Neruda
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Nua, és tão simples como uma das tuas mãos,
lisa,terrestre, minúscula, redonda, transparente,
tens linhas de lua, caminhos de maçã,
nua, és delgada como o trigo nu.
Nua, és azul como a noite em cuba,
tens trepadeiras e estrelas no cabelo,
nua, és enorme e amarela
como o verão numa igreja de ouro.
Nua, és pequena como uma das tuas unhas,
curva, subtil, rosada até que o dia nasce
e entras no subterrâneo do mundo
como num longo túnel de roupas e trabalhos;
a tua claridade apaga-se, veste-se, desfolha-se
e volta a ser outra vez uma mão nua.
plabo neruda, cem sonetos de amor, edição campo das letras
Nua, és tão simples como uma das tuas mãos,
lisa,terrestre, minúscula, redonda, transparente,
tens linhas de lua, caminhos de maçã,
nua, és delgada como o trigo nu.
Nua, és azul como a noite em cuba,
tens trepadeiras e estrelas no cabelo,
nua, és enorme e amarela
como o verão numa igreja de ouro.
Nua, és pequena como uma das tuas unhas,
curva, subtil, rosada até que o dia nasce
e entras no subterrâneo do mundo
como num longo túnel de roupas e trabalhos;
a tua claridade apaga-se, veste-se, desfolha-se
e volta a ser outra vez uma mão nua.
plabo neruda, cem sonetos de amor, edição campo das letras
1 Comments:
Dá pra ver que é boa como o milho.
O Xavier é mais catálogo ao vivo.
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