Aumentar as Exportações
A simplificação da máquina administrativa e a orientação da política económica para o aumento das exportações são, segundo um artigo de Helena Garrido publicado no DE (17.07.05), as prioridades que deverão nortear a política deste governo:"Há pelo menos 20 anos que as lideranças do país, políticas e empresariais, sabiam que a estrutura produtiva do país estava condenada. A política económica tem de passar pela alteração da estrutura produtiva portuguesa tendo como objectivo aumentar as exportações. Estes deviam ser os objectivos, tão simples quanto isto. E o Estado, protagonizado pelo Governo, tem de se centrar nos seus instrumentos, evitando derivar para o que não sabe fazer, como ser empresário. TGV’s e OTA’s só são importantes se enquadrados nestas políticas de mais exportação. Espalhar dinheiro pelo país, sem objectivos, já se fez. Os resultados estão à vista" (link)
5 Comments:
Em matéria de política económica os tempos não correm de feição para o nosso país. Como disse, num comentário anterior, acho que não será sequer possível executar no período previsto, os tais 25,5 mil milhões de euros de investimento o que equivaleria a fazer-se uma ponte Vasco da Gama em cerca de mês e meio. Foi afinal o que veio dizer Campos e Cunha tentando baixar a fasquia, que foi colocada demasiado alta (conscientemente) para criar a ilusão de que "agora é que vai ser"!
As coisas infelizmente não mudam com os "discursos" dos políticos e mesmo dos empresários. É preciso trabalhar e "deixar trabalhar", lição que ainda não foi aprendida.
Curioso foi o que veio publicado no Semanário Económico e que diz o seguinte:
"O novo PRIME, apresentado por José Socrates no euro parque de Santa Maria da Feira, na presença de algumas centenas de empresários, não é mais do que uma cópia do SIME - Sistema de Incentivos à Modernização Empresarial, apresentado em Janeiro de 2000, precisamente no mesmo local e hora, pela então Ministra do Planeamento Elisa Ferreira e pelo Ministro da Economia, Pina Moura...".
O SIME não produziu resultados como é bom de ver. O PRIME dificilmente os produzirá se, e enquanto, não mudarem as mentalidades e as atitudes quer dos governantes, quer dos gestores do programa, quer dos empresários. Todos procurando servir-se mais do que servir o país, modernizar as empresas e dinamizar a economia.
Especialização em produtos de alto valor acrescentado, posicionando as empresas na parte cimeira da cadeia de valor.
Só assim se poderão melhorar os termos de troca com os nossos parceiros comerciais, dando o salto qualitativo em definitivo.
É isto que não tem sido feito na Economia portuguesa. Não foi feita a aposta num modelo de especialização centrado em empresas produtoras de produtos inovadores.
O modelo dos baixos salários, trabalho-intensivo faliu em definitivo com a entrada dos "novos" parceiros asiáticos.
Só é possível aumentar e manter a cota de mercado de uma forma sustentável através da inovação e especialização em bens de elevada componente tecnológica com alto valor acrescentado.
Mega-projectos - OTA, TGV e outros - não são a solução para o problema. Deita-se mais dinheiro em cima dos problemas sem os resolver...
Que sina a nossa...
Não há alternativa possível ou assumimos sem complexos o estado da economia e da gestão pública e vamos em frente de forma estratégica e transparente ou a banca rota irá ao nosso encontro.
Avelino
Acho que o Senhor está aqui para gozar...e deixe-me dizer-lhe: este não é o sítio certo para o fazer. Escreva Português p. f. .
Você Avelino não está nisto com seriedade. Gozar comigo?! Não tem categoria para tal e digo mais...você até pode estar sob uma capa masculina e ser mulher, pois nem assim teria hipóteses porque de boçais está o país a abarrotar.
Continue assim que deve ser como se sente bem. Ou será que lhe falta capacidade de discernimento para entrar a sério nos problemas?
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