Guerra do Medicamento
Depois de João Cordeiro ter acusado as recentes medidas do governo de fazerem subir os encargos dos doentes com a aquisição de medicamentos a guerra da informação não parou de crescer.
Hoje, o ministro da saúde, António Correia de Campos, esteve na Assembleia da República para responder às perguntas dos deputados sobre a política do medicamento e lançar mais dados para a confusão.
Segundo CC, a «redução em 6% no preço dos medicamentos representa entre 40 a 50 milhões de euros na redução de encargos para o doente e entre 80 a 90 milhões de euros para o SNS».
Uma novidade:
CC pretende alterar, até ao final do corrente ano, a remuneração das farmácias e armazenistas, actualmente efectuada através de uma percentagem sobre o preço do medicamento, para a fixação de um determinada margem fixa por medicamento vendido, independentemente do seu preço . Uma má notícia para João Cordeiro.
Uma boa desculpa de CC:
A suspensão da majoração de 10% dos medicamentos genéricos foi decidida por esta funcionar como uma «forma de ajuda para que os genéricos ficassem mais caros». Assim, segundo o ministro, quando o mercado começar a funcionar em pleno com as novas alterações, «os genéricos vão baixar de preço.
A suspensão da majoração de 10% dos medicamentos genéricos foi decidida por esta funcionar como uma «forma de ajuda para que os genéricos ficassem mais caros». Assim, segundo o ministro, quando o mercado começar a funcionar em pleno com as novas alterações, «os genéricos vão baixar de preço.
A resposta da ANF, segue dentro de momentos ...
2 Comments:
Confesso que não acompanho muito estas questões da fixação de preços dos medicamentos. Mas o que é normal em comércio (mercado) é que o lucro seja função do capital investido, ou seja as margens de lucro são estabelecidas como percentagem sobre o preço de custo. A não ser assim, sempre que o preço de custo do medicamento aumente o "intermediário" veria reduzido o seu lucro. Isto não é, em minha opinião, praticável.
Veremos. Mas parece-me que na verdade o que CC fez foi lançar mais dados para a confusão.
Nesta matéria penso que tem um grande peso a necessidade de assegurar os investimentos em investigação. Qualquer novo medicamento surge no mercado após muitos anos de desenvolvimento do processo de investigação, experimentação, etc. e por isso o mercado dificilmente poderá ser de "concorrência" para poder ser eficaz. Não será assim, pelo menos em grande medida? Os preços têm que ser compensadores para os laboratórios e as novas fórmulas têm que ser protegidas. A questão está certamente em encontar soluções equilibradas.
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