Revista GH
Manuel Delgado, no editorial da GH (n.º 8, agosto 2005), defende que o desafio proposto pelo ministro da saúde, Correia de Campos (CC) - redução de custos dos HH SPA de 5% - deve ser levado muito a sério.
Para isso há que actuar, essencialmente, "nos serviços de acção médica, designadamente nas áreas do medicamento, da utilização das tecnologias, dos horários de trabalho e da organização dos serviços, potenciadora de níveis de poupança significativos e que podem representar simultâneamente ganhos ao nível da qualidade das prestações.”
Sobre esta selecção de prioridades não poderíamos estar mais de acordo com o MD.
Esta deve ser, aliás, a forma "normal" de actuação de todos os Conselhos de Administração para a obtenção de ganhos de eficiência, requerendo a implementação destas medidas tempo para a obtenção de resultados.
Como a intervenção sobre as remunerações fixas está afastada à partida, podemos concluir: Se o desafio lançado por CC (redução de custos de 5% dos HH SPA em quatro meses) é de todo inexequível como poderá ser levado a sério?
Sobre esta selecção de prioridades não poderíamos estar mais de acordo com o MD.
Esta deve ser, aliás, a forma "normal" de actuação de todos os Conselhos de Administração para a obtenção de ganhos de eficiência, requerendo a implementação destas medidas tempo para a obtenção de resultados.
Como a intervenção sobre as remunerações fixas está afastada à partida, podemos concluir: Se o desafio lançado por CC (redução de custos de 5% dos HH SPA em quatro meses) é de todo inexequível como poderá ser levado a sério?
4 Comments:
O interessante do editorial do Dr. Manuel Delgado é que não consegue apresentar argumentos que justifiquem o sua tese, de que o apelo do ministro da saúde deve ser levado a sério.
Há que ter apenas fé.
Curiosa é a fotografia da capa da revista. Mais um, que consome o resto que o "corpo" vai produzindo!
Como eles se juntam, procurando mostrar que não são "inimigos", quando partilham os despojos de um povo trabalhador.
O inimigo será a ANF? Será a APIFARMA? Será o SIM? Será a OM? Será a APAH? Será o MS?
São TODOS. Todos se unem para "comer" o que resta.....mas CC já viu (já sabe há muito!) que resta pouco, e apesar da idade, ainda está um pouco lúcido, mas......o tempo é já muito curto!
Com a eleição de Angela Merkel, e com a pressão crescente do Oriente (China, Indía, Vietname, Tailândia,. Coreia, Japão.....) a espada de Dâmocles cairá mais rápidamente!
Todos sabemos que a redução dos custos hospitalares não se obtém, apenas, com medidas que visem a obtenção de «eficiencia interna» mas, também,pala sua articulação com medidas que visem a «eficiencia externa».
Àparte a redução de algum desperdicio em várias àreas dos hospitais, mas cujo significado a nível dos custos é reduzido...só a criação de um modelo eficiênte de funcionamento do sistema de saúde (em que se inclem as ULS,s)poderá levar à tão desejada redução de custos sem decréscimos dos nível de qualidade das prestações...
Reduzir despesas por decreto ou despacho é a coisa mais fácil do Mundo.
Como pode ser levado a sério um disparate destes? E o que é espantoso é que parece haver ainda quem acredite nesta forma de intervenção do poder na gestão dos serviços!
Não creio que este despacho seja para levar a sério...e não merece sê-lo.
O objectivo é eficácia e eficiência (com todas as suas componentes) e a avaliação não pode ser cega. E quem conhece do sector sabe também que a tendência é para crescimento dos custos por influência de variáveis exógenas ao modelo. Há hospitais e hospitais...E só uma avaliação global poderá conduzir a julgamentos justos dos gestores.
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