PPP da Saúde
As Parcerias da Saúde, são o projecto estruturante fundamental para a alteração das relações de produção da área da saúde, através da sua privatização. O ministro da Saúde, António Correia de Campos, desde que assumiu funções, consciente da sua importância, tem procurado promover a "reestruturação" do projecto das parcerias da Saúde, herdado do seu antecessor, Luís Filipe Pereira, não querendo, certamente, ficar para a história como o grande dinamizador da privatização da Saúde.
O anúncio feito pelo ministro da Saúde de que estava em estudo a separação entre a gestão clínica e a construção das instalações levantou de imediato fortes reacções dos grupos privados que concorrem às parcerias (DE, 11.07.05):
Para Isabel Vaz, administradora da Espirito Santo Saúde (ESS), sem a participação dos privados na gestão clínica, perde-se a implementação da inovação, concorrência e novas práticas de gestão que os privados iriam imprimir no SNS.
Por sua vez, José Mendes Ribeiro do Grupo Privado da Saúde (GPS), considera que o problema enunciado pelo ministro resolve-se dividindo o comparador público em duas partes: construção e gestão clínica. Segundo JMR, separar a gestão clínica da construção representa um retrocesso que é mau para o país.
Luís Vasconcelos do Hospitais Privados de Portugal (HPP) e Salvador de Mello da JML, reagem pelo mesmo diapasão.
É compreensível a reacção dos grupos privados candidatos a assumir o controlo da gestão das novas unidades hospitalares do SNS, defendendo o quinhão mais suculento do negócio, a gestão clínica dos cuidados.
A decisão definitiva de Correia de Campos sobre o projecto da Parcerias da Saúde marcará, indubitavelmente, a linha de rumo fundamental do ministro da saúde, da política de saúde do XVII Governo Socialista, e do futuro do SNS.
Para Isabel Vaz, administradora da Espirito Santo Saúde (ESS), sem a participação dos privados na gestão clínica, perde-se a implementação da inovação, concorrência e novas práticas de gestão que os privados iriam imprimir no SNS.
Por sua vez, José Mendes Ribeiro do Grupo Privado da Saúde (GPS), considera que o problema enunciado pelo ministro resolve-se dividindo o comparador público em duas partes: construção e gestão clínica. Segundo JMR, separar a gestão clínica da construção representa um retrocesso que é mau para o país.
Luís Vasconcelos do Hospitais Privados de Portugal (HPP) e Salvador de Mello da JML, reagem pelo mesmo diapasão.
É compreensível a reacção dos grupos privados candidatos a assumir o controlo da gestão das novas unidades hospitalares do SNS, defendendo o quinhão mais suculento do negócio, a gestão clínica dos cuidados.
A decisão definitiva de Correia de Campos sobre o projecto da Parcerias da Saúde marcará, indubitavelmente, a linha de rumo fundamental do ministro da saúde, da política de saúde do XVII Governo Socialista, e do futuro do SNS.
7 Comments:
A SaudeSA tem, ultimamente, dado especial relevância ao projecto das PPP da Saúde. uma vez que,em nosso entender, a decisão do ministro da saúde sobre o modelo de PPP é da máxima importância para o futuro do SNS e irá ser a verdadeira matriz de toda a política de Saúde do XVII Governo.
Como é óbvio as PPP só fazem verdadeiro sentido se a gestão for cometida a privados. Sejam ou não os mesmos a construir as novas unidades. Mas haverá necessiadde de separação? Não servirá a separação (construção/gestão) para no futuro justificar ineficiências de gestão? Para mim, o que está em causa é que os "verdadeiros vencedores" do concurso para o Hospital de Loures não são do agrado de Correia de Campos. Anular o concurso levaria naturalmente a indemnizar os concorrentes seleccionados. Assim, convidam-se os mesmos a reformular as propostas e estes, aceitando fazê-lo perderão argumentos para reclamar o ressarcimento de prejuízos. A seguir, virá outro folhetim. É já a seguir...mas é já a seguir...
O verdadeiro interesse do sector privado na àrea da saude situa-se na gestão da presta~ção de cuidados ...é aí que os custos são não regulaveis!
O comentário anterior toca no ponto certo.
Os privados pretendem a gestão das prestações porque nesta área os custos não são reguláveis e os lucros podem ser assim altamente compensadores
Se não há Regulação que futuro podemos esperar para o Serviço Nacional de Saúde.
Xavier,
Como vão as coisas com a APAH.
Deduzo pelo comentário num "post"anterior (criação do site da APAH) que não vão bem...
Um abraço
Até ao fim desta semana penso que vou ter oportunidade de falar com o Manuel Delgado.
Confirmei, entretanto, por fonte segura que a APAH não terá descurado a defesa dos interesses dos seus associados e que em breve vai ser efectuado um ponto de situação pelo presidente, Dr. Manuel Delgado.
Até lá devemos aguardar pacientemente.
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