Contas Hospitais SA
O Eurostat tem dúvidas
As contas dos hospitais empresa têm estado sempre envoltas em polémica, nomeadamente, as transferências do Estado que garantiram financeiramente a sua constituição.
Bruxelas tem levantado muitas dúvidas sobre a forma como estas transferências foram contabilizadas no défice orçamental de 2002, ano do arranque dos hospitais SA. Ao ponto de o Eurostat – o instituto estatístico europeu – não ter validado as últimas contas públicas enviadas pelo Governo para Bruxelas, em Setembro. O reporte de défices excessivos não recebeu o visto do Eurostat que pretende, o mais tardar até 2006, esclarecer todas as dúvidas. A questão do instituto estatístico prende-se com possíveis transferências relacionadas com a rentabilidade dos hospitais empresas e não com o início de actividade, insinuando que a empresarialização dos hospitais pode ter servido para cobrir passivos. Esta diferença é importante, porque estando perante transferências relacionadas com os passivos, o défice orçamental de 2002 terá que ser revisto em alta em 900 milhões de euros (montante que serviu para a constituição dos hospitais SA). No primeiro caso . tranferências para início de actividade -, o défice não é afectado, uma vez que são operações sobre activos e passivos que são contabilizados no saldo orçamental. As autoridades portuguesas dizem que já responderam às dúvidas de Bruxelas, pelo que resta esperar pelos resultados das novas análises do Eurostat
As contas dos hospitais empresa têm estado sempre envoltas em polémica, nomeadamente, as transferências do Estado que garantiram financeiramente a sua constituição.
Bruxelas tem levantado muitas dúvidas sobre a forma como estas transferências foram contabilizadas no défice orçamental de 2002, ano do arranque dos hospitais SA. Ao ponto de o Eurostat – o instituto estatístico europeu – não ter validado as últimas contas públicas enviadas pelo Governo para Bruxelas, em Setembro. O reporte de défices excessivos não recebeu o visto do Eurostat que pretende, o mais tardar até 2006, esclarecer todas as dúvidas. A questão do instituto estatístico prende-se com possíveis transferências relacionadas com a rentabilidade dos hospitais empresas e não com o início de actividade, insinuando que a empresarialização dos hospitais pode ter servido para cobrir passivos. Esta diferença é importante, porque estando perante transferências relacionadas com os passivos, o défice orçamental de 2002 terá que ser revisto em alta em 900 milhões de euros (montante que serviu para a constituição dos hospitais SA). No primeiro caso . tranferências para início de actividade -, o défice não é afectado, uma vez que são operações sobre activos e passivos que são contabilizados no saldo orçamental. As autoridades portuguesas dizem que já responderam às dúvidas de Bruxelas, pelo que resta esperar pelos resultados das novas análises do Eurostat
DE n.º 3748, 31.10.05
3 Comments:
Esta é a única razão para alguns responsáveis continuarem a tecer alguns elogios ao processo de empresarialização SA.
Evitar o chumbo de Brixelas .
Também o ministro da Saúde enalteceu, mais do que uma vez, a cultura SA.
A cultura SA é a cultura da trapalhada, das contas aldrabadas, da nomeação das personalidades mais incríveis para gerir os hospitais (se o Belmiro de Azevedo os tivesse conhecido, concluíria que nem para porteiros da empresa os queria). Das admissões de compadrio, da privatização mais ou menos encapotada das unidades hospitalares do SNS, das remunerações principescas, das mordomias, dos carros topo de gama e das ajudas de custo “a lá garder”. Dos cursos acelerados de gestão hospitalar de três semanas. Das passeatas a Barcelona a pretexto do Benchmarking, Do Ranking dos HHSA e SPA. Das perseguições aos funcionários públicos. Do emprateleiramento dos Administradores Hospitalares. Dos cortes cegos pondo em risco a qualidade das prestações.
É esta a cultura SA: incompetência, esbanjamento dos dinheiros públicos e saloiada.
O resto são tretas fabricadas pelo marketing político.
Se o Luís Filipe Pereira tem continuado, hoje teríamos Hospitais SA com lucros.
O Eutostat estaria satisfeito e aprovado as contas de Portugal sem reservas.
O défice do nosso país nas contas do Bagão estaria nesta altura reduzido a metade.
O pessoalo continuaria feliz e contente a gastar à tripa forra, muito acima das nossas possibilidades.
Mas Feliz!
O que não deixa de ser importante.
A Mello Saúde já teria ganho o Concurso do Hospital de Loures.
Muitos dos Administradores Hospitalares já estariam na reforma.
Um grande número estaria a trabalhar nos HH privados.
Outros nas PPP. Outros a dar aulas.
Outros teriam emigrado.
Damos formação especifica aos portugueses, que custa rios de dinheiro ao Estado, para depois exportarmos os nossos quadros.
Ou ir trabalhar para o Belmiro de Azevedo.
Esta na altura de aqui na SaudeSA se efectuar uma análise da aventura SA.
O professor Miguel Gouveia deve ter o estudo encomendado por CC concluído.
Aliás é o tema de uma das apresentações na 9,ª Conferência Nacional de Economia da Saúde.
O que é certo para já é que os anunciados ganhos de eficiência não correspondem ao que se esperava.
A solução é então alterar as regras do jogo: modelo de financiamento, Os conselhos de administração dos HHSA colocarem a ADSE em tribunal por atraso nos pagamentos.
Estou diz o meu puto cá em casa: Assim também eu !
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