diz-se que «JÁ HÁ NOTICIAS DA APAH».Podemos saber quais são?
Cumprimentos.
Ainda não há qualquyer resposta da APAH.
Estamos a fazer diligências no sentido de ir falar pessoalmente com o Dr. Manuel Delgado.
Continuamos a aguardar.
Agradecemos o seu esforço, caro Xavier!
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